Aquecimento do mercado de construção aumenta a procura por consórcio de imóveis

Sem juros e com prestações baixas, o consórcio é procurado tanto por quem precisa de crédito quanto por pessoas com maior poder aquisitivo.

Com o aquecimento do mercado de construção civil, mais imóveis estão sendo oferecidos e a busca por crédito para a compra desses bens também aumenta. O consórcio tem sido um dos mais procurados. Prova disso é que a Ademilar, consórcio de imóveis com sede em Curitiba e filiais em Santos(SP) e Joinville (SC), vendeu em tempo recorde seus dois últimos grupos. Em cada um, foram 500 cotas vendidas em apenas dois meses consecutivos. Por isso, a empresa já planeja o lançamento de mais um grupo, em agosto, quando também estará inaugurando sua filial em Maringá.

Por se tratar de autofinanciamento, em que um grupo se une com esse objetivo específico, o consórcio é a modalidade mais econômica para aquisição de bens, pois permite que o participante se beneficie da compra pelo preço à vista, pagando a prazo, e ainda assim sem juros. Quando contemplado, por sorteio ou lance, o consorciado tem direito à Carta de Crédito para adquirir o bem onde, quando e de quem quiser. Por isso, a Carta de Crédito é dinheiro vivo. Negociando como quem está comprando à vista, o consorciado tem maior poder de barganha, beneficiando-se do maior desconto. Os prazos para pagamento variam e podem chegar na Ademilar a 150 meses, com prestações a partir de R$ 407,00 para um crédito de R$ 70 mil.

Na ponta oposta do mercado, outro fator que tem levado ao crescimento do mercado de consórcios é a procura do produto por pessoas de maior poder aquisitivo. Tanto que tem sido cada vez mais comum a liberação de créditos de consórcio de valores altos. “A média dos imóveis comprados atualmente é de R$ 200 mil, mas algumas pessoas são sorteadas ou dão lances para liberar de uma só vez até R$ 450 mil”, diz Tatiana Reichmann, diretora do consórcio Ademilar.

Poupança planejada - Nacionalmente, o número de consorciados de imóveis que bateu em abril deste ano recorde histórico e ultrapassou 484 mil. Para o presidente nacional da ABAC Associação Brasileira de Administradora de Consórcios, Rodolfo Montosa, “o segmento de imóveis tem se mostrado atrativo ao mercado. Quando lembramos que consórcio é mais do que uma compra a vista, é uma poupança planejada para aquisição de um bem ou formação de patrimônio, entendemos a razão da evolução e do recorde”.