Dia 15 de julho – Dia do novo homem

­­­­­­­­­­­­­­­­­Os homens deixaram tabus para trás e, agora, procuram médicos dermatologistas para buscar meios que melhorem a estética. A revolução cosmética que está em curso tem ajudado muito a clientela masculina.

Neste dia 15 de julho, o Dia do Homem pode ser comemorado com um avanço nunca antes imaginado. Hoje, muitos homens conversam sobre tratamentos de beleza com a mesma naturalidade com que discutem um jogo de futebol. Da mesma forma que as mulheres são adeptos do que existe de mais moderno e são fiéis aos seus médicos, do mesmo sexo, escolhidos por resultados não só na aparência, mas também na auto-estima. Com uma experiência de dez anos como dermatologista e tendo 30% de sua clientela formada por homens — há um ano era de 20% —, o Dr. Marcelo Bellini, professor da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, garante que grande parte de seus pacientes sente-se mais confortável para conversar livremente com ele do que com uma mulher. “Muitos confessam que ficam intimidados com dermatologista mulher e, com isso, acabam não ajudando na formação de um diagnóstico preciso, porque deixam de contar pequenos problemas que os incomodam, por vergonha.”

Por essa razão, quando procuram um médico o relacionamento profissional torna-se praticamente inabalável e cria-se, assim, um vínculo duradouro. Esta é uma situação que o Dr. Marcelo Bellini tem vivenciado cada vez mais em sua clínica. Isso porque os homens, hoje, têm se preocupando muito com a aparência estética, que passou a ser uma exigência profissional, sentimental — as mulheres agora também ficaram mais exigentes e, quase sempre optam pelos mais bem cuidados. “Há, ainda, o fato de que os homens se libertaram de alguns estigmas do passado e deixaram aflorar a sua vaidade”, observa o Dr. Marcelo Bellini.

A quebra de tabus fica ainda mais reforçada se avaliarmos que hoje a indústria de cosméticos, pesquisa e lança produtos especialmente direcionados para a clientela masculina. Mais ainda: promove eventos para mostrar os novos lançamentos para eles. A iniciativa se justifica por pesquisas realizadas pelo setor, que apontam crescimento significativo do interesse masculino pela estética.

De acordo com esses dados, há cinco anos apenas um homem em cada 500 procuravam por tratamentos estéticos. Hoje, essa relação passou de um para cada 50. O mercado de cosméticos para homens tornou-se promissor e a indústria está aproveitando esse momento. Além disso, as mesmas pesquisas atestam que o recente interesse despertado por eles não representa nem define opção sexual.

Além do perfil ser diferente, o padrão de pele dos homens têm algumas peculiaridades: é mais espessa e com maior quantidade de anexos, o que a torna muitas vezes mais oleosa. Dessa forma, os produtos que eles devem utilizar são à base de gel e loções, do tipo oil free, que propiciam maior praticidade na aplicação dos produtos.

Para a noite, recomenda-se a aplicação de apenas uma fórmula, contendo vários princípios ativos, já que a maioria dos homens não têm paciência de utilizar 2 ou 3 formulações. Pela manhã, eles preferem usar um sabonete, pois não são adeptos de fórmulas de limpeza, e um filtro solar, pois geralmente ficam mais expostos ao sol, seja pelo trabalho externo, seja pelas atividades esportivas ao ar livre.

Mas o que mais incomoda os homens é a queda de cabelos. “Existem dois processos envolvidos com a diminuição do volume e a quantidade dos fios no couro cabeludo: a queda propriamente dita e a miniaturização do fio — a cada ciclo do cabelo, os fios nascem mais finos, até pararem de nascer”, explica o Dr. Marcelo Bellini.

O remédio para controlar essa perda é a Finasterida via oral, tópico 17,2 (alpha), estradiol, minoxidil, e as aplicações no couro cabeludo na forma de mesoterapia. Outro grande avanço é a Carboxiterapia capilar, que mostra um resultado satisfatório sem dor nem sofrimento. Além de diminuir a drasticamente a queda de cabelos, a carboxiterapia faz eles cresçam novamente onde ainda existem raízes, com força e brilho. “Com estas técnicas, conseguimos preservar os fios e, em alguns casos, resgatar alguns perdidos. “Os homens são susceptíveis a queda dos cabelos, por terem maior quantidade de hormônios masculinos e também por conseqüência de herança genética”, completa o dermatologista.

Outra queixa muito comum deles é a gordura localizada, geralmente abaixo ou ao redor do umbigo, e que tem ligação direta com os hormônios. É como se existisse um direcionamento do excesso calórico para estes locais. Por isso, uma boa opção para eliminar este problema é o velashape, que faz a compactação da célula de gordura, pois acelera seu metabolismo e diminui o seu volume sem quebrá-las. Nesses casos, a saída é aplicar enzimas lipolíticas, que “quebram” a gordura. O tratamento é o preferido pelos homens, porque não são cirúrgicos e não os obrigam a se afastar das atividades normais.

Uma novidade que chega ao mercado brasileiro é o Emax: trata-se de uma tecnologia que combina técnicas que antes eram isoladas: infravermelho, laser, radiofreqüência e luz pulsada. O aparelho, de plataforma multifuncional e com várias ponteiras, pode ser usado em depilação, rejuvenescimento, recuperação de cicatrizes e eliminação de manchas e vasos, sem que o paciente precise se ausentar das atividades do dia-a-dia. Há algum tempo, era necessária a combinação de aparelhos distintos e várias sessões para se chegar ao mesmo resultado.

Também está em alta cotação entre a clientela masculina a toxina botulínica. A aplicação da substância deve ser feita de forma a não elevar o final das sobrancelhas e evitar, assim, a aparência de um olhar sinistro. Os locais mais indicados: a região central da fonte e as laterais dos olhos, onde há músculos mais fortes e em maior quantidade.

São muitas as particularidades do universo masculino. E todas devem ser respeitadas para que a auto-estima dos homens esteja sempre preservada e eles possam se sentir cada vez mais confortáveis para desempenhar suas atividades.

Marcelo Bellini - Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Graduado pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, pós-graduado em Homeopatia e Medicina Estética pela Sociedade Brasileira de Medicina Estética de São Paulo, onde é Professor desde 2001.