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04/07/2008 - 09:44

Os heróis da resistência

Constantemente o mercado passa por diversas reflexões sobre os rumos do mercado de transportes no Brasil, que vive um paradoxo: ao mesmo tempo em que as empresas precisam colocar em prática ações previstas no planejamento, feito no final do ano passado, existe a preocupação em atender os clientes e fazer com que esse círculo não pare de girar. Assim, por um lado, temos um crescimento, mas também lamentamos o fato de nos depararmos com alguns pontos não tão satisfatórios.

Entre eles, temos os problemas de infraestrutura, não só nas estradas, mas também nos outros modais. A cada dia, torna-se mais premente a necessidade do aumento da malha viária, criação de bolsões para estacionamento e de legislações mais eficientes. Em grandes cidades do mundo, como Nova Iorque, Cidade do México e Londres, por exemplo, as autoridades valorizam os veículos integradores, no caso os caminhões, que circulam livremente por avenidas movimentadas para realizar as coletas e entregas de mercadorias de todos os tipos.

Se ampliarmos a visão e pensarmos no restante do País, o alcance dos caminhões é muito maior. Somos um País essencialmente rodoviário; temos a necessidade desse tipo de transporte, porém, a realidade é diferente. Em alguns momentos os caminhões são vistos como vilões, o que é um paradoxo muito grande, pois, na verdade, a economia e a população utilizam o transporte de cargas para girar. Os caminhões levam alimentos, medicamentos e bens de consumo, por exemplo, para regiões longínquas, mas mesmo assim são encarados de forma negativa. E por isso é imprescindível levar essa idéia aos quatro cantos do Brasil, de que os caminhões são integradores de mercados, provedores de soluções, verdadeiros heróis da resistência.

Resistimos bravamente a todos esses problemas, mesmo em alguns momentos com a pressão da sociedade. É preciso entender que os caminhões são muito importantes, pois levam o progresso a diversas regiões. Hoje, a aviação comercial, por exemplo, não tem capacidade nem abrangência para isso, assim como a cabotagem e o transporte ferroviário.

Em determinados centros urbanos, nos deparamos com restrições de acesso de caminhões em diversos pontos. Porém, alimentamos as principais regiões de varejo presente nestes mesmos pontos.

É preciso entender que a economia evoluiu, que os produtos cresceram (a exemplo das TVs com mais de 40 polegadas, refrigeradores duplex, entre outros) e que, para transportá-los, nada melhor do que os caminhões. Só na grande São Paulo, abastecemos mais de 60 shoppings centers que, geralmente, estão em áreas com grande densidade demográfica. Este é um retrato da globalização e da evolução dos bens de consumo, juntamente com a mentalidade da sociedade, que precisa entender o quanto esses veículos são fundamentais. E diante disso, as empresas de transportes transformam-se em verdadeiras fabricantes de soluções para atender à demanda: mudam horários de entrega, adequam o tamanho dos caminhões às restrições, criam novas rotas, etc.

Outra faceta da nossa realidade é que o mercado de transporte evoluiu tanto, que é preciso saber diferenciar as empresas estruturalmente preparadas, das que operam na informalidade, ou seja, sem capacidade de reinvestimento, principalmente na renovação da frota. E é por isso que se torna importante esclarecer à população e ao mercado em geral que estas primeiras buscam continuamente soluções eficientes para beneficiar a todos, principalmente a sociedade.

E é dessa forma que as empresas sérias buscam se adequar ao mercado e à sazonalidade, como acontece em épocas festivas como o Natal, por exemplo, com o redimensionamento dos terminais de carga, aumento da frota e do quadro de colaboradores, bem como na capacitação destes, e também no investimento em tecnologia, com softwares mais inteligentes de gerenciamento de risco, comunicação com veículos e automação dos terminais. É uma exigência dos clientes, que precisam de rapidez, segurança e dinamismo nesse tipo de trabalho. Porém, é preciso planejar de forma estratégica e manter sempre a capacidade de investimento contínuo, que é um dos pontos vitais para a manutenção da qualidade dos serviços.

O Brasil precisa dos caminhões para continuar a se desenvolver e para abastecer um país com dimensões continentais. Cabe a todos os envolvidos nesse mercado que esclareçam a população a respeito dessa importância, pois onde há vida, há caminhão. E em pleno século XXI, precisamos andar na velocidade certa e abrir novos caminhos para as gerações futuras.

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