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Pequenas empresas têm melhor desempenho que grandes

Sondagem Industrial da CNI, no último trimestre de 2006, aponta que pequenas empresas aumentaram produtividade e geração de empregos comparativamente aos grandes empreendimentos, o setor de móveis teve aumento na produção nos últimos três meses depois de várias quedas registradas no ano passado.

Brasília - As micro e pequenas indústrias de base no Brasil tiveram um desempenho melhor, no último trimestre de 2006, do que as grandes empresas, segundo resultado da Sondagem Industrial realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada na tarde desta quarta-feira (31).

O indicador de evolução das grandes empresas foi de 52 pontos, de um total de 100, e o das pequenas empresas ficou na casa de 53,2 pontos. Isso significa que os pequenos empreendimentos tiveram alto investimento em produção e em contratação de pessoal nos últimos três meses de 2006.

Segundo análise da CNI, esse resultado mostra que as expectativas também são positivas para o início deste ano, já que a produção alcançou 52,8 pontos no quarto trimestre de 2006, índice bem maior que no mesmo período de 2005, que foi de 50,8 pontos. A Sondagem indica que esse cenário otimista da produção industrial é atribuído à expansão da produção nas pequenas empresas no segundo semestre de 2006, principalmente em setores como móveis, bebidas, limpeza e perfumaria, química, papel e celulose.

A produtividade do segmento de móveis teve um destaque especial, já que houve aumento nos últimos três meses depois de várias quedas registradas durante todo o ano passado em função da baixa venda para o mercado externo, por exemplo.

No que diz respeito ao faturamento do setor industrial, o estudo aponta que o segundo semestre de 2006 traduziu uma recuperação no posicionamento de mercado perdido em 2005. Apesar de as pequenas empresas recuperarem o faturamento apenas de outubro a dezembro de 2006, esse índice chegou a 52,9 pontos, o que representa um aumento de 3,8 pontos se compararmos com o último trimestre de 2005.

A abertura de postos de trabalho na indústria ficou no patamar de 50,1 pontos no período pesquisado, apontando para uma certa estabilidade em relação aos meses de julho a setembro de 2006.

Para o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, o fortalecimento das pequenas empresas, principalmente as do setor industrial, sinaliza que o ambiente para a economia é favorável, está aquecida e que há uma expectativa de que se mantenha assim, já que os pequenos empreendimentos acompanham o crescimento dos grandes. "Trata-se de uma cadeia. Com a melhoria generalizada da economia, seu aquecimento e o acesso mais facilitado ao crédito por parte das classes de baixa renda, o poder de compra cresce e os pequenos se beneficiam disso", avalia.

Okamotto reforça que o crescimento dos grandes empreendimentos puxa toda a cadeia e as pequenas empresas seguem o mesmo caminho. Segundo o presidente do Sebrae, para que os pequenos negócios deslanchassem mais no mercado era preciso que houvesse mais equilíbrio de oportunidades, principalmente no que diz respeito ao acesso à inovação e à tecnologia que é muito facilitado para as grandes empresas.

"Assim, elas teriam mais condições de fornecer matéria-prima mais apurada e até produtos com valor agregado que dêem facilidades para competir no mercado, inclusive no internacional", disse.|Por: Beatriz Borges/Sebrae Nacional

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