Contração monetária no cenário mundial

O BCE (Banco Central Europeu) elevou a taxa básica de juros da Zona do Euro para 4,25%. De acordo com o professor da Trevisan Escola de Negócios e consultor do Núcleo de Negócios Internacionais da Trevisan Consultoria, Pedro Raffy Vartanian, o segundo semestre de 2008 será caracterizado por elevações na taxa de juros por parte de vários bancos centrais. “O Banco Central do Brasil iniciou a seqüência de alta já no primeiro semestre, que será intensificada nas próximas reuniões. O Fed interrompeu a seqüência de cortes na última reunião, e deve elevar os juros nos próximos encontros. O Banco Central da Inglaterra manteve a taxa de juros inalterada na reunião de junho, em 5%, mas o cenário inflacionário deve provocar uma elevação da taxa na próxima reunião, de julho.”

O cenário é diferente de outros países, como a Argentina e a China, que tem priorizado o crescimento econômico e apresentado inflação elevada. “Isto pode trazer alguns benefícios de curto prazo, mas a inflação corrói o poder de compra, principalmente das classes menos favorecidas, e em algum momento o ajuste será inevitável e o choque para estabilizar os preços é, freqüentemente, traumático e recessivo para as economias”, completa.