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05/07/2008 - 10:14

Agenda China é apresentada oficialmente em Basília

Apresentado no dia 3 de julho (quinta-feira), na sede da CNI, plano de ação de longo prazo com a China foi uma iniciativa do Conselho Empresarial Brasil-China.Grupo de trabalho formado conta com a participação dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Relações Exteriores (MRE) e Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Objetivo é a elaboração de uma estratégia brasileira positiva, com o fomento do comércio bilateral e investimentos mútuos, com prazo inicial até 2010

Foi apresentado dia 3 de julho (quinta-feira), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, o relatório “Agenda China – Ações Positivas para as relações econômico-comerciais sino-brasileiras”, primeiro resultado do grupo de trabalho formado pelo Conselho Empresarial Brasil-China, em parceria com Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Participaram do evento, o ministro Miguel Jorge (MDIC); o embaixador Roberto Jaguaribe (MRE); o secretário de Relações Internacionais do MAPA, Célio Porto; o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral; o embaixador da China no Brasil, Chen Duqing; o presidente do CEBC, Ernesto Heinzelmann; e o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, além de representantes de empresas como Vale, Embraer, Usiminas, Odebrecht, entre outras.

A Agenda China é uma iniciativa do Conselho Empresarial Brasil-China e contemplará atividades de promoção comercial, construção de imagem do Brasil e missões setoriais. As atividades do projeto se estenderão até a Expo Shanghai 2010, quando as exportações brasileiras deverão ser três vezes superiores ao registrado no final de 2007, segundo meta estabelecida pela Agenda China. O relatório de mais de 100 páginas estará disponível no site www.cebc.org.br e www.desenvolvimento.org.br/agendachina.

O primeiro resultado concreto da Agenda China será a realização de dois seminários para atração de investimentos chineses para o Brasil: em Macau, no dia 7, e em Pequim, no dia 9. Em ambos já serão apresentados os primeiros projetos identificados como interessantes aos investidores da China. O secretário-executivo do CEBC, Rodrigo Maciel, será um dos integrantes da missão brasileira.

“A China tornou-se, junto com Rússia e Índia e Brasil, um dos principais motores da economia mundial. Suas importações, que esse ano ultrapassarão US$ 1 trilhão, chama atenção de empresas do mundo todo. Estima-se que a China responda por 7% da produção industrial do mundo e que em 2040 essa participação atingirá 22%. A Agenda China é o caminho inicial para aumentar o conhecimento do exportador brasileiro, bem como o primeiro esforço de criação de uma estratégia brasileira para inserção nesse mercado. É uma conquista significativa para toda comunidade empresarial”, Ernesto Heinzelmann, presidente do CEBC.

Oportunidades de negócio - Inicialmente, foram identificados 619 produtos brasileiros com potencial de penetração no mercado chinês, conforme metodologia adotada pelo Sistema Radar Comercial do MDIC, estes subdivididos em três categorias: 1) Oportunidades de curto prazo: produtos com alto potencial importador da China e alto potencial exportador do Brasil; 2) Oportunidades de médio prazo: produtos com alto potencial importador da China e potencial médio exportador do Brasil; 3) Oportunidades de longo prazo: produtos com alto potencial importador da China e baixo potencial exportador do Brasil; e 4) Oportunidades crescentes: produtos que o Brasil já exporta para China em volume significativo e que a demanda chinesa deve permanecer ascendente.

Os 619 produtos identificados representaram 67% do total das importações da china em 2007 (US$ 637 bilhões), cuja pauta total compreende 5.637 produtos. Destes, 225 são de curto prazo, 207 de médio prazo e 187 de longo prazo. Após cruzamento de pautas e análise do potencial exportador brasileiro e dinamismo do mercado chinês, foram selecionados 147 produtos com potencial significativo.

Produtos - Os setores selecionados nessa primeira etapa foram: carne suína; aves; peixes e crustáceos; óleo de soja em bruto; massas alimentícias e preparações; farinha para animais, produtos minerais; petróleo e derivados; produtos químicos; produtos farmacêuticos; tintas, higiene pessoal e cosméticos; produtos de limpeza; colas e enzimas; plásticos e suas obras; borrachas e suas obras; peles, peleterias e couros e seus artefatos; papel e celulose; têxteis; calçados e suas partes; produtos metalúrgicos; metais não-ferrosos; ferramentas, talheres e outras obras de metais; máquinas e motores; materiais elétricos e eletro-eletrônicos; veículos e materiais para vias férreas; veículos automotores e suas partes e instrumentos de precisão.

Os produtos foram priorizados por possuírem oportunidades de curto prazo e pertencerem a setores que MRE, MDIC, MAPA e CEBC reconheceram como estratégicos para o Brasil. Vale salientar que os produtos selecionados necessariamente são exportados pelo Brasil em volume superior a US$ 17 milhões – critério definido pelo MDIC para avaliar a capacidade exportadora do setor. Um dos setores considerados de maior potencial é o de Máquinas e Motores (clique aqui para ter acesso ao gráfico), uma vez que são os produtos mais importados pela China e um setor em expansão no Brasil.

As primeiras consultas revelaram que as maiores empresas exportadoras são subsidiárias de empresas multinacionais e já possuem linha de produção na China ou na Ásia, sendo, dessa forma a produção de sua planta no Brasil voltada para o mercado da América Latina. As empresas demonstraram grande interesse em participar de possíveis missões da Agenda China.

Após definição de setores e seus produtos está sendo realizada pesquisa com as maiores empresas exportadoras com oportunidades de curto prazo na China. A consulta questiona o interesse em iniciar ou ampliar vendas, a capacidade de exportação e barreiras e obstáculos existentes e a possibilidade de parcerias com empresas chinesas no Brasil com o intuito de incrementar o comércio e investimentos bilaterais. Participam do contato o MDIC, o MAPA e o CEBC.

CEBC - Integrado por algumas das maiores empresas brasileiras e chinesas, o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) é uma instituição sem fins lucrativos que tem como missão aperfeiçoar o relacionamento econômico sino-brasileiro por meio do diálogo empresarial. O conselho articula e promove interesses coletivos de seus associados e complementa a agenda governamental de relacionamento econômico bilateral. Sua agenda de trabalho envolve rotinas de contatos com autoridades de ambos governos, reuniões periódicas de lideranças empresariais brasileiras e chinesas, seminários especializados, inteligência comercial e divulgação de análises relevantes para as atividades empresariais sino-brasileiras.

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