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Petrobras inicia construção de usina termelétrica em Cubatão, unidade que recebe o nome de UTE Euzébio Rocha

A Petrobras iniciou da construção da Usina Termelétrica de Cubatão (SP), dia 2 de fevereiro, que recebeu o nome de Usina Termelétrica Euzébio Rocha, durante a cerimônia de início das obras.

O projeto, desenvolvido totalmente pela Companhia, funcionará com cogeração de energia (elétrica e vapor) e proporcionará significativa recuperação ambiental à Baixada Santista a partir do segundo semestre de 2008, quando entrará em operação. Participaram da cerimônia de início da construção e descerramento da placa de renomeação da unidade o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, o diretor da área de Gás e Energia, Ildo Sauer e o diretor da área de Abastecimento da Companhia, Paulo Roberto Costa.

A Euzébio Rocha é uma das 13 termelétricas que compõem o parque gerador da Petrobras. A planta terá capacidade instalada de 208 MW, com produção de 415 t/h de vapor, que será utilizado para produzir energia elétrica e atender a demanda da Refinaria Presidente Bernardes – RPBC (47MW), além de comercializar o excedente (155 MW) e garantir a eficiência energética da unidade.

UTE Euzébio Rocha - Além de alimentar a RPBC com vapor, aumentando sua confiabilidade, a UTE Euzébio Rocha também fornecerá energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O projeto da nova unidade prevê a instalação de um turbogerador a gás natural, com 160 MW de capacidade, e um turbogerador a vapor, com potência de 55 MW. Além disso, integram o projeto três caldeiras de vapor – uma recuperadora, que produz 290 t/h, e duas convencionais, com 285 t/h cada – e uma subestação de 230kV de conexão à rede básica do Sistema Interligado Nacional.

A geração de energia por meio de gás natural, processo a ser utilizado pela unidade, não emite material particulado e sulfatos, além de gerar menos óxido de nitrogênio que a queima de óleo combustível, método usado atualmente pela Refinaria Presidente Bernardes - RPBC. Haverá redução de mais de 70% nas emissões atmosféricas do sistema atual de energia, que utilizará em média a carga diária de 1,2 milhão de metros cúbicos de gás natural e 300 mil metros cúbicos de gás de refinaria. Outro benefício ambiental da usina é a redução de consumo de água pela refinaria, da ordem de 4 milhões de litros de água por hora, que deixarão de ser retirados do rio Cubatão.

Um gasoduto com capacidade para transportar 1,57 milhão de metros cúbicos de gás natural ao dia - que a usina consumirá quando estiver operando em plena carga - completa a estrutura necessária à operação. A Petrobras também estuda a instalação na termelétrica de um sistema de tratamento do vapor condensado usado pela RPBC, transformando o produto em água desmineralizada, que poderá ser reaproveitada nos processos de ambas as unidades.

A construção e montagem da UTE Euzébio Rocha está a cargo do consórcio Skanska Brasil-Camargo Corrêa, liderado pela Skanska Brasil Ltda.

Perfil do Euzébio Rocha - Euzébio Rocha está organicamente ligado à história da Petrobras. Ele foi relator da Lei 2004, de 3 de outubro de 1953, que instituiu o monopólio estatal do petróleo e criou a Companhia. Participante ativo da campanha “O Petróleo é Nosso”. Como deputado federal constituinte de 1946 redigiu o substitutivo do projeto de lei de Getúlio Vargas, dando ao País total controle sobre suas reservas.

Nascido em 20 de novembro de 1917, no Rio de Janeiro (RJ), ainda jovem, Euzébio Rocha desafiava o poder. Por recusar-se a denunciar um professor, foi expulso do Colégio Militar e teve negados seus documentos escolares e o certificado de reservista. Para recuperá-los, foi obrigado a fazer um exame para provar seus conhecimentos e trabalhar por dois meses como operário nas instalações militares da Ilha das Cobras (RJ).

Foi jornalista, professor de matemática, advogado e deu aulas de Direito na faculdade de São Carlos (SP). Mas, celebrizou-se na carreira política. Aos 27 anos, elegeu-se deputado federal constituinte por São Paulo e em mandatos consecutivos participou da Câmara até 1962. Idealista e patriota, especializou-se na proteção dos recursos naturais brasileiros. Euzébio Rocha faleceu em 31 de março de 1995, em São Paulo (SP), dois anos antes da quebra do monopólio estatal do petróleo.

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