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08/07/2008 - 09:17

Transportadores sofrem com geadas no Paraná

Inverno rigoroso prejudica setor da agricultura.

O inverno no Paraná tem sido rigoroso e uma das áreas mais prejudicadas com a estação foi a agricultura. Segundo levantamento do Departamento de Economia Rural, da Secretaria Estadual da Agricultura, as perdas na segunda safra de milho chegaram a 1,3 milhão de toneladas. Se compararmos com a expectativa de produção no início do plantio, a diferença foi de 19,24%.

Em visita a Curitiba no início de julho, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Plano Agrícola e Pecuniário (PAP), que financiará dívidas do setor para a próxima safra. O valor do plano é de R$ 75 bilhões, para agricultores de todo o País. “Nós esperamos que daqui a três ou quatro anos não tenhamos mais planos, mas sim, regras permanentes para a agricultura”, afirmou Lula.

De acordo com o Diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar), Laudio Luiz Soder, os transportadores deverão pensar em medidas para suprir o prejuízo causado pela falta do transporte de carga. Para Soder, os empresários do segmento já estão procurando outras maneiras para cobrir os problemas enfrentados nesta safra 2008. “Neste fim de semestre estamos vivenciando um momento de dificuldade no segmento. Assuntos como agricultura, Contribuição Social da Saúde (CSS) e aumento do diesel e dos pedágios estão na pauta de nossas discussões”, afirma.

“Por outro lado, o valor do frete, do agronegócio, é determinado pela oferta e pela procura. A demanda de caminhões está aquecida e muitas unidades entraram no mercado nos últimos meses. Como a geada quebrou boa parte da produção agrícola, haverá redução na quantidade de produtos para transportar que, aliado ao aumento da oferta de caminhões disponíveis no mercado, prontos para prestar serviços de transporte, levará a uma conseqüência inevitável. A queda nos preços dos fretes e grandes dificuldades para os transportadores pagarem as prestações dos financiamentos”, avalia Soder.

Em relação a possíveis alternativas, o diretor do Setcepar pensa que talvez a solução seja buscar fretes em outras regiões ou procurar outros produtos disponíveis para transportar. ”Acredito que a alternativa que se vislumbra no mercado é a migração dos caminhões para as regiões Norte e Centro-Oeste, onde a safra provavelmente será cheia”, diz. A outra possibilidade aos transportadores de granéis sólidos é adquirir semi-reboques para o transporte de granéis líquidos e aproveitar o aumento da produção de álcool, que fez crescer a demanda de transporte e está pagando fretes melhores.

Perfil do Setcepar - Criado em 1943, o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar) representa 5.000 empresas de transporte de cargas em 265 cidades do estado. O Setcepar oferece aos associados diversos serviços e eventos, para debater e fomentar melhorias no setor, e no relacionamento das empresas entre si e com demais setores da sociedade.

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