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10/07/2008 - 08:13

Esporte leva cidadania a 83 mil crianças brasileiras

Brasília – A fórmula não é nenhum segredo. Quando o assunto é inclusão social, a promoção de ações por meio do esporte tem sempre resultado garantido. O Programa Atleta do Futuro (PAF) do Serviço Social da Indústria (SESI) é prova de que o investimento vale a pena, pois só neste ano levará cidadania a mais de 83 mil crianças.

O número de matriculas é considerado um recorde para o programa que tem pouco mais de um ano. “Ultrapassamos a nossa capacidade que era de 80 mil crianças, no ano passado tivemos 76 mil alunos. A ampliação é resultado de uma demanda reprimida no entorno das indústrias para atender seus dependentes”, afirma o gerente de esportes do SESI, Rui Campos.

Em nível nacional o projeto existe desde agosto do ano passado, conta com a parceria de 21 Departamentos Regionais do SESI e de 229 empresas. Elas estabelecem o número de crianças que poderão ser atendidas e onde serão desenvolvidas as atividades. O número de empresas interessadas em participar é cada vez maior. “Futuramente, a exemplo do que acontece com a cultura, pretendemos usar a Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº 11.438/06) para garantir desconto de imposto as empresas. Além disso, queremos fazer uma pesquisa para comprovar a responsabilidade social destas empresas”, diz Campos.

O programa SESI Atleta do Futuro foi criado em 1991 pelo SESI de São Paulo e visa a formação de crianças e jovens de 7 a 17 anos em diferentes modalidades esportivas. Em 2003 houve uma remodelação para atender as necessidades motoras das crianças e adolescentes, envolver as família e trabalhar temas transversais como diferenças sócias. Tudo para garantir que o programa seja uma referência.

“Temos muita criança em vulnerabilidade social, algumas entram no programa e não tem dinheiro para chegar ao SESI, outras têm dificuldade na alimentação e chegam à aula sem comer. Então foi preciso uma adequação a essa realidade”, explica a supervisora de Esportes e Lazer do SESI-SP, Luciana Nabarro.

O estado pioneiro registrou um salto no número de matrículas. Em 1991 eram 5 mil participantes, hoje são mais de 25 mil. O programa é desenvolvido em 42 unidades do SESI paulista e conta com a parceria de 40 empresas. A novidade é que a proposta foi levada também a três empresas instaladas em cidades que não possuem uma unidade do SESI. “Entramos com a metodologia e disponibilizamos um professor para fazer o atendimento. As conveniadas entram com serviços agregados que incluem, em alguns casos, alimentação e transporte”, conclui Luciana.

A força do programa vai além das cidades paulistas. Em Minas Gerais, por exemplo, a promoção de ações esportivas chega a 42 cidades e está mudando a vida de mais de 12 mil crianças e jovens. No Rio de Janeiro, em meio a insegurança e a violência cotidianas, a cidadania tem espaço garantido nas quadras do SESI-RJ onde quase 5 mil crianças, de várias classes sociais, aprendem dribles, chutes e outros esportes.

Em Goiás, a área de esporte do SESI-GO trabalha para que a prática esportiva vá além das quadras, fazendo com que os alunos usem os valores do esporte como o trabalho em equipe, respeito à individualidade e limites, no cotidiano. São mais de 6 mil crianças e adolescentes integrados em alguma modalidade do programa e que se inspiram na trajetória do jogador Dante do Amaral, seleção brasileira de voleibol. Ele treinava no SESI quando participou do primeiro teste junto à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).

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