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10/07/2008 - 08:47

“BER Indústrias é alvo de espionagem industrial”

A opinião é do presidente do Conselho de Administração da holding Brasil Energia Renovável, com sede na capital paulista e unidades espalhadas pelo interior de São Paulo e no sul do País.

Pela quarta vez em menos de quatro meses, a BER Indústrias foi invadida por assaltantes encapuzados e armados que levaram CPUs e outros equipamentos do departamento de projetos, considerado um dos mais estratégicos da empresa. Desta vez, a invasão aconteceu na unidade da indústria de base sediada em Rio das Pedras, que fica a 170 quilômetros da capital paulista. Para administração do grupo, não há mais dúvidas, trata-se de uma ação orquestrada com o objetivo de retardar a entrada agressiva das empresas do grupo no mercado sucroalcooleiro.

Para o presidente do Conselho de Administração da Brasil Energia Renovável, que controla a BER Indústrias, João Herrmann Neto, os indícios de que as invasões não são simples coincidências são evidentes. Há quatros meses, aconteceu o primeiro furto, na unidade BER Indústrias Caldeiraria, na cidade de Charqueada, quando os marginais chegaram a utilizar uma carreta para retirar peças de aço de grande porte. A ação envolveu encapuzados fortemente armados, que renderam funcionários e a segurança da caldeiraria, mantendo-os encarcerados, causando prejuízos de mais de meio milhão de reais.

Após estas ocorrências, outras duas, focadas em Rio das Pedras, foram registradas, retirando peças da fundição e equipamentos de menor valor. A ação desta madrugada (9/07), teve foco específico, a retirada de CPU que continham projetos importantes para e empresa e que entrariam em produção ainda este mês. “Isso afeta diretamente nossa atividade, colocando-se em situação delicada perante nossos clientes e ao cumprimento de prazos contratuais”, disse.

Herrmann Neto tem convicção de que a invasão teve foco certeiro e a classifica como espionagem industrial, pois exatamente na primeira semana do mês, a BER realizou seu lançamento oficial em uma das mais importantes feiras do setor sucroalcooleiro, o Simpósio Internacional e Mostra de Tecnológica da Agroindústria Sucroalcooleira, realizado em Piracicaba. “Estamos colocando em prática nosso planejamento de atuação no mercado. E estamos, sim, sendo vitimados por uma ação orquestrada com o objetivo lógico de afetar nossas atividades. Agora, não deixaremos de reagir, por isto o motivo da denúncia, vamos levar às últimas consequências as nossas ações”, concluiu.

Diversos projetos de Usinas na Austrália e na Jamaica faziam parte do que foi roubado, além de novos equipamentos que estavam sendo desenvolvidos em sigilo. A empresa vai recuperar esses projetos, e deve inclusive solicitar a presença da Polícia Federal. O departamento jurídico da empresa estará reunido nessa quinta-feira (9) para análise de todos as medidas cabíveis.

Realidade local - “Piracicaba é, hoje, a capital nacional dos Biocombustíveis, sediando o Pólo Nacional do setor junto a Universidade de São Paulo, do campus Luiz de Queiroz. A cidade detém todo o cluster da produção do etanol, da pesquisa à distribuição, passando pela academia, tecnologia, indústrias de base e transformação. Este cenário, a transforma numa vitrine do setor, há décadas, dominado por grupos específicos que, hoje, se vêem diante da concorrência interna e externa. Na contramão desta realidade, está a evidente necessidade de modernização da administração das tradicionais indústrias de base, que notoriamente são resistentes à modernização e utilizam-se de estratégias nem sempre éticas para garantir seu mercado”.

Nesta análise, João Herrmann Neto explicita que o movimento econômico na região de Piracicaba atua tão fortemente que chega prejudicar a própria evolução da economia local como um todo. Na unidade Rio das Pedras da BER indústrias, por exemplo, a retomada da produção (já que a empresa estava paralisada e recentemente foi arrendada pelo grupo que a recolocou em atividade) vai gerar 300 empregos diretos e outros 200 indiretos. “A invasão planejada e retirada dos nossos projetos nos fará perder tempos e retardar o processo de seleção e contratação destas pessoas para a retomada da produção da indústria”, explicou o presidente.

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