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10/07/2008 - 08:57

A harmoniosa pintura de Paulo Pasta no CCBB Rio


.Primeira grande exposição do artista na cidade revela a força contida em suas telas

Vermelhos, amarelos ousados, cinzas neutros, pálidos ocres, azuis ... Juntos, harmoniosos, num trabalho que se revela aos poucos e protagoniza espetacular jogo cromático. É a pintura de Paulo Pasta, cujas pinceladas alternam camadas espessas de tinta e faixas diluídas de pigmento, em um gesto de efeito sedutor e surpreendente. Que poderá ser vivenciado a partir de 11 de agosto, no CCBB Rio, quando o artista fará sua primeira grande exposição individual na cidade, com a exibição de 40 obras, entre as quais 20 trabalhos inéditos. A exposição, produzida pela Imago Escritório de Arte, ocupará três salas do primeiro andar do CCBB, reunindo aos trabalhos inéditos algumas das mais emblemáticas obras de 2005, 2006 e 2007.

A curadoria da mostra é de Ronaldo Brito, para quem a pintura de Paulo Pasta “traduz uma biografia íntima. Uma índole serena e contemplativa que não exclui, contudo, incertezas e dúvidas. É uma pintura silenciosa, meditativa; suas formas singelas, nem abstratas, nem figurativas, que se velam e se desvelam diante de nossos olhos, cultuam a indefinição. É uma pintura que se recusa a exibir e apenas prenuncia, menos do que formas latentes, a latência das formas”. Na mostra do CCBB haverá telas (óleo s/tela) em grandes formatos, de 240 x 300 cm, e também sete pinturas inéditas de 70 x 50 cm, assim como trabalhos em óleo e pastel s/ papel, também inéditos, e de grandes formatos (160 x 190 cm).

Paulo Pasta explica que esta exposição dá continuidade a uma pesquisa de dois anos. “Em 2006 realizou-se uma espécie de retrospectiva do meu trabalho, na Pinacoteca de São Paulo, onde já se notava algumas mudanças: pinturas mais fluidas, mais ágeis na articulação com o espaço. Na verdade, há uma intensificação da cor, promovendo um contraste maior entre elas. Ao mesmo tempo em que as cores se afirmam, elas também se esquivam. Para mim, a presença tem um poder igual ao da ausência”, diz o artista.

A obra de Paulo Pasta exige uma dose de concentração. De início e por um bom tempo, apresentava influência a Volpi e Morandi; hoje inclui também Dacosta e Eduardo Sued, num trabalho que se revela aos poucos, em sintonia com o ritmo lento da passagem na tela de uma coluna de cor a outra. “Paulo Pasta é um colorista muito pessoal, muito sutil”, ressalta o curador ao destacar que a experiência do artista com a cor é absolutamente singular na arte brasileira. “Ele está no auge da força; sua poética é reflexiva e verdadeira; suas obras têm algo de sublime, algo de casual. São os produtos diletos de um colorista apaixonado e vão se distinguindo de todas as outras cores, de todas as outras pinturas”.

Biografia - Paulo Augusto Pasta (Ariranha SP 1959). Pintor, desenhista, ilustrador e professor. Gradua-se em artes plásticas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP, em 1983. Estuda desenho e gravura em metal com Evandro Carlos Jardim (1935). Faz cursos de litografia e serigrafia com Regina Silveira (1939) e pintura, com Donato Ferrari (1933) e Carmela Gross (1946). Atua como arte-educador na Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp, entre 1983 e 1985. Cria obras abstratas nas quais utiliza uma gama cromática reduzida, explorando variações tonais. Em 1984, realiza sua primeira exposição individual na Galeria D. H. L., em São Paulo. Recebe a Bolsa Emile Eddé de Artes Plásticas, em 1988. É professor da Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, onde ingressa em 1998. Ministra ainda cursos livres em várias instituições culturais, como o Museu Brasileiro de Escultura - MuBE e o Instituto Tomie Ohtake - ITO. Em 1990, recebe o Prêmio Brasília de Artes Plásticas no Museu de Arte de Brasília - MAB/DF e, em 1997, o Prêmio Price Waterhouse - Conjunto de Obras, no 25º Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP. Em 1998, é publicado o livro Paulo Pasta, pela Edusp. É mestre em artes plásticas pela ECA/USP, em 2002.

Visitação de 12 de agosto a 21 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, Rua Primeiro de Março, 66 – Riod e Janeiro (RJ). Tel: (21) 3808-2020 – Entrada franca.

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