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11/07/2008 - 10:43

Sistema de transporte coletivo é discutido no Conselho da ACRJ

O Conselho Empresarial de Logística e Transporte da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), formado por empresários e especialistas, reúne-se mensalmente para discutir soluções visando à melhoria do sistema de transporte público do Rio de Janeiro. A pauta da reunião deste mês, realizada no dia 9 de julho (quarta-feira), na sede da ACRJ, incluiu a estruturação do sistema de transporte do estado e as limitações impostas às operações de carga e descarga.

O presidente do conselho e ex-secretário de Transportes, Francisco Pinto, defendeu a estruturação do sistema de transporte através da criação de novas linhas de metrô. O presidente acredita que, para a melhoria do transporte público no Rio de Janeiro, sistemas com alta capacidade devem ser colocados nos principais eixos de concentração de demanda.

- A receita para o sucesso é a estruturação do sistema de transporte com a implantação de uma poderosa rede de metrô. Tenho certeza de que podemos conseguir isso em dez ou 15 anos e ter mais de 300 quilômetros de linha de metrô. Existem cinco linhas da ferrovia (Deodoro, Santa Cruz, Japeri, Belford Roxo e Saracuruna), hoje operadas pela Supervia, que poderiam ser transformadas em linhas de metrô e metrô regional, como é feito em Paris, na França. Isso é possível e fácil de fazer, pois não seria necessária a realização de obras, engenharias, estudos de impacto ambiental e desapropriações - analisou Francisco Pinto.

Com relação ao transporte aquaviário, o ex-secretário afirmou que, quando foi feita a concessão para a empresa Barcas/SA, as linhas de Magé, São Gonçalo e Barra da Tijuca estavam previstas para serem construídas, mas apenas a linha de Charitas saiu do papel.

- A linha de Magé é longa e cara. As da Barra da Tijuca e de São Gonçalo também têm problemas que tornam a operação inviável. Isso reforça a importância do metrô. É preciso realizar uma extensão das linhas de metrô já existentes e a criação de outras. Defendo a implantação da Linha 3, a partir do final da Linha 2, na Carioca, até Guaxindiba, em Visconde de Itaboraí. Essa linha atravessaria a Baía de Guanabara e passaria por Niterói e São Gonçalo. Ela seria fundamental para estruturar o sistema de transporte de Niterói - avaliou Francisco Pinto.

As limitações impostas pelos decretos municipais de números 29.231, que proíbe circulação de caminhões e as operações de carga e descarga em determinadas vias, de segunda a sexta-feira, entre 6h e 10h e das 17h às 20h, e 29.250, que determina sanções para quem utiliza veículos de médio e pequeno porte, como kombis, vans, utilitários e caminhonetes, para substituir caminhões no transporte de carga, também foram discutidas pelo conselho. Segundo Eduardo Rebuzzi, presidente da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga), estes decretos obrigam as empresas a disponibilizar mais veículos, que precisam sair mais tarde ou ficam retidos até as 20h, o que aumenta o custo.

- É necessário que estes decretos sejam suspensos e que retornem com os decretos de números 13.268, 13.926 e 14.188, que limitavam o horário das 8h às 19h nos dias úteis e delimitavam um polígono na região central com áreas específicas para carga e descarga. Atualmente, essas áreas não são respeitadas, e muitos carros estacionam irregularmente, atrapalhando ainda mais a operação. Se as empresas cumprirem o rigor da lei, que é o que deve ser feito, elas não conseguirão abastecer o Rio de Janeiro - afirmou Eduardo Rebuzzi.

O secretário de Transportes, Julio Lopes, disse que o conselho, apesar de não poder fazer um plano de governo, por não ser um órgão oficial do Estado, pode contribuir com recomendações como sociedade. Julio Lopes defendeu uma forte regulamentação e fiscalização para as vans e um aumento na capacidade dos portos e aeroportos do Estado.

- Temos que ter uma legislação de importação que torne o Rio de Janeiro mais competitivo, pois isso aumentaria as operações de carga nos portos e aeroportos do estado. É necessária, também, uma intensa fiscalização das vans, que desestruturam o sistema de transporte e causam desordem - destacou o secretário de Transportes.

Julio Lopes também falou sobre o sistema de bilhete único, que consiste na adoção de uma tarifa integrada que permite ao usuário utilizar diversos meios de transportes com preço reduzido. O assunto deverá estar na pauta da reunião de setembro do Conselho Empresarial de Logística e Transporte.

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