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Dinheiro, felicidade e saúde

Especialistas comentam a importância de buscar um equilíbrio na vida.

Dizem que a felicidade cura qualquer doença. O fato, comprovado em estudos como o do professor de Psicologia da Carnegie Mellon University, em Pittsburgh (Estados Unidos), Sheldon Cohen, ainda gera polêmicas. Afinal, como alguém pode ter saúde e felicidade em meio a tantas adversidades financeiras?

“É preciso levar a sério a necessidade de manter um estado emocional mais positivo, já que é um fator importante na prevenção de doenças. Claro que todo mundo adoece e que não se encontram pílulas da felicidade em drogarias. Por isso, é necessário um esforço pessoal”, diz Cohen. Seu estudo revelou que emoções positivas são um “plus” contra gripes, resfriados e outras doenças.

Na opinião do professor Luiz Gonzaga Leite, chefe da psicologia do Hospital Santa Paula, de São Paulo, como a felicidade é um estado de espírito, depende de um conjunto de fatores que incluem relacionamentos pessoais, amorosos e profissionais, além do fator dinheiro.

“Pessoas que vivem às voltas com problemas financeiros, certamente acabam somatizando diversas doenças. É comum a pessoa apresentar baixa imunidade para gripes e resfriados, alergias, obesidade, problemas de pele, hormonais, cardíacos e gástricos. A contribuição do psicólogo, nesses casos, também se dá no sentido de ajudar o paciente a buscar um equilíbrio financeiro, encontrando soluções para seus problemas materiais e exercitando a aceitação dos limites impostos pela realidade”, diz Leite.

Executivo, desempregado e doente - Muito comum, nos dias de hoje, encontrar pessoas ainda jovens – entre 45 e 55 anos – mas que se entregam de tal maneira quando perdem o emprego, que passam a conviver com problemas de saúde graves, de uma hora para outra. Como resolver?

“O primeiro ponto é não se entregar e buscar ajuda médica para resolver os problemas de saúde, já que uma pessoa doente e deprimida tem suas chances de se recolocar profissionalmente diminuídas. A psicoterapia pode contribuir bastante no sentido de prover suporte emocional e trabalhar a auto-estima da pessoa, ajudando-a a reavaliar suas habilidades e conhecimentos, motivando-a a aprender e crescer”, diz o psicólogo.

Em alguns casos, Leite diz ser importante fazer uso temporário de ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos e até mesmo hipnóticos – que induzem ao sono – para que a pessoa possa atravessar a má fase sem muitos arranhões.

Desavenças conjugais aumentam predisposição a doenças - De acordo com o médico cardiologista Otávio Gebara, do Instituto de Cardiologia de São Paulo, “o estresse envolvido nas desavenças conjugais – que às vezes se arrastam por 20, 30 ou 50 anos – aumenta os níveis de catecolaminas na circulação, substâncias que levam ao estreitamento das artérias. Além disso, o estresse também ativa as plaquetas que são responsáveis pela coagulação do sangue. A soma dos dois efeitos leva a uma condição propícia para o entupimento de uma artéria, o que causa o infarto e o acidente vascular cerebral”.

O estresse psicológico de vivenciar desavenças matrimoniais também pode contribuir para a síndrome metabólica, que é uma reunião de disfunções – como pressão alta, excesso de gordura abdominal, níveis anormais de colesterol e elevada taxa de açúcar no sangue – que aumentam o risco de diabetes, cardiopatias e enfarte.

“Mulheres mais felizes liberam menores quantidades de cortisol, substância que participa no desenvolvimento de hipertensão e arteriosclerose. Essas duas doenças são as responsáveis pela maioria das mortes em todo mundo”, explica o cardiologista, que ainda adverte: “Não basta apenas querer ficar feliz para escapar do problema. O que se sabe é que algumas atividades, como a meditação e o relaxamento, liberam na circulação substâncias protetoras e diminuem os hormônios ligados ao estresse, como o cortisol e a adrenalina”.

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