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11/07/2008 - 17:24

Vale lança prêmio Brasileiro Imortal


Seis brasileiros ilustres batizarão espécies descobertas no Espírito Santo.

Em uma ação inédita, a Vale lançou, no dia 11 de julho (sexta-feira), no Salão dos Imortais, da Academia Brasileira de Letras (ABL), o prêmio Brasileiro Imortal, com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Mine, e do presidente da Vale, Roger Agnelli, O evento foi marcado pela presença do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, presidente da Vale, Roger Agnelli, o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Cícero Sandroni, a secretária de Cultura do Estado Rio de Janeiro, Adriana Rattes, o diretor executivo de Gestão e Sustentabilidade da Vale, Demian Fiocca, e a atriz, Letícia Sabatella, entre outras autoridades.

O projeto vai possibilitar que seis brasileiros tenham seus nomes perpetuados ao batizar seis novas espécies botânicas, descobertas na Reserva Natural Vale, localizada em Linhares, no norte do Espírito Santo (ES). A escolha será feita por meio de uma eleição aberta ao público através do site (www.brasileiroimortal.com.br). Os vencedores terão seus nomes imortalizados junto com a ilustração da espécie em um selo a ser lançado pelos Correios.

Serão duas premiações: uma nacional e outra regional, para cada uma das cinco regiões brasileiras. Em cada categoria, haverá três candidatos. Desta forma, serão 18 concorrentes - três por cada região e três na disputa nacional. O internauta deverá votar, primeiramente, em um nome nacional e, em seguida, em pelo "menos um candidato regional.

Os candidatos que farão parte do prémio estão sendo escolhidos por uma Comissão de Especialistas, formada por pessoas que atuam na área de sustentabilidade. O principal critério adotado pela Comissão para a escolha dos nomes é o de que sejam brasileiros representativos, cujas atividades nas áreas social e ambiental tenham real importância para o desenvolvimento do país, apresentando benefícios e resultados comprováveis às comunidades, cidades, estados ou regiões em que atuam.

Com o Brasileiro Imortal, a Vale pretende dar visibilidade as suas ações sustentáveis, em especial, ao trabalho desenvolvido na Reserva Natural. Desde que a empresa a adquiriu, nos anos 50, até hoje, já foram descobertas na região 96 espécies da flora brasileira. A Reserva é a maior área de Mata Atlântica em relevo plano do Brasil. Além da preservação, a empresa desenvolve no local pesquisas científicas de importante repercussão para o meio ambiente, essenciais para a conservação e recuperação de ecossistemas tropicais.

Hoje, a Vale ajuda a proteger mais de 3 bilhões de árvores nas áreas onde atua - o que representa uma árvore para cada dois habitantes do planeta. Em 2007, a empresa investiu US$ 651,7 milhões em projetos socioambientais - um incremento de 121,4% em relação ao ano anterior. Entre 2008 e 2012, serão investidos apenas no Brasil cerca de US$ 3,2 bilhões na área - é o maior investimento de uma empresa privada brasileira em projetos socioambietais.

As espécies - Descobertas na Reserva Natural Vale, as seis espécies que receberão os nomes eleitos no prémio Brasileiro Imortal têm características bastante peculiares. Conheça um pouco mais de cada das espécies: . Salacia - Descoberta pelo professor assistente de Botânica, Júlio António Lombardi, a Salacia é da família Hippocrateaceae, que é constituída de 25 géneros, distribuídos nas regiões tropicais e subtropicais dos hemisférios Sul e Norte e pouco representadas nas zonas temperadas. No Brasil, onde ocorrem mais de cem espécies em 13 géneros, a família está distribuída nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país, com poucas na região Sul. Dos géneros brasileiros, a Salacia é o maior, com mais de 20 espécies.

Segundo Lombardi, a espécie encontrada na Reserva é uma trepadeira grande que pode ultrapassar cinco metros de altura. Dá frutos grandes, verdes e lisos, similares no tamanho a cocos descascados. Suas folhas são duras e verde-claras com nervuras ainda mais claras. As flores são pequenas, marrom-esverdeadas e sem perfume. É uma planta que cresce exposta ao sol e tendo acesso a bastante água - tanto que foi encontrada em uma área inundada.

Machaerium - É um género de plantas que pertence à família das leguminosas (Fabaceae), apresentando muitas espécies conhecidas popularmente por "jacarandás". São encontradas no México e Américas Central e do Sul. No Brasil, ocorrem em diferentes ambientes, como na Amazónia e Pantanal, além de região de Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Podem ser arbóreas, arbustivas ou trepadeiras, apresentando uma resina avermelhada quando cortadas.

A espécie nova, encontrada pelo pesquisador Carlos Victor Mendonça Filho, é arbustiva, embora possa ser também trepadeira, de acordo com as condições de luminosidade. Apresenta semelhança com algumas espécies amazônicas quanto às características das folhas e possui flores brancas e frutos dispersados pelo vento.

Tais espécies possuem folhas compostas, com espinhos retos ou \ recurvados na base. As flores são pequenas, com pétalas brancas, amarelas, lilás ou roxas e são polinizadas principalmente por abelhas. O fruto pode ser disseminado pela água (algumas espécies amazônicas e do pantanal) ou pelo vento (as demais espécies). Muitas apresentam um alto valor económico pela qualidade da sua madeira, como o jacarandá-caviúna ou apresentam importância medicinal. Várias espécies apresentam associações com bactérias fixadoras de nitrogénio, sendo, portanto, indicadas para a recuperação de áreas degradadas.

Anthurium - Os três novos antúrios (quilhado, mirim e verdão), descobertos pelo pesquisador Marcus Nadruz na Reserva Natural Vale, em Linhares, fazem parte da família Araceae (vulgarmente designadas por jarro ou arão). A família é composta por 107 géneros e cerca de 3 mil espécies, sendo frequente nos trópicos da América. Os antúrios, assim como os copos-de-leite, são integrantes bem conhecidos nesta família.

As novas espécies têm preferência por ambientes úmidos e sombrios. São típicas da Mata Atlântica, porém são pouco encontradas, sendo conhecidas, até o momento, somente do local onde foram descobertas. São herbáceas (também conhecidas como ervas) com pouco potencial ornamental.

Esse grupo de plantas possui flores reunidas, formando uma inflorescência (várias flores juntas, consistindo normalmente num prolongamento semelhante a um caule). Da mesma forma, os frutos são organizados numa infrutescencia (conjuntos compactos onde cada fruto está aderido ao outro, de forma que se assemelhe a um grande fruto, como um cacho de uvas).

Vanilla - A espécie descoberta pelo pesquisador Cláudio Nicoletti é uma Vanilla, pertencente à família das orquidáceas. A planta é trepadeira, classificada em um género que congrega cerca e 50 espécies, todas provenientes de zonas tropicais. É encontrada na Reserva Natural Vale e numa ilha do litoral paulista conhecida como Ilha de Vitória. É de difícil cultivo por ser uma trepadeira e ainda não se sabe se sua vagem teria o mesmo sabor característico da fava já famosa.

A espécie tem em média sete centímetros de diâmetro e suas flores são grandes e de curta duração, podendo morrer após 24 horas de nascidas. De acordo com Nicoletti, a espécie é típica da mata, suas pétalas são verdes com labelo branco e não pode ser considerada vistosa. Suas folhas são moles. É a única baunilha que tem estrutura na flor, ou seja, um calcar onde normalmente é guardado o néctar.

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