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12/07/2008 - 06:05

Emprego: faltam motoristas para o setor de transporte de passageiros

Segundo Silvio Tamelini, presidente da FRESP - Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo, o aquecimento das vagas de emprego da região Sudeste reflete-se na falta mão-de-obra no setor de fretamento.

O Estado de São Paulo sempre foi tido como referência de campo de trabalho no País. Com o aquecimento econômico da região, os números do IBGE já indicam que taxa de desemprego em São Paulo caiu para 8,6%, quase 3 pontos percentuais a menos do que no mesmo período de 2007, quando o índice havia sido de 11,2%.

No entanto, o setor de transporte de passageiros ainda enfrenta a escassez de mão-de-obra na função de motorista, como indica a FRESP - Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo. “O setor de transporte de pessoas por fretamento tem enfrentado escassez. A carência é indicada pelas próprias empresas, que têm dificuldade na contratação e retenção de pessoas”, explica Silvio Tamelini, presidente da FRESP.

Para Gilberto Braz, vice-presidente do Sindifretur - Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento da Grande São Paulo e Região, a vantagem do emprego no setor de fretamento pode ser medida em relação ao público para qual o serviço é prestado, bem como às horas trabalhadas por cada motorista. “Mesmo ganhando um pouco menos do que os motoristas do transporte coletivo público muitos preferem o fretamento devido ao público ao qual eles atendem.”

Segundo o site do Sindifretur, o piso salarial de um motorista de ônibus é de R$ 1.053,00 (hum mil e cinqüenta e três reais). Para Tamelini, presidente da FRESP é uma boa oportunidade para os profissionais que buscam uma nova qualificação profissional e ainda alerta quanto aos benefícios que as empresas de transporte de passageiros por fretamento disponibilizam aos seus colaboradores.

“Os funcionários recebem outros benefícios, como o auxílio-refeição nos serviços de fretamento eventual; convênios médicos; e vinte diárias de trabalho, sem necessariamente estar dirigindo; comissão de viagens; diversos treinamentos de capacitação que possibilitam um melhor desempenho de suas funções no dia-a-dia, e são contratados no regime CLT. O que dá mais segurança se o empregado quiser sair da empresa ou ainda em caso de demissão”, ressalta.

A contratação de motorista começa com a idade mínima de 21 anos. A orientação do Sinditur quanto aos interessados em trabalhar no ramo é a dedicação à profissão de motorista. “Que o interessado na área de transporte por fretamento tenha vontade e dedicação à profissão”.

Quanto ao preparo, Braz indica que o interessado faça os cursos preparatórios para motoristas de ônibus, chamado de Curso de Transporte de Passageiros nas escolas do SEST/SENAT para obter o diploma ou ainda procure por escolas ou institutos particulares que disponibilizem o curso.

Um dos diferenciais do setor de fretamento é o treinamento que os profissionais recebem para a condução do ônibus e também o dia-a-dia com as pessoas. “Não são admitidas nem as frenagens bruscas dos veículos para não incomodar os passageiros.”, aponta Braz.

O setor de transporte de passageiros por fretamento movimenta no Estado de São Paulo 3 bilhões de reais, e ainda emprega, somando motoristas e pessoal das áreas administrativas, mais de 16 mil pessoas.

Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo (www.fresp.org.br) - Entidade sindical de grau superior, a FRESP foi criada em 1994, com o objetivo de agrupar, representar, coordenar, proteger e estimular o aprimoramento das atividades de transporte de passageiros por fretamento.

A FRESP congrega sete sindicatos regionais, que por sua vez têm 380 empresas associadas. São eles: SETFRET - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento de Sorocaba e Região; Sinfrecar - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento de Campinas e Região; Sinfrepass - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento de Ribeirão Preto; Sinfresan - Sindicato das Empresas de Passageiros por Fretamento de Santos; SINFRET - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo; Sinfrevale - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento da Região do Vale do Paraíba e Transfretur - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros e Turismo de São Paulo.

No Estado de São Paulo existem dez mil veículos de fretamento e no Brasil 4.900 empresas de fretamento são cadastradas junto à ANTT para viagens interestaduais e internacionais. O setor movimenta cerca de R$ 3 bilhões anuais.

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