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15/07/2008 - 10:07

Kofi Annan pede ‘rosto humano à globalização’, em São Paulo


Ex-secretário geral da ONU abriu no dia 14 de julho (segunda-feira), o IV Congresso Brasileiro de Publicidade e afirmou que desafios da atualidade têm de ser resolvidos em conjunto entre governos, entidades e setor privado.

“Precisamos dar um rosto humano à globalização, para que o maior número possível de pessoas possa desfrutar de seus benefícios”, afirmou Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU e Nobel da Paz em 2001. Ele fez na tarde desta segunda-feira (14), em São Paulo, a palestra de abertura do IV Congresso Brasileiro de Publicidade –evento que reunirá até a próxima quarta-feira os principais publicitários e executivos de mídia do País.

Na cerimônia de abertura, falando para um público de cerca de 1.500 pessoas, Annan deu ênfase à necessidade de justiça social, aos riscos do aquecimento global e às parcerias. “No mundo de hoje, os desafios e problemas são tão complexos que os governos, sozinhos, não conseguem resolvê-los, e o setor privado tem um papel importante a desempenhar”, disse.

Annan começou sua palestra com um toque de humor. Para dimensionar o alcance dos meios de comunicação, contou que recentemente estava num lugar remoto, meio perdido, até que chegou a uma cidade e percebeu, lisonjeado, que havia sido reconhecido. Porem, a primeira pessoa que lhe pediu um autógrafo chamou-o de 'mr. Morgan Freeman'. 'Assinei K. Freeman, e todos ficamos felizes', brincou.

Daí em diante, o homem que nasceu em Gana e dirigiu a ONU por 10 anos, de janeiro de 1997 a dezembro de 2006, assumiu um tom sério para abordar as questões que considera cruciais para a paz mundial. Deu destaque ao "Global Compact", iniciativa da ONU destinada a mobilizar a comunidade empresarial internacional na luta pela promoção dos direitos humanos, do trabalho justo e da preservação do meio ambiente. “A globalização avançou muitos nos últimos anos, mas bilhões de pessoas foram deixadas de lado”, afirmou. “Por isso convidamos as grandes empresas a assinar o pacto global, e muitas o fizeram, porque queriam ser vistas fazendo a coisa certa.”

Disse que os publicitários brasileiros contavam com a Abap, “que estabeleceu seu próprio código de ética e de conduta”, e pregou a união das organizações em torno de objetivos comuns: “As organizações podem aprender umas com as outras e se beneficiar das parcerias, tão essenciais nos dias de hoje, quando somos confrontados com problemas e desafios que ninguém pode resolver sozinho. Isso exige um trabalho em parceria, de maneira a unir nossos recursos para obter o maior impacto possível.”

Indústria da publicidade - Em seu discurso na abertura do evento, Dalton Pastore, presidente do IV Congresso Brasileiro de Publicidade, citou e agradeceu as 31 entidades e instituições parceiras do congresso, patrocinadores e apoiadores, e saudou os 1426 inscritos. “Vocês devem se sentir orgulhosos.”

Para Pastore, todos os participantes devem aproveitar essa oportunidade histórica entregando seu melhor. "Que tornemos a indústria de publicidade cada vez mais eficiente. Que a comunicação se livre dos filtros ideológicos e da hipocrisia de seus críticos. A grandeza desse Congresso não se revela na estrutura em que ocorre, mas na atitude libertária que ele quer promover."

O congresso continua nesta terça-feira com a realização de novas comissões, em que serão discutidos assuntos como a liberdade do setor publicitário e o futuro da comunicação no Brasil. Às 16h haverá palestra de João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo. Às 19h será a vez da jornalista norte-americana Judith Miller falar sobre liberdade de imprensa. || www.congressodepublicidade.com.br

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