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17/07/2008 - 12:07

Adaptação à modernidade

Toda mudança acarreta uma conseqüência. Inicialmente o resultado de qualquer mudança pode assustar e é por isso que existe o período de adaptação, para que as conseqüências sejam as melhores possíveis. Estou falando da conquista do selo de grau de investimento, que colocou o Brasil num nível de destaque para investimentos externos e também da aprovação da nova legislação contábil (Lei 11.638), que alterou as normas brasileiras à padrões internacionais.

O Brasil está vivendo, como nunca viveu antes, uma excelente fase econômica com conquista do grau de investimento; implantação da nova legislação contábil; inflação se mantendo sob controle – apesar de pressões em alguns setores do varejo por conta do repasse do aumento de custos da indústria; fusões e aquisições; pequena desvalorização do dólar, que por um lado prejudica um pouco as exportações, porém, por outro lado, favorece importações de máquinas e equipamentos de ponta, que permite à indústria renovar ou melhorar seu parque industrial, entre outros itens favoráveis ao crescimento do país.

Alguns analistas, baseados em estudos e projeções, garantem que essa desvalorização cambial vai provocar um déficit da balança comercial em 2009. A projeção de crescimento das exportações gira na casa dos 20%, porém, as importações vêm crescendo num ritmo de 50% ao mês. Apesar desses números, alguns outros economistas mais conservadores, ainda apostam num equilíbrio até o final do ano.

Para controlar a queda do dólar, que vem se mostrando abaixo de R$ 1,70, o governo federal anunciou um aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para os investidores externos com o objetivo de reduzir, em partes, o ingresso de recursos do exterior e, com menos divisas, haverá menor pressão sobre o câmbio evitando assim quedas acentuadas da moeda norte-americana.

A aprovação da nova legislação contábil deverá proporcionar aumento do número de clientes das empresas de auditoria. A BDO Trevisan, por exemplo, mantém suas expectativas de crescer 20% em 2008, frente aos 17% que cresceu em 2007. Além disso, as novas regras forçarão as empresas a manter em seu quadro profissionais com níveis melhores de conhecimento e que deverão estar alinhados às regras internacionais.

Agora, com todos os fatores econômicos favoráveis, e ainda com o reconhecimento de um país com garantias e segurança para investir, podemos voltar a lembrar do chavão dos anos 70: “Brasil, esse é um país que vai pra frente”.

. Por: Marcelo Gonçalves é contador, professor de controladoria e finanças e diretor responsável pelo escritório do Vale do Paraíba (São Paulo) da BDO Trevisan. E-mail: gonç[email protected]

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