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18/07/2008 - 09:45

Alta na suinocultura

O abate de suínos no Estado previsto para este ano gira entre 4,5 milhões e 4,8 milhões de cabeças e a oferta se manterá estável. Com desempenho negativo do setor em 2007, houve alta discreta no número de matrizes.

A suinocultura mineira estima incremento no consumo de carne neste período de frio. Segundo o vice-presidente da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg), José Arnaldo Cardoso Penna, mesmo com este mês apresentando retração na demanda na Capital em função do período de férias, o interior do Estado está compensando essa queda com o mercado aquecido.

Para Penna, a tendência é de preços mais altos no decorrer de julho. "Essa semana o quilo do suíno vivo está em R$ 3,40 e a nossa perspectiva para o mês de agosto é que a cotação alcance R$ 3,50. A oferta está ajustada e a demanda vem crescendo constantemente, nos fazendo acreditar que, no próximo mês, os preços ficarão entre R$ 3,60 e R$ 3,70 ainda na primeira quinzena, superando as metas", projetou.

De acordo com o dirigente, no mercado paulista o quilo da carne suína está cotado em R$ 3,70, valor que pode ser atribuído a oferta constante e a uma procura maior que está gerando recomposição de preços."Em Minas, essa acomodação deverá ocorrer em breve. No último ano, a atividade passou por momentos de crise em função da queda de preços. Agora, a oferta está ajustada", salientou.

Em função do desempenho negativo do setor no último ano, houve crescimento discreto no número de matrizes. Hoje, no Estado são cerca de 210 mil matrizes em granjas comerciais. "O abate anual no Estado previsto para este exercício gira entre 4,5 milhões e 4,8 milhões de cabeças. Acreditamos que a oferta se manterá estável, reforçando a alta nos preços de comercialização", enfatizou.

Insumos – João Bosco Martins, presidente da ASEMG, falou a respeito da alta dos insumos milho, sorgo e farelo de soja, que já respondem por mais de 70% dos custos de produção da suinocultura. "Hoje trabalhamos com o milho a R$ 30 a saca, o sorgo R$ 24 e o farelo de soja em torno de R$ 800 a tonelada, isso torna a produção algo muito difícil ", ponderou.

Outro fator negativo são as baixas taxas de exportações, o país exportou cerca de 280 mil toneladas no primeiro semestre do ano. "O faturamento foi de US$ 780 milhões, a um preço médio de US$ 2,780 a tonelada. Em Minas, as exportações são pequenas, mas estima-se que até o final do ano chegue-se a 15 mil toneladas, alta de 40% se comparado ao ano anterior", afirmou.

Segundo Penna, a perspectiva é que o país exporte cerca de 650 mil toneladas de carne suína. O principal mercado ainda é a Rússia, que responde por mais de 50% do volume exportado enquanto que Hong Kong vem logo em seguida respondendo por 15%, salientou.

A produção também continua crescendo. No último ano foram produzidas cerca de 380 mil toneladas de carne suína e a perspectiva para este exercício é de chegar a 400 mil toneladas. A expectativa é que as exportações de suínos apresentem incremento de 10%, aceleradas pela demanda.

No último ano, o país fechou com o consumo de 13 quilos per capita, enquanto o consumo mineiro ficou entre 20 e 21 quilos por pessoa. Com o objetivo de aumentar esses valores a Asemg trabalha firme com ações de marketing que mostram a saudabilidade, praticidade e o sabor da carne suína.

Além de aplicar este conceito em todo o estado, a associação tem levado a diversas cidades conhecimento e muita novidade através da campanha “Um Novo Olhar Sobre a Carne Suína”, que ainda este ano será aplicada em diversas cidades do interior.” Montamos uma grande estrutura e ensinamos aos proprietários e trabalhadores de casas de carnes e supermercados e a população local, que existem formas diferenciadas e gastronômicas de apresentar o produto ao consumidor final” comentou João Bosco

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