Imbituba será porto concentrador, anuncia Santos Brasil na FIESC

Florianópolis– A Santos Brasil vai investir R$ 283 milhões para dar ao terminal de contêineres da empresa no porto de Imbituba, num prazo de 15 meses, capacidade de movimentar 1 milhão de contêineres de 20 pés por ano. A empresa, que venceu licitação para construir um terminal de contêineres em Imbituba, detalhou o projeto de investimentos no dia 22 de julho (terça-feira), durante reunião da Câmara de Transporte e Logística da Federação das Indústrias (FIESC). A unidade no porto catarinense é a quarta da Santos Brasil, maior operadora de contêineres do país.

O Tecon Imbituba, nome dado ao novo terminal da Santos Brasil, iniciou suas operações em maio. A primeira fase do projeto, que deve ser concluída em outubro deste ano, prevê a estruturação do berço de atracação com 250 metros de comprimento e a dragagem do calado para 9,5 metros de profundidade. Segundo o diretor administrativo da Santos Brasil Participações, Caio Morel, a meta é que em 15 meses esteja pronta a estrutura completa do terminal, com 660 metros de cais, retroárea total de 233 mil metros quadrados, calado de 15 metros, quatro guindastes portêiner para navios de grande porte e dois guindastes móveis MHC.

Segundo Morel, o objetivo da empresa é que, com essa estrutura, Imbituba seja um porto concentrador de cargas da parte sul da América do Sul. “O Porto de Santos deve começar em breve uma dragagem de aprofundamento que vai lhe permitir receber navios super pós-panamax, que estão entre os maiores do mundo, com capacidade para 8.600 contêineres de 20 pés. Queremos garantir que esses navios possam atracar em Imbituba também. Seremos um dos poucos portos da região com essa capacidade”, afirmou.

Além dos aportes diretos no Tecon, a Santos Brasil tem outros planos de investimentos relacionados ao complexo portuário. Um deles é de um condomínio industrial em uma área de 1,2 milhão de metros quadrados localizada a 10 quilômetros do porto. “Temos opção de compra dessa área por um ano e pretendemos exercer, para dar as indústrias a opção de instalar uma unidade próxima e integrada diretamente ao porto”, disse Morel.

Também participou da reunião da Câmara de Transporte e Logística o superintendente do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes em Santa Catarina (DNIT/SC), João José dos Santos, que apresentou o andamento das obras de infra-estrutura do governo federal no estado.

A FIESC ainda apresentou os números do acompanhamento da liberação de verbas do Orçamento Geral da União (OGU) para infra-estrutura em SC. Os valores para a área previstos no OGU de 2007, os restos a pagar que ficaram pendentes para este ano e os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somam R$ 627,3 milhões. Desse total, R$ 436,9 milhões, equivalente a 69,6%, foram pagos até o dia 8 de julho. Cerca de 45% do valor liberado são referentes somente à BR-101. || www.fiescnet.com.br .