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23/07/2008 - 10:51

COPOM - Esperamos uma elevação de 0,50 ponto percentual, de 12,25% para 12,75%

Hugo Penteado, economista-chefe do Banco Real Asset Management.

Apesar da deterioração recente das expectativas inflacionárias e dos números correntes de inflação e do novo recrudescimento do preço dos alimentos no mercado internacional e da possível transmissão da pressão observada no IPA agrícola novamente para a inflação ao consumidor, continuamos trabalhando com um aumento de 0,50 ponto percentual, optando por um alongamento do ciclo de alta de juros de 14,25% para 15% a ser concluído no início de 2009 (em dezembro de 2008 as taxas devem atingir 14%). Essa perspectiva de alta contempla também o combate à deterioração da inflação que exclui ailmentos e preços administrados.

Essa revisão para cima no total do ajuste a ser feito, sem aumentar o ritmo de elevação dos juros toma como base a grande incerteza sobre o comportamento das commodities que, dado a piora do cenário externo e de uma possível queda da atividade global acima do esperado, podem exercer forças deflacionárias nos próximos 6 a 9 meses e esse risco cada vez mais provável com a intensificação da crise imobiliária e bancária dos Estados Unidos, precisa ser contemplado pela autoridade monetária.

Embora a economia brasileira tenha seu crescimento econômico totalmente explicado pelas famílias, governos e empresas, ou seja, pela demanda doméstica, uma reversão do cenário externo pode exercer uma força deflacionária para o país via menor disponibilidade de capitais para investimentos por um período não muito longo, mas o suficiente para causar um menor crescimento econômico em 2009, que já irá ser diminuído com os juros subindo a 15%.

O Brasil está mais imune às crises externas em relação ao seu passado, mas não está totalmente imune. A China e a Índia, por sua vez, que são o epicentro da inflação global, não estão também imunes a uma inesperada recessão ou redução de atividade dos EUA, Europa e Japão ou o clube dos países ricos. Caso a China e a Índia sofram, os demais países emergentes irão sofrer, posto que esses dois países determinam a dinâmica econômica da Ásia e da América Latina, que é exportadora líquida de commodities.

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