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23/07/2008 - 11:46

Os humildes de espírito conseguem ter paz

A primeira bem-aventurança que recebemos é “Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. É preciso refletir sobre essas palavras para entender o que Deus nos está revelando. Os pobres de espírito não são aqueles que carecem de espiritualidade, como muitos pensam. São, outrossim, o oposto dos soberbos e arrogantes. São humildes e, com sua humildade, penetram na realidade do Reino de Deus.

Um dia, o apóstolo João diz a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”. Essa, inclusive, é uma atitude muito comum nos dias atuais. Ou seja, a disposição de “quem não está conosco, está contra nós”, tão nociva à sociedade em que vivemos. Para surpresa de João, Jesus respondeu: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor” (Mc 9,38-40). A construção sutilmente diferente da frase é que dá um sentido totalmente distinto. O Senhor disse o contrário daquilo que o discípulo esperava, porque percebeu orgulho em suas palavras.

Nós, também, temos de perceber o quanto precisamos de mudança, de transformação. Fazer uma análise profunda e sincera dos nossos pensamentos, sentimentos e ações. A verdade dos nossos erros não precisa ser temida. Até mesmo João, que foi o discípulo amado e tinha no coração uma ‘riqueza’ de espírito, chegou a fazer um grupinho com os outros apóstolos, como se eles fossem ‘os queridinhos’ de Jesus. Suas virtudes, entretanto, o motivaram a mudar, a ponto de se tornar o discípulo do amor.

João tornou-se amor em suas palavras, em seus gestos, naquilo que era e fazia. Se João precisou de toda essa mudança, imagine como nós também precisamos. Nosso coração precisa ser mudado, passar por uma reforma geral, desde as fundações, se preciso for. Temos de assumir por completo a primeira bem-aventurança.

Quando Jesus fala em Reino dos Céus, Ele não se refere ao que nos espera depois da morte. Ele se refere ao aqui e agora. Se temos um coração humilde, precisamos viver no Reino de Deus já, agora. Para que essa transformação aconteça, podemos começar repetindo sinceramente: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso”.

Porque o Senhor tem paciência conosco e sabe que não mudamos de uma hora para outra, nós também devemos persistir. O bem está em nós, mas precisa ser lapidado. No início, pode até ‘tirar pedaços’ e doer. Para realmente mudarmos, o Senhor permite que passemos por situações de provações e humilhação. No fundo, com a graça de Deus e o nosso próprio esforço, nós também vamos ter um coração novo, como o teve João. Um coração humilde. Os humildes de espírito são confiantes, entregam os próprios problemas a Deus e conseguem ter paz.

. Por: Monsenhor Jonas Abib é fundador da Comunidade Canção Nova, que há 30 anos cumpre a missão de evangelizar através dos meios de comunicação. (www.cancaonova.com)

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