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24/07/2008 - 10:56

Câmara Brasileira do livro e apex assinam convênio para ampliar participação das editoras brasileiras no mercado externo

Convênio assinado no dia 23 de julho (quarta-feira), entre a Apex-Brasil e a CBL pretende levar editoras locais para feiras internacionais e trazer empresários estrangeiros para conhecer o mercado brasileiro, além de um conjunto de ações como venda de direitos autorais e programas de incentivo às exportações. Inicialmente, os mercados-alvo são Inglaterra, Alemanha, Espanha, República Tcheca, Hungria, Croácia, Polônia, Rússia, México, Argentina e Peru.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) assinaram na manhã desta quarta-feira (23/7) convênio para difundir o livro produzido no Brasil no mercado internacional. A expectativa da CBL e da Apex-Brasil é de aumentar a inserção do produto editorial brasileiro no mercado internacional vendendo 15% dos títulos apresentados para o exterior no primeiro ano do projeto e mais 20% no segundo ano, alcançando um total de até 80 títulos em dois anos.

O “Projeto Setorial Integrado (PSI) do Mercado Editorial” prevê um conjunto de ações, entre elas a venda de direitos autorais, participação em feiras e eventos internacionais e programas de incentivo às exportações, como apresentação do mercado brasileiro para empresários e formadores de opinião estrangeiros.

A presidente da CBL, Rosely Boschini, acredita na importância do convênio como instrumento de abertura de novas oportunidades para as editoras brasileiras. “Existe um grande interesse internacional pelo Brasil, principalmente por conta da diversidade cultural e do conteúdo editorial nacional. Além disso, há um enorme potencial de mercado que ainda não foi explorado pelas empresas locais”, destaca a executiva.

A reduzida disseminação do livro brasileiro no exterior é um motivo a mais para as editoras locais buscarem o mercado internacional, segundo a presidente: “Pelo fato de a produção editorial brasileira ainda ser desconhecida lá fora, acredito que todos os segmentos têm boas oportunidades de negócios em outros países, desde o livro infantil, passando pelos técnicos e religiosos até literatura”.

Nesse primeiro momento, os mercados-alvo são Inglaterra, Alemanha, Espanha, República Tcheca, Hungria, Croácia, Polônia, Rússia, México, Argentina e Peru. O presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira, considera que a qualidade do produto nacional aliada ao interesse pela cultura brasileira será um diferencial para as editoras locais competirem no exterior. “Os chineses, por exemplo, após a abertura do regime, têm interesse em conhecer a cultura de vários países. Na França, há um grande mercado para livros religiosos, em especial os espíritas. A Alemanha, pelo alto grau desenvolvimento, é um potencial comprador de livros científicos e técnicos”, explica Alessandro Teixeira.

O Convênio - Em linhas gerais, o convênio entre a Apex e a Câmara pretende criar condições para que as empresas estejam aptas à venda de direitos autorais, estimular o perfil exportador das editoras, ampliar o acesso a compradores estrangeiros, além de consolidar a presença do mercado editorial brasileiro no exterior.

“O incentivo à venda de direitos autorais brasileiros não é apenas uma complementação ao crescimento da indústria nacional do livro, como também uma necessidade de expansão e consolidação da marca Brasil, expondo outras facetas e dimensões positivas do país. Esse projeto conseguiu a adesão de importantes editoras brasileiras e tem uma estratégia fundamentada e coerente com o atual cenário dessa indústria no Brasil”, explica o gestor do projeto na Apex-Brasil, Christiano Braga.

Para que as empresas brasileiras atuem em condições de igualdade no mercado externo, ainda é preciso a adoção de algumas estratégias. “Uma delas é criar a cultura do Foreign Rights Agent dentro das empresas – uma espécie de especialista em direitos autorais, bastante comum nas editoras estrangeiras, mas ainda uma novidade no Brasil”, explica Rosely Boschini. Para ela, é necessário também profissionalizar a cadeia produtiva a fim de que as empresas adotem práticas globais aceitas na maioria dos países. “Isso passa pela internacionalização dos produtos de maneira orientada e divulgação estratégica da cultura e da produção intelectual brasileiras”, conta a presidente da CBL.

Ações - O primeiro passo para a definição da melhor estratégia de atuação é a identificação e avaliação dos principais mercados-alvos na compra e venda de direitos autorais. Um estudo já está em elaboração pela Unidade de Inteligência Comercial da Apex-Brasil e deve ser finalizado até o mês de julho. Além disso, haverá um site específico sobre o projeto, em inglês e espanhol, e um software de gerenciamento internacional de produtos e de contatos para as empresas que participam da iniciativa.

O projeto prevê, ainda, um serviço de consultoria visando capacitar as empresas com as melhores práticas de editoras internacionais na compra e venda de direitos. A primeira ação nesse sentido foi o workshop do alemão Frank Jacoby-Nelson, especialista em direitos autorais, que aconteceu nos dias 1o e 2 de julho, em São Paulo. Também será produzido um catálogo em inglês e espanhol com os produtos de todas as empresas que participam do projeto, dividido por área de atuação.

Feiras - Divulgar e fortalecer a imagem do mercado editorial brasileiro no exterior passa necessariamente pela participação em feiras internacionais. Nessa área, a CBL e a Apex-Brasil já têm um cronograma dos principais eventos relacionados ao livro que acontecem até 2010. O primeiro deles é a Frankfurt Book Fair, umas das maiores feiras do mundo do mercado editorial, que será realizada de 15 à 19 de outubro deste ano, na Alemanha.

As editoras brasileiras vão estar presentes também na Feira Internacional del Libro de Guadalajara, no México, entre 28 de novembro e 7 de dezembro de 2008, na Bologna Book Fair, em março de 2009, na Itália, e na London Book Fair, que acontece em Londres em abril do ano que vem. O convênio prevê a participação das empresas em duas edições de cada uma dessas feiras, com exceção da Feria Internacional del Libro de Madri, onde as empresas vão participar apenas na próxima edição, em outubro de 2009.

Projetos Comprador e Imagem - Outro destaque do convênio é o “Projeto Comprador”, que prevê a vinda de executivos de editoras estrangeiras, agentes literários e presidentes de feiras do livro internacionais ao Brasil. O “Projeto Imagem”, ação importante para divulgar a marca brasileira, traz formadores de opinião estrangeiros ao Brasil para conhecer o mercado editorial nacional.

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