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25/07/2008 - 12:48

Na área energética, decisões de hoje terão efeito daqui a 50 anos, diz especialista


Professor Jannuzzi adianta que na área energética, ações levam 50 anos para surtir efeito

Em palestra proferida na sede da FINEP, no Rio de Janeiro, no dia 23 de julho (quinta-feira), o professor da área de Planejamento Energético da Unicamp, Gilberto Jannuzzi, advertiu que ações tomadas hoje na área de energia só terão efeito daqui a 50 anos.

Abrindo o ciclo de encontros que serão realizados no âmbito do processo de planejamento estratégico da FINEP, Jannuzzi disse que, com base em dados do próprio governo, é possível antever que a matriz energética brasileira não deverá mudar muito até 2030, concentrando-se em petróleo, gás natural, carvão, energia hidráulica e biomassa. “A participação do gás e da cana de açúcar devem aumentar e a do petróleo, diminuir”, adiantou ele durante a palestra Tendências Futuras do Setor de Energia.

A palestra do professor Jannuzzi, doutor em Estudos Energéticos pela Universidade de Cambridge, tratou ainda do mercado futuro de energia, dos gargalos tecnológicos e das tecnologias que estão sendo estudadas.

“Grande parte dessas tecnologias deve estar madura em 2030, desde que a gente faça o dever de casa em pesquisa e desenvolvimento (P & D)”, acrescentou ele. Para o especialista, o Brasil tem competência em algumas dessas tecnologias, mas as ações de P & D ainda são difusas.

O professor, que também dirige a organização International Energy Initiative, lembra que as tecnologias de produção e uso de eletricidade merecem atenção. Segundo ele, é importante modernizar as construções e equipamentos como geladeiras para aumentar a eficiência energética e, assim, diminuir o impacto de ter que gerar muita eletricidade.

Presente à palestra de Jannuzzi, o presidente da FINEP, Luis Fernandes, observou que o Brasil deu um salto gigantesco na área energética nas últimas décadas. “Saímos da total dependência para a auto-suficiência, com enorme perspectivas com as novas descobertas de petróleo na área do pré sal”, lembrou Fernandes. “E, com o etanol, materializamos uma alternativa energética em escala global”, completou.

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