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25/07/2008 - 13:05

Produção de argamassa ajuda a resolver problema ambiental no Rio de Janeiro

Fábrica em Santo Antônio de Pádua pode produzir até 20 mil toneladas de argamassa por mês.

Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Utilizando o velho princípio de Lavoisier, as serrarias de rochas ornamentais de Santo Antonio de Pádua, no noroeste do estado do Rio de Janeiro, passaram a adotar uma tecnologia que reaproveita a água utilizada no corte das rochas, além de separar o pó residual. Assim, a água deixa de contaminar o solo e pó está sendo utilizado para fabricar até 20 mil toneladas de argamassa ambiental por mês na recém-inaugurada fábrica Argamil, do Grupo Mil.

A técnica foi desenvolvida por meio de uma parceria entre o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), com recursos da FINEP e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). O Cetem desenvolveu o processo de separação dos resíduos da água, captando-os em tanques, o que além de permitir o acúmulo do pó fino para utilização posterior, viabilizou a reutilização da água.

“No sistema que desenvolvemos é feita a reciclagem da água, que é colocada em circuito fechado. Com isso, a reposição de água no processo de serragem é muito pequena", afirma Carlos Peiter, pesquisador do Cetem.

O processo resolveu o problema da poluição de córregos e riachos locais, mas ainda não se sabia o que fazer com o pó residual, que já começava a se acumular nas fábricas. Nesse momento entra o INT, que realizou um estudo de pesquisa e desenvolvimento para identificar três possíveis usos para o pó fino: composições de telhas e tijolos, artefatos de borracha e argamassa industrial.

“Em função das oportunidades e da própria característica da região de Pádua, o INT sugeriu que a melhor alternativa técnica seria implantar uma fábrica de argamassas, uma vez que essa família de produtos apresenta alta demanda de resíduos", conta José Carlos da Rocha, pesquisador do INT.

“As leis serão cada vez mais restritivas com relação à destinação final dos resíduos e teremos que criar novas soluções tecnológicas, o que é uma oportunidade de atuação para as instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação”, conclui o pesquisador. | www.finep.gov.br

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