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Brasil emite R$1,5 bi em bônus em reais e retorno cai

Brasília- O Brasil emitiu dia 7 de fevereiro (quarta-feira),(cerca de 750 milhões de dólares) em bônus denominados na moeda local, com vencimento em 2028.

O rendimento garantido ao investidor, de 10,68 por cento ao ano, é o menor das emissões em reais já feitas pelo país no mercado internacional. Isso pode sinalizar que o mercado aposta que o real vai continuar se valorizando.

Segundo o Tesouro Nacional, os títulos foram colocados ao preço de 96,451 por cento do valor de face, com cupom de 10,25 por cento.

A indicação inicial era de rendimento de 10,7 por cento e alguns analistas chegaram a considerar que o Brasil poderia ter que aumentar esse retorno --por acharem perigoso a exposição à moeda brasileira no momento em que já teve forte valorização.

Nos últimos dias, o otimismo com a perspectiva de que o juro não subirá nos Estados Unidos tem sustentado um rali dos ativos brasileiros.

Além do risco-país, o dólar vem caindo fortemente frente ao real e alcançou o menor patamar em nove meses --o que torna os bônus em reais mais atrativos.

A última captação do país em reais foi feita no início de dezembro, com a reabertura de uma emissão de títulos com vencimento em 2022. O Tesouro obteve 750 milhões de reais, garantindo rendimento de 11,663 por cento ao investidor.

À ocasião, o risco-país estava em torno de 220 pontos-básicos sobre os Treasuries, nível bem acima dos 180 pontos-básicos registrados nesta quarta-feira.

"Estava evidente que ia ter essa emissão. Primeiro porque o Tesouro andou comentando as emissões em reais longamente... e também porque as taxas de juros caíram bastante, o que é bom para o governo", comentou o diretor de mercados emergentes de uma corretora em São Paulo.

Mais vencimentos - O Brasil lançou bônus em reais no mercado externo pela primeira vez em setembro de 2005. Desde então, foram emitidos papéis com vencimento em 2016 e 2022, totalizando cerca de 6,4 bilhões de reais (excluindo a captação desta quarta-feira).

Na semana passada, o Tesouro informou que queria emitir, possivelmente ainda em 2007, títulos corrigidos em reais com prazos de 20 e de 30 anos, em um esforço para alongar a dívida externa e formar "benchmarks" (pontos de referência).

A existência agora de três vencimentos de bônus em reais tem a vantagem adicional de atrair para o mercado secundário outros investidores, notou o diretor da corretora paulista.

A liquidação financeira da operação ocorre no dia 14. A emissão foi liderada pelos bancos JP Morgan e UBS Investment Bank.| Por: Isabel Versiani e reportagem adicional de Daniela Machado, em São Paulo, e Walter Brandimarte, em Nova York/Reuters.

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