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31/07/2008 - 12:33

Cidades brasileiras de médio porte crescem mais que as grandes, indica pesquisa

Brasília - Com o crescimento das cidades médias, o Brasil precisa de uma maior articulação entre políticas urbanas e de desenvolvimento regional. Isso porque esses centros urbanos têm desempenhado um papel importante na interiorização da população brasileira e na desconcentração da atividade produtiva, A avaliação é da pesquisadora do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Diana Motta.

Os dados prévios de uma pesquisa divulgados ontem (29) pelo Ipea mostram que as cidades com população entre 100 mil e 500 mil habitantes tiveram crescimento populacional de 2000 a 2007 e do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2002 e 2005 superior ao das demais cidades do país. No caso do PIB, foi obs0ervado aumento principalmente dos setores industrial e de serviços.

“Esses centros médios desempenham um papel fundamental como centros regionais e sub-regionais na rede urbana do Brasil, ou seja, seria fundamental a inserção deles no contexto de uma política urbana e regional articulada e também uma política de investimentos públicos e privados”, afirma Motta.

Enquanto as 236 cidades médias estudadas pelo instituto apresentaram um crescimento populacional de 2% e do PIB de 5,27%, as cidades consideradas grandes, com mais de 500 mil habitantes, tiveram índices de 1,66% e 4,63%, respectivamente.

Entre as cidades que tiveram os maiores aumentos do PIB estão Marabá (PA), com 15%, Campos dos Goytacazes (RJ), com 12%, Vitória na Conquista (BA), 6,25% e Ji-Paraná (RO), com índice de 5,47%.

De acordo com a pesquisadora, em geral, os fatores que levam as pessoas a migrarem estão relacionados à dinâmica de emprego, melhores condições de salário e trabalho, melhor educação e amenidades, como o clima. “E a questão da violência é um aspecto importante que as pesquisas de migração têm apontado. As pessoas buscam migrar para as cidades onde os índices de violência são menores”.

As cidades observadas pelo estudo se encontram, em geral, em áreas urbanas já consolidadas, como as da Região Sudeste, e as áreas de fronteira econômica, como o Centro-Oeste e o Norte. Elas tendem a estar em três situações distintas. Podem estar ligadas a centros metropolitanos, podem ser centros para cidades menores ou então estão isoladas, situação observada especialmente nas áreas de fronteira econômica. | Ana Luiza Zen/ABr

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