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Empresas iniciam fase de testes internos e projetos-piloto com o Código Eletrônico de Produto (EPC)

Brasil lidera testes com o a tecnologia na América Latina. Previsão é que o EPC leve ainda alguns anos para estar totalmente implantada à cadeia de suprimentos. Maior dificuldade, segundo especialistas, ainda é o custo final da etiqueta.

O Código Eletrônico de Produto (EPC) – padrão que utiliza tecnologia de identificação por radiofreqüência (RFID) – foi desenvolvido nos Estados Unidos há cerca de quatro anos em uma iniciativa liderada pela GS1. Em face dos resultados iniciais animadores, o EPC foi adotado por uma grande rede varejista que passou a exigi-la de seus principais fornecedores. No Brasil, os testes com o EPC começaram há dois anos, com o estudo da tecnologia e o envolvimento de empresas líderes de mercado. A responsável pela padronização da etiqueta eletrônica no País é a GS1 Brasil – organização sem fins lucrativos que também administra a numeração do código de barras. A entidade é ligada à EPCglobal, responsável mundial pelos trabalhos com a tecnologia.

Com o EPC, cada item tem o seu próprio número individual codificado em uma etiqueta de radiofreqüência (RFID). Os leitores fazem a captura dessa identificação e são capazes de indicar onde o item está e em quais condições, comunicando-se com bancos de dados remotos pela Internet, obedecendo naturalmente a regras de segurança que protegem esses dados. Com isso, consegue-se a identificação automática e a visibilidade total dos produtos na cadeia de suprimentos.

A utilização do novo sistema oferece uma série de benefícios, como a leitura de itens sem a proximidade do leitor, permitindo, por exemplo, a contagem instantânea de estoque; a melhoria das práticas de reabastecimento com eliminação de itens faltantes e/ou com validade vencida; identificação da localização dos itens em processos de recall; a verificação imediata dos produtos nas prateleiras ou no “carrinho” do varejo.

Levantamento realizado recentemente pela Wide Research e pelo site Using RFID.com identificou que a adoção do RFID dobrou nos últimos 18 meses. De acordo com a pesquisa, as etiquetas em paletes (suporte para empilhadeiras) e embalagens representam a maior fatia do consumo de EPC. Os paletes e cases respondem por 10,5% das etiquetas RFID utilizadas hoje. Produtos em lojas de varejo, cartões de crédito e débito, automóveis e ingressos utilizam 9,5%, 7,5%, 5,5% e 2,5% das etiquetas com tecnologia de radiofreqüência, respectivamente.

Na América Latina, o Brasil é o país mais bem colocado entre os associados à EPCglobal, com 17 empresas participantes dos testes . São elas: Grupo Pão de Açúcar, Seal Technologies, RR Etiquetas, Torres Etiquetas, Acura Technologies, Genoa, JM Etiquetas e Sistemas, Provectus Tecnologia, Edata, Intermec Inc, Symbol Technologies, Ideiatech, Flamboiã, HP Brasil, Interprint, NEC e Pimaco. Na seqüência vêm Argentina e Colômbia. No mundo, o País ocupa a 11º posição. A previsão é que até o final deste ano 50 empresas façam parte do grupo brasileiro de testes.

“A adoção do EPC representa uma mudança positiva no conceito de identificação e troca de informações dentro da cadeia de suprimentos. Além de agregar rapidez às transações comerciais e armazenar uma quantidade maior de dados do produto, a tecnologia permite, ainda, a total rastreabilidade das operações”, destaca Roberto Matsubayashi, gerente de Soluções de Negócios da GS1 Brasil.

Grupo de trabalho EPC-Para avançar na implantação do sistema no País, a GS1 Brasil criou o Grupo de Trabalho EPC, que promove seminários e encontros periódicos para estudo e discussão da tecnologia. Segundo Matsubayashi, a fase de conhecimento da tecnologia dentre as empresas do grupo já foi finalizada agora elas estão partindo para a fase de testes internos e projetos-piloto entre fornecedores, distribuidores e varejistas. “Os testes aqui estão avançando em escala geométrica, porém não podemos prever quando a tecnologia estará totalmente implantada. Na área logística acreditamos que, no máximo, em cinco anos o EPC já atinja massa crítica para permitir total integração”, diz Matsubayashi.

Segundo a GS1 Brasil, a etiqueta não substituirá o código de barras. A tendência é que nos próximos anos as duas ferramentas caminhem lado a lado. Mais informações sobre a tecnologia ou sobre a GS1 Brasil podem ser adquiridas no Centro de Serviços da organização www.gs1brasil.org.br ou pelo telefone 0800 11 0789.

Perfil da GS1 Brasil - A GS1 Brasil é uma associação multissetorial sem fins lucrativos, cuja missão é implementar e disseminar globalmente padrões para a melhoria das cadeias de suprimentos, colaborando, assim, para o processo de automação, desde a matéria-prima até o consumidor final. Em âmbito internacional é filiada à EPCglobal Inc –organismo responsável pelos trabalhos com o Código Eletrônico de Produtos (EPC). A associação está presente no Brasil desde 1983, e ao longo desse período tem apoiado diversos setores na adoção de sistemas eficientes de rastreabilidade. Dentre os valores que permeiam a entidade estão a ética e a transparência nas relações, o cumprimento dos acordos firmados, e o oferecimento de serviços e produtos de alto valor agregado.

Para melhor atender a seus associados, a GS1 Brasil mantém grupos de trabalho que atuam em segmentos como indústria calçadista, materiais de construção, saúde, cadeia da carne, móveis, telecomunicações, algodão, energia e autopeças. A entidade também participa e promove eventos em diversas regiões do país, além de oferecer uma extensa grade de cursos gratuitos voltados às áreas de automação e logística. | www.gs1brasil.org.br

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