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Aliança Navegação e Logística registra faturamento de US$ 920 milhões em 2006, mas deve ultrapassar US$ 1 bi em 2007


Apesar dos problemas portuários e do baixo desempenho da economia interna, Aliança aposta em crescimento de 9%, com a empresa investindo continuamente no serviço de cabotagem, atraindo novos mercados como varejo, indústria e setor alimentício.

São Paulo- O ano passado foi difícil para as empresas que atuam no setor de transporte marítimo. O baixo crescimento da economia interna, preço elevado dos combustíveis, problemas de infra-estrutura e altos custos dos terminais nos principais portos do Brasil refletiram no desempenho da Aliança Navegação e Logística, que registrou, em 2006, um faturamento de US$ 920 milhões. Neste ano, o valor deverá ultrapassar US$ 1 bilhão.

Apesar deste cenário, a empresa, líder no mercado de cabotagem, acredita em crescimento de 9% no faturamento e 11% na movimentação, que totalizará 514 mil TEUs transportados. “Para 2007, o mercado prevê um aumento de 10% na movimentação de cargas importadas e 7% nas exportações”, afirma Julian Thomas, diretor-superintendente da Aliança Navegação e Logística.

A empresa defende, ainda, providências urgentes para solucionar os principais gargalos dos portos brasileiros. “A situação dos portos é crítica e vem se degradando continuamente devido à falta de capacidade, o que afeta a operação, em especial, a espera média no berço. Os portos mais problemáticos são Santos, Rio Grande, Paranaguá, Itajaí, Vitória e Sepetiba”, explica José Antônio Balau, diretor de Operações, Logística e Cabotagem da Aliança. Só no Porto de Santos, o tempo de espera na atracação, no ano passado, foi superior a 14 horas.

As paralisações dos Técnicos da Receita Federal, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Fiscais Agropecuários, que interromperam as atividades durante 66 dias, 71 dias e 15 dias, respectivamente, também impactaram no andamento dos negócios no decorrer de 2006.

A diretoria da empresa avalia que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é positivo para a área de infra-estrutura, desde que as ações do Governo Federal sejam implementadas rapidamente. “Não importa se os portos são públicos ou privados. Precisamos que ambos funcionem bem num curto prazo. Só assim, podemos atender bem o cliente no serviço porta-a-porta”, enfatiza Balau.

De acordo com o diretor, o diferencial da cabotagem é oferecer serviços confiáveis, o que permite uma competição com o transporte rodoviário direto. Cerca de 80% do transporte de cabotagem realizado pela empresa é o porta-a-porta. “O mercado exige confiabilidade, regularidade e o comprometimento do prestador de serviço com o porta-a-porta”, complementa.

Novos mercados - Mesmo com o baixo crescimento da economia interna, a Aliança Navegação e Logística continua investindo no serviço de cabotagem, atraindo novos mercados, como varejo, indústria e setor alimentício, além de customizar custos. Em 2006, o setor que mais contribuiu para este desempenho foi o de eletroeletrônicos, em função da Copa do Mundo.

De casa nova - Outro investimento importante da Aliança é a aquisição de um escritório próprio em Santos, onde é grande a demanda de negócios. Mensalmente, a empresa movimenta, aproximadamente, 35% do volume da costa leste sul-americana. Os investimentos da empresa na baixada santista serão de R$ 10 milhões. A previsão é de que as obras estejam prontas até 2008.

O novo prédio está localizado no centro de Santos e pertencia a uma companhia de armazéns gerais. A construção é do século passado, tombada pelo patrimônio histórico. Durante a reforma, obrigatoriamente, será mantida a fachada. O terreno de 1,423 mil m2 terá área construída de 3,750 mil m2. No total, serão três andares de escritórios.

Grupo Hamburg Süd - Os problemas na infra-estrutura logística e economia brasileira foram algumas das barreiras verificadas pelas principais empresas marítimas em 2006, porém, não tiraram o fôlego da Hamburg Süd.

De acordo com Julian Thomas, diretor da Hamburg Süd no Brasil, a falta de infra-estrutura portuária, que ocasionou atrasos nas atracações e nas operações de transbordo, foi um dos principais fatores que comprometeram um desempenho mais favorável nos negócios.

“Foi um período difícil. O preço do bunker esteve em constante alta. Mas a empresa não ficou parada e apresentou um recorde de 1,9 milhão de TEUs movimentados mundialmente em 2006, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior”, explica.

De acordo com o executivo, em 2007 a empresa trabalhará para aumentar ainda mais a confiabilidade dos itinerários, mesmo sabendo que a tendência dos problemas portuários não é de uma melhora rápida e eficaz.

Parcerias Estratégicas: Em abril, a Hamburg Süd, Maersk Line e NYK Line darão início a um acordo de operação conjunta no trade entre Ásia, África do Sul e América do Sul. O objetivo é aumentar a eficiência e a qualidade do serviço oferecido aos clientes, com a utilização de navios mais modernos e rápidos, garantindo assim mais agilidade às operações.

A rotação do novo serviço será: Linha 1: operação de 10 navios de 3,5 mil TEUs, sendo seis da Hamburg Süd e quatro da Maersk Line. A rota será Xangai – Hong Kong – Cingapura – Tanjung Pelepas – Sepetiba – Santos – Buenos Aires – Rio Grande – Paranaguá – Santos – Porto Elizabeth – Durban - Cingapura – Hong Kong e Xangai.

Linha 2: operação de 10 navios de 2,5 mil TEUS, sendo seis da NYK, três da Maersk Line e um da Hamburg Süd. A rota será Nagoya – Yokohama – Pusan – Hong Kong – Laem Chabang – Cingapura – Tanjung Pelepas – Durban – Santos – Itajaí – Santos – Sepetiba – Cingapura – Hong Kong e Nagoya.

Novos Navios - Na última semana, a Hamburg Süd batizou os navios porta-contêineres “Bahia” e “Bahia Blanca” no pátio da Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co. Ltd. (DSME), em Okpo, Coréia. As embarcações serão escaladas para os serviços marítimos entre Ásia e Costa Leste da América do Sul.

“Bahia” e “Bahia Blanca” são os primeiros de um total de seis navios porta-contêineres de 3,752 mil TEUs que entrarão em operação. A Hamburg Süd opera 146 navios, sendo 22 da série “Monte”, com capacidade superior a 5 mil TEUs, e 6 “Bahia Class”.

Perfil da Hamburg Süd - Fundada em 1871, a Hamburg Süd é um dos maiores grupos operando no transporte marítimo e está presente nas Américas, Europa, África, Ásia e Oceania, seja diretamente ou através de empresas coligadas. A Hamburg Süd, adquirida pelo Grupo Oetker no fim da década de 40, também é um dos maiores especialistas no transporte de cargas congeladas e refrigeradas com tecnologias inovadoras.

A empresa registrou um faturamento mundial de 3,037 bilhões de euros em 2005, com um total de 1,525 milhão de TEUs movimentados. O maior fluxo de mercadorias concentra-se nos trechos Brasil e Argentina para a Europa. Nesta rota, os produtos mais transportados são café, tabaco, autopeças, carne e suco. Na rota inversa aparecem os produtos químicos e autopeças.

Perfil da Aliança Navegação e Logística - Fundada no início da década de 50, a Aliança foi consolidando sua liderança no mercado brasileiro, passando a atuar em todos os continentes. Em 1998, a empresa foi adquirida pelo Grupo Oetker, também proprietário da Hamburg-Süd, empresa alemã fundada em 1871.

Com faturamento de US$ 920 milhões em 2006, a Aliança Navegação e Logística tem forte atuação no segmento internacional e é líder no transporte de cabotagem. No ano passado, movimentou cerca de 460 mil TEUs. Atualmente, opera regularmente em 12 portos nacionais e possui 15 escritórios próprios no Brasil.

Faturamento: Em 2002: US$ 364 milhões | 2003: US$ 410 milhões | 2004: US$ 665 milhões | 2005: US$ 900 milhões | 2006: US$ 920 milhões | 2007: US$ 1 bilhão

Volume total de contêineres transportados: Em 2002: 208 mil TEUs | 2003: 250 mil TEUs | 2004: 397 mil TEUs | 2005: 423 mil TEUs | 2006: 460 mil TEUs | 2007: 514 mil TEUs

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