Abrasel comemora a redução do número de mortes nas estradas

Associação Brasileira de Bares e Restaurantes analisa a redução do número de mortes nas estradas federais, fruto da intensificação da fiscalização e lamenta que a quantidade de acidentes tenha se mantido estável

Belo Horizonte. – A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) comemora a redução do número de mortes divulgado nesta sexta-feira pela Polícia Rodoviária Federal. Consciente de que o trabalho de fiscalização é uma das mais importantes medidas para a solução dos problemas do trânsito brasileiro, a entidade lamenta que o número de acidentes não tenha acompanhado o indicador de óbitos. Diante das informações apresentadas pela PRF, a Abrasel reafirma seu posicionamento e alerta para que o crédito seja dado a quem de direito foi responsável pela redução da mortandade nas estradas: a fiscalização e a atuação policial.

Para o presidente-executivo, Paulo Solmucci Jr. a intensificação do trabalho das autoridades de trânsito é muito bem-vinda. “A percepção de que a fiscalização sozinha foi capaz de reduzir o número de mortes confirma o que a Abrasel tem defendido nos últimos meses, pois a PRF ainda não comprou nenhum bafômetro. Nossa luta é para esclarecer que não é preciso usurpar os direitos civis, transformando cidadãos em criminosos, para melhorar as condições de trânsito brasileiras”. Ele pondera que muitas vidas teriam sido poupadas se o rigor da fiscalização tivesse começado, há pelo menos 10 anos, quando entrou em vigor o atual Código de Trânsito.

Sobre relação equivocada entre a Lei Seca e redução do número de mortes, a Abrasel mantém sua posição de que o trabalho policial é suficiente para que o código de trânsito seja cumprindo, coibindo abusos e sem criminalizar pessoas trabalhadoras, que às vezes buscam apenas relaxar. “A Lei Seca tem o mérito de levantar o debate, mas não apresenta nenhuma solução real e ainda pode se tornar um estímulo à corrupção e uma grande fonte de injustiças. Confiamos na posição do Supremo Trubinal Federal para derrubar essa aberração jurídica e esperamos com entusiasmo que a Polícia continue cumprindo seu papel, melhorando os trágicos índices referentes à violência do trânsito no Brasil”, complementa. Paulo cobra das autoridades que seja aberto o espaço de discussão para a sociedade. Ele lembra que a própria Abrasel apresentou uma série de propostas e alerta que o aspecto educacional deve ser incluído numa próxima legislação, pois esta seria a verdadeira evolução que a eficaz legislação anterior mereceria.