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06/08/2008 - 07:38

SOFTEX implanta projeto-piloto para a formação de recursos humanos em software

Aracaju, Belo Horizonte, Blumenau, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre ministrarão cursos de formação e reciclagem.

São Paulo - Questão crítica em todo o mundo, a formação de mão-de-obra no setor de software é prioritária dentro dos projetos desenvolvidos pela SOFTEX – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (www.softex.br), que está implantando o “Programa de Formação de Recursos Humanos”. Para tanto, convocou seus 23 Agentes regionais, em parceria com outras instituições ligadas ao setor, a apresentarem projetos-piloto de curta duração - cobrindo períodos de quatro a 12 meses - para a capacitação ou reciclagem de programadores e profissionais de informática.

A partir de critérios que incluíram a consistência entre o plano de capacitação e as demandas de RH da região, indicadores de desempenho e experiência em atividades de capacitação, foram selecionados pelo Comitê Gestor os projetos dos Agentes das cidades de Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Florianópolis, este último contando com a co-participação do Agente de Blumenau. Um repasse de aproximadamente R$ 1,4 milhão será feito para os oito projetos aprovados, sendo prevista uma complementação com contrapartidas da ordem de pouco mais de R$ 2 milhões. Dessa forma esta fase piloto do programa terá um investimento total de aproximadamente R$ 3,4 milhões.

O “Programa de Formação de Recursos Humanos”, desenvolvido pela SOFTEX com recursos financeiros do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) através da Secretaria de Política de Informática (Sepin), oferecerá a partir de agosto desde cursos de programação em Java, .Net e Cobol, até treinamentos avançados em Qualidade e Melhoria do Processo de Desenvolvimento de Software. Os Agentes puderam definir as carências locais de formação de pessoal que seriam atendidas, resultando, portanto, em uma oferta de cursos diferente em cada localidade.

O Rio de Janeiro, por exemplo, priorizou uma parceria com a Delegacia Regional do Trabalho para a formação de deficientes físicos em técnicas de desenvolvimento para a web. Em Belo Horizonte, a oferta está focada em cursos de gerenciamento de projetos de software e formação de desenvolvedores e de analistas em Java. A previsão é de que sejam disponibilizadas 1.516 vagas em todos os cursos, sendo que alguns deles serão oferecidos mais de uma vez.

“O objetivo do Programa é aprimorar a qualidade e aumentar a quantidade de profissionais disponíveis para desenvolvimento de software. Utilizaremos estes projetos-piloto para testar o material didático e as metodologias de ensino. A partir de então, avaliaremos os resultados e realizaremos eventuais ajustes para que possamos não só organizar novas ofertas de cursos, mas também oferecê-los em maior escala”, explica Arnaldo Bacha, vice-presidente executivo da SOFTEX, acrescentando que todo o conteúdo gerado, como apostilas, vídeos e materiais de apoio, serão reutilizados em novos projetos.

Cursos de Java, qualidade de software e .NET – Antenor Corrêa, coordenador-geral de software e serviços da Sepin, está satisfeito com a ampla gama de cursos que serão oferecidos a partir de diferentes metodologias. “Este projeto-piloto foi elaborado com a preocupação de suprir uma parte das necessidades de qualificação demandadas pelo setor. Graças à sua diversidade, poderemos avaliar os melhores resultados, reunir as melhores ferramentas e replicar a iniciativa em maior escala em uma segunda etapa”, comenta.

Levantamento realizado pela SOFTEX aponta que há uma carência estimada em 20.000 profissionais para o setor. Em cinco anos, alerta a entidade, serão 200 mil vagas em aberto, levando-se em consideração a projeção média de crescimento do mercado interno, que é de 6,5%.

Também são enormes tanto as oportunidades quanto os desafios para o Brasil no setor de TICs. Para os próximos dez anos, estima-se que cerca de 30 milhões de novos postos de trabalho relacionados com TICs serão criados em todo o mundo e o Brasil precisa acelerar o ritmo de formação de novos profissionais para este mercado, sem descuidar da qualidade e das competências a serem ensinadas.

Edvar Pera Junior, coordenador do Softex Campinas, destaca que o Núcleo tem como missão fomentar o desenvolvimento das empresas de software, e a geração de mão-de-obra qualificada é um dos fatores fundamentais para garantir o crescimento sustentado destas empresas. “Já desenvolvíamos ações de formação de mão-de-obra e o projeto da Sociedade SOFTEX veio ao encontro dos anseios das empresas e dos Agentes, pois, devido à alta demanda de profissionais de TI, a necessidade de projetos como este é cada vez maior”, pondera.

Para Marilda Medeiros Packer, coordenadora-executiva do Centro Internacional de Tecnologia de Software (CITS), Agente SOFTEX de Curitiba, foi grande a satisfação em receber a aprovação do projeto. “Ele representa um marco muito importante em um momento em que o mercado de TI de Curitiba vem apresentando escassez de recursos humanos para atendimentos às demandas locais”. De acordo com Marilda, com o apoio da SOFTEX “será possível contribuirmos para o desenvolvimento das competências primordiais que já estão contempladas no projeto, oferecendo treinamentos em Java, WebSphere e .NET”.

“O SOFTEX RECIFE vem se especializando em Qualidade de Software, pois acreditamos que restrições de qualidade constituem um fator limitante à expansão do setor de TI em Pernambuco. E o que é uma realidade para o setor de TI em Pernambuco, acreditamos ser também para o país. Assim, o SOFTEX RECIFE está se propondo a contribuir, dentro deste projeto-piloto, para criar uma cultura de qualidade no desenvolvimento de software e com isso elevar a competitividade dos produtos de TI elaborados no Brasil”, analisa Eduardo Paiva, coordenador executivo do SOFTEX RECIFE, Agente SOFTEX para a capital pernambucana.

O “Programa de Formação de Recursos Humanos” contará com um Comitê de Acompanhamento que trimestralmente avaliará o trabalho em desenvolvimento. Ele é integrado por representantes da SOFTEX, da Sepin, da Assespro Nacional e por um membro de um dos Agentes SOFTEX, o TecVitória. Uma auditoria independente também monitorará os resultados.

“O país conta com uma rede privilegiada de instituições de ensino e pesquisa em informática, com programas de mestrado e de doutorado comparáveis aos dos melhores centros nos Estados Unidos e na Europa. Entretanto, algumas iniciativas pontuais e de curta duração precisam ser executadas, e a SOFTEX, em parceria com sua rede de Agentes nacionais, são atores naturais para colocar em prática estas ações de forma coordenada com os cursos de graduação e de pós-graduação já existentes”, conclui John Forman, diretor de capacitação & inovação da entidade.

Perfil da SOFTEX (www.softex.br) - A Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro – SOFTEX - é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, que desenvolve ações para promover a melhoria da competitividade da indústria de software e serviços, bem como a disponibilidade de recursos humanos qualificados, tanto em tecnologias como em negócios. É gestora do Programa para Promoção da Exportação do Software Brasileiro – Programa SOFTEX, considerado programa prioritário pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O Sistema SOFTEX é composto pela SOFTEX e pela rede de Agentes Regionais, distribuídos por 23 cidades em 13 estados brasileiros e contam com mais de 1.300 empresas associadas. A Missão do Sistema SOFTEX é ampliar a competitividade das empresas brasileiras de software e serviços e a sua participação nos mercados nacional e internacional, promovendo o desenvolvimento do Brasil.

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