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08/08/2008 - 08:54

Vale atinge lucro líquido recorde, de US$ 5,009 bilhões


A Vale se mantém na trilha do crescimento com geração de valor para o acionista, executando com disciplina a estratégia de longo prazo e de maneira consistente com sua visão dos mercados.

Rio de Janeiro – A Companhia Vale do Rio Doce (Vale) continuou no segundo trimestre de 2008 (2T08) a apresentar excelente desempenho operacional e financeiro, marcado por recordes de produção de níquel, pelotas e carvão, embarques de minério de ferro e pelotas, receita bruta, lucro operacional, geração de caixa e lucro líquido.

A excelência da performance da Vale se manifesta não só quando comparada a períodos anteriores mas sobretudo diante das condições adversas que prevaleceram durante todo o primeiro semestre do ano, envolvendo a contínua depreciação do dólar americano, significativos aumentos de preços de insumos, equipamentos e serviços, o declínio do preço do níquel em relação ao pico histórico do 2T07 e os diversos desafios enfrentados por nossas atividades operacionais.

A Vale se mantém na trilha do crescimento com geração de valor para o acionista, executando com disciplina a estratégia de longo prazo e de maneira consistente com sua visão dos mercados.

Os principais destaques da performance no 2T08 foram: • Recorde de embarques de minério de ferro e pelotas: 78,858 milhões de toneladas métricas, com crescimento de 7,9% em relação ao 2T07. • Receita bruta recorde, igual a US$ 10,897 bilhões, 22,5% acima do 2T07, de US$ 8,899 bilhões, recorde anterior. A receita acumulada no primeiro semestre de 2008 foi de US$ 18,945 bilhões contra US$ 16,579 bilhões no1S07.

• Lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado (a) (lucro antes de juros e impostos), recorde de US$ 5,235 bilhões, apresentando elevação de 19,5% em relação ao 2T07. No 1S08 o EBIT ajustado de US$ 8,150 bilhões aumentou 15,1% em relação ao 1S07.

• Margem EBIT ajustado de 49,4%, contra 50,4% no 2T07 e 37,2% no 1T08.

• Geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado(b) (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização), no 2T08 de US$ 6,218 bilhões, com incremento de US$ 1,161 bilhão em relação ao recorde do 2T07, de US$ 5,057 bilhões. No 1S08, o EBITDA ajustado chegou a US$ 9,947 bilhões contra US$ 8,241 bilhões no 1S07.

• Lucro líquido recorde, de US$ 5,009 bilhões, correspondente a lucro por ação diluído de US$ 1,02, com aumento de 22,3% sobre o resultado recorde obtido no 2T07, de US$ 4,095 bilhões. No 1S08 o lucro líquido atingiu US$ 7,030 bilhões ante US$ 6,312 bilhões no 1S07.

• A classificação do risco de crédito da Vale foi elevada para BBB+ pela Standard & Poor’s, num reconhecimento da capacidade de financiar seus planos de crescimento simultaneamente à manutenção de um balanço saudável.

• O capex realizado no 2T08 chegou a US$ 2,312 bilhões, sendo US$ 1,788 bilhão investido em crescimento orgânico e US$ 524 milhões na sustentação das operações existentes. No 1S08 a Vale investiu US$ 4,007 bilhões contra US$ 2,799 bilhões no 1S07.

• Entraram em operação dois projetos de classe mundial: Paragominas II e Alunorte 6&7. A expansão da capacidade de nossa refinaria sustentada por grandes reservas de bauxita de alta qualidade consolida sua posição como a maior planta de alumina do mundo. Além deles, quatro outros importantes projetos foram entregues durante o 1S08: Zuhai, Fazendão, Samarco III e Dalian.

• Começou a operar desde maio na ferrovia Carajás (EFC) o trem com 330 vagões, uma inovação que amplia a flexibilidade e eleva a produtividade da operação de logística do minério de ferro.

• De maneira consistente com nosso compromisso estratégico, os investimentos em responsabilidade social corporativa foram de US$ 302 milhões, sendo US$ 201 milhões alocados à proteção e conservação do meio ambiente e US$ 101 milhões em projetos sociais.

No semestre, esses investimentos somaram US$ 382 milhões, com US$ 272 milhões em meio ambiente e US$ 110 milhões em ações sociais.

Perspectivas dos negócios.: O desempenho da economia global na primeira metade do ano surpreendeu positivamente, estimando-se que tenha crescido à taxa ligeiramente superior a 4%. Isto se deveu à continuidade da expansão em ritmo acelerado das economias emergentes e da performance da economia americana, esta última influenciada principalmente pela desvalorização do dólar e pelo efeito pontual do pacote de estímulos fiscais.

A partir de meados de maio, os bancos centrais mudaram o foco de suas atenções para o combate à inflação, que vem se elevando de forma generalizada no mundo em função dos choques de preços do petróleo e alimentos e, em alguns países, em conseqüência de excesso de demanda agregada.

As tensões nos mercados financeiros se renovaram, com as incertezas sobre perdas futuras e necessidades de capitalização gerando elevado grau de preocupação a respeito das entidades de crédito imobiliário patrocinadas pelo governo dos EUA (GSEs). Dada a ampla base de credores das GSEs, onde se incluem bancos de diversos países, a percepção de risco sistêmico se elevou significativamente. Simultaneamente, embora os bancos tenham tido sucesso em seus esforços de recapitalização, seus balanços continuam sob pressão, o que tende a dificultar a capitalização e a aumentar a probabilidade de interação entre o ajuste do sistema bancário e a economia real.

A conjugação desses fatores conduziu à forte correção de preços das ações, penalizando severamente as ações de companhias de mineração e metais, revelando implicitamente preocupação a respeito de sua rentabilidade futura.

Apesar dos riscos existentes, acreditamos que os bons fundamentos dos mercados de minérios e metais não se reverteram. Estimamos que a economia global continue a se desacelerar nesta segunda metade do ano, influenciada pelo desempenho das economias desenvolvidas, com o início da recuperação tendo lugar ao longo do primeiro semestre de 2009. A expansão nas economias emergentes deve se tornar mais moderada no curto prazo, porém com a manutenção de um ritmo ainda bastante forte. O diferencial de taxas de crescimento em relação ao mundo desenvolvido tende a se ampliar, caracterizando o “descolamento relativo” das economias emergentes, fenômeno manifestado a partir do início desta década.

No caso da maior economia emergente, a China, é provável que o pico da inflação já tenha ficado para trás e que sua economia faça uma aterrissagem suave, passando de uma expansão acima de 10% nos últimos cinco anos para algo próximo a 9% nos próximos anos, taxa ainda muito elevada.

No curto prazo, o crescimento econômico da China permanece bastante sólido, com o investimento em ativos fixos se expandindo a 26% ao ano e a produção industrial a 16%, com o único sinal de enfraquecimento se dando no comportamento da demanda externa. Entretanto, a contribuição desta para o desempenho do PIB da China é secundária, tendo variado entre 10% a 15% da expansão anual.

Como a experiência desta década tem demonstrado, a expansão do consumo global de minérios e metais continuará a depender quase que exclusivamente da evolução das economias emergentes, justamente porque são as que estão passando por importantes transformações estruturais associadas ao desenvolvimento econômico de longo prazo. A industrialização, urbanização e os investimentos em infraestrutura, movimentos integrantes dessas mudanças estruturais, são processos intensivos na utilização de minérios e metais e responsáveis pela forte expansão de seu consumo.

Em meados do século passado, nos anos 50 e 60, a indústria de minérios e metais viveu um ciclo semelhante determinado inicialmente pela reconstrução da economia européia e sustentado pelo desenvolvimento econômico japonês, tendo como um de seus principais indicadores a expansão da produção global de aço em ritmo superior ao do PIB e da produção industrial global. Após três décadas de lenta expansão, a produção global de aço volta a demonstrar o mesmo padrão de crescimento do passado em resposta ao novo ciclo longo determinado pela expansão das economias emergentes.

De acordo com estimativas das Nações Unidas2, até 2025 a população das áreas urbanas das economias emergentes deverá aumentar em 1,2 bilhão de pessoas. No caso da China, por exemplo, serão mais de 300 milhões de novos moradores nas cidades, boa parte deles constituída por migrantes de áreas rurais. Isto exigirá substanciais investimentos na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, estradas, ferrovias, aeroportos, redes de telecomunicações, prédios comerciais e residenciais, concorrendo para acelerar a demanda por metais. Estima-se que os investimentos em infra-estrutura nas economias emergentes deverão demandar recursos de no mínimo US$ 5 trilhões nos próximos dezanos, o que corresponde a aproximadamente 20% de seu PIB3 atual. Tais investimentos terão impacto relevante sobre a demanda por aço e suas matérias primas – minério de ferro, carvão metalúrgico e ferro ligas – cobre, alumínio e níquel.

O aumento da renda per capita e a maior penetração do crédito em economias emergentes, com o desenvolvimento de instrumentos para o financiamento de bens de consumo durável, especialmente automóveis e residências, deverá, a exemplo do que aconteceu no Brasil e na Rússia nos anos mais recentes, se constituir em alavanca adicional do crescente consumo de metais.

A reação da demanda global aos preços do petróleo é outro movimento que deverá conduzir ao longo do tempo a aumentos no consumo de minérios e metais, devido ao aumento do uso de energias alternativas e inovações tecnológicas como carro híbrido.

Por outro lado, a resposta da indústria de mineração e metais aos incentivos dos preços permanece limitada por uma série de obstáculos, entre eles o próprio aumento da escassez da dotação de recursos naturais, como água, energia e depósitos minerais de classe mundial e de mão-de-obra qualificada, gargalos de infra-estrutura, custos mais elevados de equipamentos e serviços de engenharia, dificuldades crescentes para a obtenção de licenças ambientais e desafios tecnológicos.

No curto prazo, os mercados de minério de ferro e níquel vivem momentos diferentes. O minério de ferro, cuja demanda depende da indústria de aço carbono, níquel sofre os efeitos da exposição à economia do aço inoxidável.

A evolução da demanda global por aço carbono está mais associada ao crescimento das economias emergentes, o que tende a continuar a transmitir fortes impulsos ao consumo de minério de ferro e de outras matérias primas em que a Vale está posicionada, como as ligas de manganês e o carvão metalúrgico.

Os preços do minério de ferro no mercado spot continuam em patamares muito elevados e bastante superiores, por exemplo, aos preços do minério de ferro fino da Vale, com qualidade superior e variância de qualidade entre embarques muito inferior. Isso se constitui em clara indicação de excesso de demanda, que na margem está sendo satisfeita a preços bem mais altos do que os de referência para os contratos de suprimento e por produtos de pior qualidade.

A hipótese de excesso de oferta de minério de ferro no futuro próximo pressupõe um ambiente sem limitações à expansão da produção, não considerando as dificuldades enfrentadas pela indústria de mineração para o desenvolvimento de projetos e o período mínimo de tempo necessário entre o início de operação e o alcance da capacidade nominal. Além disso, o aumento da oferta de minério de ferro de baixa qualidade não é suficiente para satisfazer à crescente demanda tendo em vista a necessidade de mistura com minérios de melhor qualidade e com escassez relativa muito maior.

A precificação do minério de ferro para os contratos está evoluindo no sentido do reconhecimento explícito dos diferenciais de qualidade e dos custos de frete.

De um lado, a qualidade tende a se tornar um aspecto cada vez mais importante na medida em que uma nova geração de projetos concorre para ampliar a oferta de minérios de baixa qualidade, aumentando conseqüentemente a necessidade de mistura com minérios de boa qualidade e/ou o uso mais intensivo de pelotas. O caso típico é o do minério de ferro chinês, caracterizado pelo baixo teor de ferro e alto grau de sílica, obrigando a indústria do aço a fazer o “blend” com minérios de melhor qualidade.

Por outro, tendo em vista a considerável expansão nos próximos anos da frota de navios capesize para o transporte de minério de ferro, é bastante provável a manifestação de uma tendência decrescente de preços do frete, mesmo diante do congestionamento de portos, tornando menos relevante a questão da diferença do custo do transporte transoceânico.

A Vale está se posicionando ativamente para explorar as oportunidades oferecidas por essas tendências. Estamos promovendo a expansão da capacidade de produção do melhor minério de ferro do mundo – Carajás – e de pelotas, começando a construir uma base global de ativos, com plantas de pelotização na China, Oriente Médio e sudeste da Ásia. Ao mesmo tempo, o investimento no desenvolvimento de um serviço de frete marítimo dedicado - composto por navios graneleiros de grandeporte - entre nossos terminais no Brasil e os portos na Ásia concorre para reduzir nossa desvantagem geográfica como fornecedor dessa região.

O preço do níquel no curto prazo é fortemente influenciado pela indústria de aço inoxidável, cujas características econômicas implicam em comportamento bem mais volátil do que a indústria de aço carbono, especialmente em comparação com o segmento das usinas de alto forno, predominante nesta indústria. A demanda por aço inox apresenta alta elasticidade renda e ainda é bem mais sensível às flutuações cíclicas das economias desenvolvidas.

Apesar dos estoques baixos, a forte desaceleração da produção industrial na América do Norte, Europa e Japão tem implicado em lento crescimento da produção de aço inox, sendo que este trimestre é sazonalmente o mais fraco do ano devido às férias de verão do Hemisfério Norte. Embora os estoques de níquel na London Metal Exchange estejam decrescendo lentamente desde o final de abril, a tendência de queda dos preços iniciada em meados de março não se interrompeu. Por outro lado, os demais componentes do consumo do níquel, responsáveis por 35% do consumo global, têm se mostrado bastante robustos. Esse é o caso, por exemplo, das ligas de aço, utilizadas na produção de equipamentos para mineração e energia, das superligas de níquel destinadas a turbinas de aviões e motores marítimos e das aplicações para fundição de motores e bombas e fabricação de baterias.

Os preços atuais do níquel, após declínio em relação aos níveis recordes alcançados no segundo trimestre de 2007, continuam a proporcionar alta rentabilidade à Vale, um produtor de custo operacional baixo, e desestimulam iniciativas visando à sua substituição, elemento essencial para a preservação dos bons fundamentos de longo prazo.

A médio prazo, a combinação de um nível reduzido de estoques de aço inoxidável com o declínio dos estoques de níquel cria um ambiente favorável à forte recuperação dos preços do metal no próximo ciclo de expansão das economias desenvolvidas. Com custos baixos, o aumento de produtividade da base de ativos existentes e a expansão de capacidade derivada dos novos projetos, a Vale continuará a gerar significativo valor com suas operações de níquel.

Rceita recorde: U$ 10,9 bilhões - No 2T08, alcançamos um novo recorde de receita operacional bruta, com a marca de US$ 10,897 bilhões. Em conseqüência houve aumento de 22,5% relativamente ao 2T07, quando obtivemos US$ 8,899 bilhões.

O incremento de US$ 1,998 bilhão na receita foi determinado pelos efeitos causados pela variação de preços de nossos produtos, de US$ 1,463 bilhão, e pela expansão do volume de vendas, de US$ 535 milhões

A receita acumulada no 1S08 foi de US$ 18,945 bilhões, superando em 14,3% a verificada no 1S07, de US$ 16,579 bilhões.

Os movimentos distintos nos preços do minério de ferro (alta) e do níquel (baixa) exerceram influência relevante na determinação da composição da receita por produto e por destino no 2T08.

A participação dos minerais não ferrosos na receita passou de 52,3% no 2T07 para 32,8% no 2T08. Em contrapartida, a contribuição dos minerais ferrosos tornou-se mais importante, evoluindo de 42,2% no 2T07 para 61,0% no 2T08.

A América do Norte e a Ásia, para onde se concentram 85% de nossas vendas de níquel, tiveram sua participação na receita total reduzida, de 14,7% e 43,4%, respectivamente, para 12,5% e 38,6% no 2T08. Já as vendas para América do Sul e Europa, para onde se destinam 47% de nossas vendas de minério de ferro e pelotas, aumentaram suas fatias na receita total de 17,9% e 21,1% para respectivamente 20,5% e 24,3% no 2T08. Ao longo do tempo, entretanto, tendo em vista o ritmo mais dinâmico de sua economia e a maior intensidade no consumo de metais, a tendência é que a Ásia emergente amplie sua participação em nossa receita com vendas.

Lucro líquido recorde: US$ 5,0 bilhões - No 2T08 o lucro líquido chegou a marca recorde de US$ 5,009 bilhões, equivalente a lucro líquido por ação diluído de US$ 1,02. Em relação ao resultado do 2T07, houve aumento de US$ 914 milhões.

No 1S08, o lucro líquido foi igual a US$ 7,030 bilhões, com crescimento de 11,4%em relação ao 1S07, de US$ 6,312 bilhões. O lucro líquido do 2T08 foi influenciado pelo crescimento do lucro operacional, de US$ 856 milhões, pelo aumento do resultado financeiro líquido em US$ 666 milhões e pela redução das participações minoritárias em US$ 72 milhões. Em contrapartida, houve elevação de US$ 110 milhões na despesa de imposto de renda, que totalizou US$ 1,506 bilhão neste trimestre. Além disso, no 2T08 não foram realizadas vendas de ativos, que no 2T07 haviam proporcionado ganho de US$ 674 milhões, referente às vendas de ações da Usiminas (US$ 457 milhões) e Log-In Logística (US$ 217 milhões).

O resultado financeiro líquido no 2T08 foi de US$ 1,167 bilhão, contra US$ 501 milhões do 2T07, tendo em vista a contribuição positiva das despesas financeiras, de US$ 375 milhões. Isto foi viabilizado pelo resultado das operações com derivativos, que produziram ganho, sem efeito caixa, de US$ 724 milhões contra US$ 168 milhões no 2T07.

As operações com derivativos realizadas pela Vale compreendem duas categorias básicas: swaps de moedas e hedge de preços de metais e gás natural. Os swaps de moedas, do real para o dólar americano, geraram no 2T08 resultado positivo sem efeito caixa, de US$ 681 milhões. Desse total, US$ 463 milhões foram resultantes do swap da taxa de juros em reais atrelada ao CDI para juros em dólares americanos para as debêntures não conversíveis emitidas no Brasil e US$ 145 milhões do swap da folha de pagamentos.

No 1S08 as operações com swaps de moedas produziram efeito positivo de US$ 656 milhões contra US$ 436 milhões no 1S07. As transações com derivativos relativas a preços de metais e gás natural causaram impacto positivo não caixa de US$ 43 milhões no 2T08. No 1S08 essas operações contribuíram para a redução do lucro líquido em US$ 277 milhões ante US$ 183 milhões no 1S07.

As operações de hedge de preços de metais, cobre, alumínio, platina e ouro, cuja realização teve como objetivo assegurar a obtenção de determinado fluxo de caixa, apresentaram perda líquida, sem efeito caixa, de US$ 9 milhões no 2T08.

As operações destinadas a manter nossa exposição à volatilidade dos preços de níquel nas vendas efetuadas com preço fixo geraram no 2T08 ganho - sem efeito caixa - de US$ 45 milhões.

Transações para hedge do preço de gás natural, consumido em nossas operações, produziram no 2T08 ganho sem efeito caixa de US$ 9 milhões. A liquidação financeira de contratos com derivativos causou efeito positivo sobre o lucro e o fluxo de caixa de US$ 9 milhões. No 1S08 a liquidação de contratos gerou ganho, com impacto sobre o fluxo de caixa, de US$ 88 milhões.

Com a redução dos preços de mercado das debêntures participativas, a marcação a mercado desses títulos – sem efeito caixa - produziu ganho de US$ 19 milhões. No 1S08 houve impacto negativo sobre o lucro de US$ 23 milhões, tendo apresentado forte contração relativamente ao 1S07, quando foi de US$ 298 milhões.

Investimentos: novos ativos de classe mundial - A capacidade de desenvolver projetos de classe mundial mostrou-se essencial para que a Vale tenha uma posição de liderança global na geração de valor para o acionista. Durante o 1S08, entregamos seis projetos em segmentos diversos da indústria de mineração e metais - Zuhai, Fazendão e Samarco III (minério de ferro e pelotas), Dalian (níquel) e Paragominas II e Alunorte 6&7 (bauxita e alumina) – que contribuem para o crescimento de nossas atividades com perfil mais diversificado por ativos e geografia.

A segunda fase da mina de Paragominas (Paragominas II), no estado do Pará, iniciou o processo de ramp up em maio de 2008. Ela adiciona 4,5 Mtpa à capacidade de Paragominas, que desse modo passa a ter capacidade total de 9,9 Mtpa.

Os módulos 6 e 7 da nossa refinaria de alumina começaram a operar, respectivamente, em junho e julho. O consumo de bauxita desses dois novos módulos será atendido por Paragominas II. Em conseqüência da conclusão desse projeto, a Alunorte conta agora com capacidade de produção de 6,26 Mtpa, o que consolida sua posição de maior refinaria de alumina no mundo.

No 2T08, a Vale investiu US$ 2,312 bilhões, dos quais US$ 1,788 bilhão foi destinado a iniciativas de crescimento orgânico – US$ 1,521 bilhão na execução de projetos e US$ 267 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D) – e US$ 524 milhões à sustentação das operações existentes.

Os investimentos em P&D são compostos por US$ 110 milhões aplicados em exploração mineral, US$ 151 milhões na realização de estudos sobre projetos e US$ 7 milhões em novos processos e tecnologias. Foram investidos US$ 57 milhões na exploração de gás natural, cujo objetivo é a complementação da geração de energia para consumo próprio.

No 1S08 investimos US$ 4,007 bilhões, sendo US$ 2,651 bilhões em projetos, US$ 440 milhões em P&D e US$ 915 milhões em manutenção das operações.

No Sistema Norte, os 57 pátios de manobras da EFC já foram ampliados e foi iniciada a operação dos trens de 330 vagões, que possuem 3,5 quilômetros de extensão. Esta nova formação de trens irá reduzir o número de cruzamentos entre trens na ferrovia, diminuindo o tempo despendido no ciclo mina-porto-mina e aumentando a produtividade da ferrovia.

Assinamos contrato para a construção de 12 navios para o transporte de minério de ferro, cada um com capacidade de 400,000 toneladas (dwt), constituindo-se nos maiores do mundo para essa modalidade de transporte. O primeiro desses navios tem entrega prevista para o primeiro semestre de 2011, sendo o restante entregue até o final de 2012.

O custo total desse investimento é de US$ 1,6 bilhão e não está incluído no programa de US$ 59 bilhões para 2008-2012. Com essa encomenda, a Vale contará com uma frota de 18 navios VLOCs e 3 capesize, cuja função será a formação de um serviço de transporte marítimo dedicado de minério de ferro entre nossos terminais no Brasil e a Ásia, o que aumentará nossa competitividade dada a importância do preço do frete no custo total do minério de ferro para a indústria do aço. A capacidade estimada de transporte da frota é de 30,2 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, o que corresponde a 31% de nossos embarques para a China em 2007.

Exercemos a opção de compra de direitos minerários nos municípios de Rio Acima e Caeté, estado de Minas Gerais, no valor de US$ 145 milhões. Tais direitos serão incorporados ao projeto da mina de minério de ferro de Maquiné-Baú, que passou a ser denominado Apolo.

Desempenho dos segmentos de negócios.: Minerais ferrosos - No 2T08 o volume embarcado de minério de ferro e pelotas totalizou 78,858 milhões de toneladas métricas, registrando aumento de 7,9% relativamente ao 2T07 e se constituindo em novo recorde histórico.

O volume de minério de ferro alcançou 70,876 milhões de toneladas métricas, e foi o maior em um trimestre, com crescimento de 9,4% ante o 2T07. O aumento na produção, complementado por maior volume de compra de minério de terceiros, viabilizou esta nova marca.

Os embarques de pelotas foram de 7,982 milhões de toneladas métricas, ante 8,250 milhões no 2T07. O volume disponível para vendas foi composto por: (i) produção de 6,366 milhões de toneladas métricas por nossas usinas, sendo 2,057 milhões processadas pelas usinas da Nibrasco e Kobrasco; (ii) compra de 1,750 milhões de toneladas métricas das joint ventures de Tubarão; e (iii) 333 mil toneladas métricas produzidas através de contratos de tolling com essas JVs.

As vendas para a China, principal destino de nossas vendas de minério de ferro e pelotas, se elevaram para 23,817 milhões de toneladas métricas, respondendo por 30,2% do volume vendido. A participação de clientes brasileiros foi de 19,8%, do Japão 10,5%, da Alemanha 6,6%, Coréia do Sul 4,2% e da França 3,2%. Foram vendidas para nossas joint ventures de pelotização 3,454 milhões de toneladas métricas, comparado a 5,202 milhões de toneladas métricas vendidas no mesmo trimestre do ano anterior. Esta queda é resultado do arrendamento dos ativos da Nibrasco e Kobrasco, a partir de maio e junho, respectivamente.

Os preços do minério de ferro e pelotas no 2T08 refletem quase que integralmente o reajuste nos preços de referência negociado para 2008. Neste trimestre foram computados US$ 279 milhões na receita referentes a reajuste retroativo ao 1T08, restando ainda US$ 553 milhões a serem incorporados no próximo trimestre como reajuste retroativo referente ao 2T08.

A receita com o minério de ferro foi de US$ 4,947 bilhões, tendo crescido 70,7% frente ao 2T07 e a de pelotas somou US$ 1,168 bilhão, com aumento de 76,2% no mesmo período. Ambas estabeleceram novos recordes históricos.

Os preços de manganês e ferro ligas têm se elevado substancialmente desde o último trimestre de 2007 face à pressão de demanda da indústria do aço e restrições da oferta, associadas à maior escassez relativa de minério com teor mais elevado e energia, envolvendo inclusive a falta de energia na África do Sul, um dos maiores produtores mundiais.

Os embarques de manganês no 2T08 foram de 301 mil toneladas métricas, mostrando crescimento de 37,4% em relação ao 2T07, viabilizado pelo retorno da produção da mina do Azul. O preço médio realizado do manganês foi de US$ 275,75 por tonelada métrica, mais do que duplicando “vis-à-vis” o preço de US$95,89 do 2T07.

Minerais não ferrosos - A receita total com minerais não-ferrosos chegou a US$ 3,579 bilhões, com redução de US$ 1,078 bilhão ante a do 2T07, mas com incremento de US$ 201 milhões em relação ao 1T08. A receita sofreu contração de US$ 1,353 bilhão face à redução de 42,1% no preço médio realizado do níquel no 2T08 em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram embarcadas 69.000 toneladas métricas de níquel refinado no 2T08, contra 68.000 no 2T07. As vendas desse metal geraram receita de US$ 1,870 bilhão, ante US$ 3,196 bilhões obtidos no 2T07 e US$ 1,891 bilhão no 1T08.

As vendas de bauxita, alumina e alumínio primário proporcionaram receita bruta de US$ 728 milhões, contra US$ 724 milhões no 2T07. O efeito negativo de US$ 25 milhões pela variação do volume de vendas – aumento no volume de alumina e queda nos volumes de alumínio e bauxita - foi mais que compensado pelo aumento do preço realizado do alumínio, com efeito positivo de US$ 29 milhões.

A expansão da demanda e a elevação dos custos da energia concorrem para a alta do preço do alumínio. O preço médio do alumínio realizado no 2T08 foi de US$ 3.126,98 por tonelada métrica ante US$ 2.845,20 no 2T07, enquanto que o da alumina, que é indexado ao do metal, passou de US$ 348,56 no 2T07 para US$ 382,11 por tonelada métrica no 2T08.

Os embarques de alumínio totalizaram 126 mil toneladas métricas, contra 155 mil registradas no 2T07 e 136 mil no 1T08. As variações trimestrais nas quantidades vendidas devem-se aos efeitos da programação de embarques e suas alterações, dada a estabilidade dos níveis de produção do alumínio.

As vendas de alumina 12,6% ao do 2T07. Os preços médios realizados também bateram recordes,atingindo US$ 2.768 por tonelada métrica, frente ao preço médio de US$ 1.099 no 2T07 e 833 mil no 1T08, em linha com a evolução de nossa produção.

A receita com o cobre alcançou US$ 621 milhões, implicando em incremento de 23,2% em relação ao 2T07. Preços médios mais elevados - US$ 8.483,60 no 2T08 contra US$ 7.369,70 por tonelada métrica no 2T07 – foram responsáveis por 66,6% do aumento da receita, enquanto maiores volumes de vendas – 73 mil toneladas métricas no 2T08 ante 68 mil no 2T07 – explicam os 33,3% restantes.

As receitas com embarques dos metais do grupo da platina (PGMs), potássio e cobalto se beneficiaram do cenário benigno de preços para essas “commodities”. Os PGMs produziram receita de US$ 116 milhões, sendo US$ 29 milhões superior à verificada no 2T07, com embarques no total de 102.000 onças troy, 5,2% superior ao do mesmo trimestre do ano passado. O preço médio da platina atingiu US$ 2.036,90 por onça troy, com elevação de 57,0% em relação ao realizado no 2T07.

O potássio e o cobalto tiveram consideráveis aumentos de receita, de 169,2% e 78,1% respectivamente, somando no 2T08 US$ 105 milhões e US$ 57 milhões. Preços de vendas mais elevados foram responsáveis por 81,8% e 72,0% do incremento das receitas do potássio e cobalto, respectivamente.

Os embarques de caulim produziram receita de US$ 54 milhões, em linha com o valor de US$ 55 milhões no 2T07. Maiores preços médios compensaram a queda da quantidade vendida ocasionada por paradas para manutenções realizadas no período.

A margem EBIT ajustado dos minerais não-ferrosos foi de 36,0%, ante 54,1% no 2T07 e 36,6% no 1T08. A queda do preço do níquel, a elevação dos custos com serviços contratados, energia e material, e o aumento da depreciação explicam o estreitamento da margem operacional.

A geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado, atingiu US$ 1,919 bilhão, frente a US$ 2,929 bilhões no 2T07. A redução de US$ 1,010 bilhão deveu-se ao efeito dos menores preços de níquel (US$ 1,060 bilhão) e efeito cambial (US$ 147 milhões). A contribuição dos negócios com alumínio para o EBITDA ajustado de não-ferrosos foi de US$ 239 milhões, contra US$ 301 milhões no 2T07.

Os investimentos nas operações de minerais não ferrosos somaram US$ 1,181 bilhão, tendo sido empregados US$ 843 milhões nos diversos projetos, US$ 133 milhões em P&D e US$ 206 milhões em manutenção. Foi aprovada também a revisão do capex do projeto da usina hidrelétrica de Karebbe, de US$ 252 milhões para US$ 410 milhões, no rio Larona, na ilha de Sulawesi, na Indonésia. A revisão do projeto foi necessária, tendo em vista a paralisação das obras de janeiro de 2006 até o início deste ano, devido a atrasos na obtenção de licenças ambientais. A elevação dos custos de mão-de-obra, equipamentos, materiais e de contratação de serviços de engenharia civil durante dois anos determinaram o aumento no valor do investimento.

Karebbe irá gerar 90MW, o que viabilizará o crescimento da produção de níquel em matte da nossa operação na Indonésia em função da maior produtividade dos fornos com a substituição das caldeiras movidas a óleo por energia hidrelétrica, além de significativa redução do custo operacional. Vale a pena salientar que temos na Indonésia a maior operação de níquel laterítico saprolítico do mundo, a qual é muito intensiva no consumo de energia elétrica, o que sugere a importância desse investimento.

A margem EBIT ajustado experimentou ampliação, passando de 49,4% no 2T07 para 59,3% no 2T08. O EBITDA ajustado dos negócios de minerais ferrosos atingiu US$ 4,311 bilhões, com aumento de US$ 2,230 bilhões em relação ao registrado no 2T07. Esse aumento foi determinado pelo aumento de preços dos produtos (US$ 2,178 bilhões), elevação do volume de vendas (US$ 450 milhões), parcialmente compensados pelo aumento dos custos e despesas (US$ 236 milhões) e pelo efeito da variação cambial (US$ 217 milhões).

No 2T08 realizamos investimentos de US$ 500 milhões nas operações com minerais ferrosos, sendo US$ 365 milhões no desenvolvimento de projetos, US$ 44 milhões em P&D e US$ 90 milhões em manutenção. Foi aprovado pelo Conselho de Administração investimento de US$ 1,356 bilhão numa planta de pelotização com capacidade de 9 Mtpa e um centro de distribuição no porto de Sohar em Omã.

Os países do Gulf Cooperation Council (Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Omã e Bahrein) estão passando por significativa transformação estrutural determinada por consideráveis fluxos de investimento na diversificação de suas economias, tendo como uma de suas implicações a elevação da intensidade no uso de metais. Conseqüentemente, há forte demanda por pelotas de redução direta. Ao mesmo tempo, em Omã há o potencial para operação a custo baixo, tendo em vista a ampla disponibilidade de gás natural e porto de águas profundas.

O volume vendido de ferro ligas foi de 125 mil toneladas métricas, superior em 12,6% ao do 2T07. Os preços médios realizados também bateram recordes, atingindo US$ 2.768 por tonelada métrica, frente ao preço médio de US$ 1.099 no 2T07.

A receita total dos negócios com minerais ferrosos foi de US$ 6,652 bilhões, com incremento de 77,3% frente ao 2T07. A variação dos preços foi responsável por aumento de receita de US$ 2,415 bilhões, enquanto o efeito de maiores volumes de vendas somou US$ 446 milhões. A margem EBIT ajustado experimentou ampliação, passando de 49,4% no 2T07 para 59,3% no 2T08.

O EBITDA ajustado dos negócios de minerais ferrosos atingiu US$ 4,311 bilhões, com aumento de US$ 2,230 bilhões em relação ao registrado no 2T07. Esse aumento foi determinado pelo aumento de preços dos produtos (US$ 2,178 bilhões), elevação do volume de vendas (US$ 450 milhões), parcialmente compensados pelo aumento dos custos e despesas (US$ 236 milhões) e pelo efeito da variação cambial (US$ 217 milhões).

No 2T08 realizamos investimentos de US$ 500 milhões nas operações com minerais ferrosos, sendo US$ 365 milhões no desenvolvimento de projetos, US$ 44 milhões em P&D e US$ 90 milhões em manutenção.

Foi aprovado pelo Conselho de Administração investimento de US$ 1,356 bilhão numa planta de pelotização com capacidade de 9 Mtpa e um centro de distribuição no porto de Sohar em Omã.

Os países do Gulf Cooperation Council (Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Omã e Bahrein) estão passando por significativa transformação estrutural determinada por consideráveis fluxos de investimento na diversificação de suas economias, tendo como uma de suas implicações a elevação da intensidade no uso de metais. Conseqüentemente, há forte demanda por pelotas de redução direta. Ao mesmo tempo, em Omã há o potencial para operação a custo baixo, tendo em vista a ampla disponibilidade de gás natural e porto de águas profundas. 23,2% em relação ao 2T07. Preços médios mais elevados - US$ 8.483,60 no 2T08 contra US$ 7.369,70 por tonelada métrica no 2T07 – foram responsáveis por 66,6% do aumento da receita, enquanto maiores volumes de vendas – 73 mil toneladas métricas no 2T08 ante 68 mil no 2T07 – explicam os 33,3% restantes.

As receitas com embarques dos metais do grupo da platina (PGMs), potássio e cobalto se beneficiaram do cenário benigno de preços para essas “commodities”. Os PGMs produziram receita de US$ 116 milhões, sendo US$ 29 milhões superior à verificada no 2T07, com embarques no total de 102.000 onças troy, 5,2% superior ao do mesmo trimestre do ano passado. O preço médio da platina atingiu US$ 2.036,90 por onça troy, com elevação de 57,0% em relação ao realizado no 2T07.

O potássio e o cobalto tiveram consideráveis aumentos de receita, de 169,2% e 78,1% respectivamente, somando no 2T08 US$ 105 milhões e US$ 57 milhões. Preços de vendas mais elevados foram responsáveis por 81,8% e 72,0% do incremento das receitas do potássio e cobalto, respectivamente.

Os embarques de caulim produziram receita de US$ 54 milhões, em linha com o valor de US$ 55 milhões no 2T07. Maiores preços médios compensaram a queda da quantidade vendida ocasionada por paradas para manutenções realizadas no período.

A margem EBIT ajustado dos minerais não-ferrosos foi de 36,0%, ante 54,1% no 2T07 e 36,6% no 1T08. A queda do preço do níquel, a elevação dos custos com serviços contratados, energia e material, e o aumento da depreciação explicam o estreitamento da margem operacional.

A geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado, atingiu US$ 1,919 bilhão, frente a US$ 2,929 bilhões no 2T07. A redução de US$ 1,010 bilhão deveu-se ao efeito dos menores preços de níquel (US$ 1,060 bilhão) e efeito cambial (US$ 147 milhões). A contribuição dos negócios com alumínio para o EBITDA ajustado de não-ferrosos foi de US$ 239 milhões, contra US$ 301 milhões no 2T07.

Os investimentos nas operações de minerais não ferrosos somaram US$ 1,181 bilhão, tendo sido empregados US$ 843 milhões nos diversos projetos, US$ 133 milhões em P&D e US$ 206 milhões em manutenção.

Foi aprovada também a revisão do capex do projeto da usina hidrelétrica de Karebbe, de US$ 252 milhões para US$ 410 milhões, no rio Larona, na ilha de Sulawesi, na Indonésia. A revisão do projeto foi necessária, tendo em vista a paralisação das obras de janeiro de 2006 até o início deste ano, devido a atrasos na obtenção de licenças ambientais. A elevação dos custos de mão-de-obra, equipamentos, materiais e de contratação de serviços de engenharia civil durante dois anos determinaram o aumento no valor do investimento. Karebbe irá gerar 90MW, o que viabilizará o crescimento da produção de níquel em matte da nossa operação na Indonésia em função da maior produtividade dos fornos com a substituição das caldeiras movidas a óleo por energia hidrelétrica, além de significativa redução do custo operacional. Vale a pena salientar que temos na Indonésia a maior operação de níquel laterítico saprolítico do mundo, a qual é muito intensiva no consumo de energia elétrica, o que sugere a importância desse investimento.

A melhoria da produtividade de nossa base de ativos no Canadá é um dos objetivos da estratégia de negócios do níquel. Aumentamos significativamente os investimentos em manutenção e exploração mineral, estamos desenvolvendo Totten, o primeiro projeto de mineração em Sudbury nos últimos 30 anos, e começamos a modernização da refinaria de níquel de Thompson, na província de Manitoba.

O projeto, que prevê investimento de US$ 113 milhões, compreende a automação da produção, incluindo robôs de seis eixos, guindastes automáticos e “transfer cars” elétricos, o que resultará nos mais avançados padrões de tecnologia, com a minimização de riscos operacionais e obtenção de elevada produtividade. A conclusão deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2011.

Carvão - A receita com vendas de carvão alcançou US$ 103 milhões no 2T08, dos quais US$ 85 milhões foram relativos ao carvão metalúrgico (semi-hard, semi-soft e PCI) e US$ 18 milhões ao carvão térmico. No 1S08 a receita com carvão alcançou US$ 176 milhões, o que já supera a receita total de 2007, US$ 160 milhões, proveniente de nossas vendas entre maio e dezembro daquele ano.

Os embarques de carvão no 2T08 foram de 911 mil toneladas métricas, sendo 680 mil toneladas métricas de carvão metalúrgico e 231 mil toneladas de carvão térmico.

A despeito de sua elevação, os preços realizados nos embarques do carvão ainda não refletem integralmente a nova realidade de preços, o que só ocorrerá no 3T08, com o acerto integral dos contratos com os clientes. O preço médio realizado na venda de carvão metalúrgico no 2T08 foi de US$ 124,50 por tonelada métrica, com aumento de 71,6% em relação ao 1T08, enquanto que para o carvão térmico, o preço médio foi igual a US$ 79,20 por tonelada métrica, com alta de 11,1% em relação ao 1T08.

As operações de carvão demandaram investimentos de US$ 61 milhões no trimestre, ante US$ 41 milhões no 2T07. Foram investidos US$ 40 milhões em projetos de crescimento, US$ 14 milhões em P&D e US$ 7 milhões na manutenção das operações existentes.

A receita gerada pelos serviços de logística foi de US$ 463 milhões, comparados a US$ 414 milhões no 2T07, representando aumento de 11,8%.

O transporte ferroviário de carga geral produziu receita de US$ 382 milhões, superando o 2T07, quando foi registrada receita de US$ 333 milhões. Os serviços de operação portuária concorreram com US$ 67 milhões, ante US$ 61 milhões e os serviços de apoio portuário contribuíram com US$ 14 milhões ante US$ 5 milhões.

No 2T08, a margem EBIT ajustado do segmento de logística foi de 22,2%, contra 27,5% no mesmo trimestre do ano passado. A margem foi negativamente afetada pelos maiores gastos com materiais e custos de depreciação. O EBITDA ajustado chegou a US$ 220 milhões, com crescimento de US$ 27 milhões. A principal contribuição para o resultado foi a revisão do mix de cargas e preço, que contribuiu com US$ 82 milhões. Esse ganho compensou parcialmente os efeitos negativos de US$ 23 milhões de redução do volume movimentado e US$ 37 milhões de efeito cambial. Foram destinados US$ 397 milhões aos investimentos em logística no 2T08, sendo US$ 214 milhões ao desenvolvimento de projetos, US$ 36 milhões em P&D e US$ 147 milhões em manutenção.

Efeito do arrendamento das plantas de pelotização das joint ventures Nibrasco e Kobrasco.Teve início no 2T08 o arrendamento pela Vale das operações de pelotização da Nibrasco e Kobrasco, envolvendo três plantas: duas pertencentes à Nibrasco e uma à Kobrasco. O contrato de arrendamento inclui todos os ativos operacionais mas não altera a estrutura acionária das joint ventures.

Como conseqüência, nossos resultados passam a ser afetados pelos efeitos da operação das plantas (receita e custos), assim como pelo resultado da equivalência patrimonial nas empresas que detém a propriedade dos ativos. A geração de caixa, medida através do EBITDA ajustado, continuará a incluir os dividendos recebidos dessas companhias, recuperando parcialmente o impacto do custo de arrendamento.

As principais linhas da Demonstração de Resultado que sofrerão alteração são: (1) Receita | (a) Minério de ferro. A receita de venda de minério de ferro para essas operações desaparecerá, sendo o minério utilizado para produzir as pelotas contabilizado a custo. No 2T08, houve impacto negativo de US$ 134 milhões na receita de vendas de minério de ferro.

(b) Pelotas - 100% da receita de vendas das pelotas produzidas nestas plantas serão contabilizados no nosso resultado, ao invés de considerar apenas as vendas das quantidades que comprávamos, as quais eram contabilizadas como custo de aquisição de pelotas e na receita de vendas da Vale. No 2T08, houve impacto positivo de US$ 141 milhões na venda de pelotas. Desse modo, o efeito líquido total nas receita da Vale no 2T08 foi de US$ 7 milhões.

(2) Custos - Os custos operacionais das plantas de pelotização passaram a ser contabilizados no CPV da Vale. No 2T08, o efeito dessas operações nos custos da Vale foi de US$ 51 milhões.

Em adição aos custos operacionais, é contabilizado custo de arrendamento dos ativos, o qual está incluído no item outros custos operacionais. No 2T08, o custo do arrendamento foi de US$ 83 milhões.

Por outro lado, há diminuição no custo aquisição de pelotas, pois não haverá compras de pelotas para revenda Em função disso, no 2T08 houve redução de custo de US$ 146 milhões. | www.vale.com.br

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