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11/08/2008 - 12:06

Megavacinação contra rubéola

No Rio de Janeiro, serão vacinadas cerca de 7 milhões de pessoas com idade entre 12 e 39 anos, no período de 9 de agosto a 12 de setembro.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lançou no dia 9 de agosto (sábado), a Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola com a meta de vacinar aproximadamente 70 milhões de pessoas de ambos os sexos durante cinco semanas, em todo o país. O lançamento nacional foi na Policlínica Comunitária de Jurujuba (avenida Carlos Ermelindo Marins, s/n), em Niterói (RJ). No Rio de Janeiro, serão vacinadas cerca de 7 milhões de pessoas do sexo masculino e feminino, na faixa etária de 12 a 39 anos, e toda a população indígena aldeada. Em toda a região Sudeste, a meta é vacinar 31,7 milhões de pessoas.

A vacinação contra a rubéola vai até o dia 12 de setembro, em todos os municípios brasileiros. Essa é a maior mobilização já realizada em todo o mundo com o objetivo de imunizar indivíduos adultos. No dia 9 de agosto, ocorrerá também com a segunda etapa da vacinação contra a poliomielite. Ir ao posto de saúde se proteger contra doenças virou um programa de família.

Os homens são o principal foco da campanha contra a rubéola. Isso porque, em anos anteriores, os públicos-alvos foram crianças e mulheres. Para o Ministério da Saúde, agora é a vez de centrar esforços para vacinar pessoas do sexo masculino. Dos 8.684 casos de rubéola confirmados no país, em 2007, 70% corresponderam a pacientes homens (veja tabela).

A necessidade de vacinar os homens não exclui as mulheres. Pelo contrário, para eliminar a circulação do vírus no país é fundamental vacinar também as pessoas do sexo feminino. Ao todo, 35,3 milhões de mulheres serão vacinadas.

Essa ação está dentro do compromisso firmado pelos países das Américas durante a 44ª reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) de eliminar até 2010 a rubéola e a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) – complicação da infecção pelo vírus da rubéola durante a gestação, principalmente no primeiro trimestre da gravidez.

Público - A imunização será feita em duas grandes frentes: com a aplicação da vacina Dupla Viral (sarampo e rubéola) em homens e mulheres com idade entre 20 e 39 anos de todo o país, e por meio da vacina Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) em indivíduos entre 12 e 19 anos nos estados do Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, além de toda população indígena que vive em aldeias.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, enviou no fim de junho cartas individuais a todos senadores, deputados, governadores, prefeitos, secretários estaduais e municipais de saúde e integrantes dos Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), conclamando os gestores a participarem ativamente dessa grande ação, sensibilizando a população. O ministério enviou também para os estados e municípios o plano de ação da campanha, assim como o manual técnico-operacional.

Pelo seu ineditismo e amplitude, a campanha já despertou o interesse de diversos países do mundo. Eles enviarão observadores para conhecer a ação durante uma semana. Além destes visitantes, essa ação contará com a participação de oito consultores internacionais, que vão ajudar técnicos brasileiros na estruturação da campanha nos estados. Eles vêm de cinco países – Paraguai, Colômbia, Equador, Peru e México – e devem permanecer no Brasil por três meses.

Megaestrutura – A campanha contra rubéola exigiu a preparação de uma megaestrutura. Oitenta milhões de seringas e agulhas, 220 mil pessoas, entre voluntários e servidores da saúde, dez aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), 41 mil carros e mais de 600 barcos são apenas alguns dos números grandiosos para a maior campanha de vacinação já feita no mundo. A logística para a campanha vem sendo pensada pelo ministério desde setembro de 2007. E, assim que definidas, ações foram tomadas.

O ministério aplicou R$ 135,2 milhões na aquisição de mais de 84 mil doses de vacinas, R$ 8,9 milhões na compra de 80,1 milhões de seringas e agulhas e transferiu R$ 41 milhões para estados e municípios a fim de cobrir despesas com diárias, combustíveis e outras necessárias à operacionalização da campanha.

Foram reservados R$ 3,4 milhões para a compra de caixas térmicas e mais R$ 1 milhão para bobinas de gelo reutilizáveis. O ministério destinou, ainda, R$ 1 milhão em capacitação de pessoal, R$ 2,3 milhões em supervisão e assessoria, além de R$ 2 milhões em materiais impressos e R$ 10 milhões em campanha publicitária.

Ao todo, o governo federal investiu mais de R$ 204,8 milhões na campanha contra a rubéola. O custo por pessoa vacinada é de R$ 2,9. Estima-se que por cada dólar que é investido na estratégia de vacinação são economizados US$ 12 no tratamento de crianças portadoras da Síndrome da Rubéola Congênita.

Contra-indicações - A vacina é contra-indicada para mulheres grávidas; pessoas que já tiveram reação alérgica grave à vacina; indivíduos com imunodeficiências congênitas ou adquiridas; pacientes que estão fazendo uso de corticóides em doses imunossupressoras, ou seja, que baixam a imunidade; pessoas em tratamento quimioterápico; e, por fim, transplantados de medula óssea cuja cirurgia tenha sido feita com menos de dois anos. Em qualquer caso de dúvida, a recomendação é consultar um profissional de saúde.

O Brasil realizou entre 1992 e 2000 campanhas estaduais para implantação da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) em crianças de um a 11 anos e, posteriormente, em mulheres em idade fértil. Esse conjunto de ações de vacinação dirigido a diversos grupos etários provocou importante redução na incidência da doença, modificou o ciclo dos surtos que deixou de ser prioritariamente em crianças e mulheres, mas não conseguiu interromper a circulação do vírus da rubéola.

Em 2006, houve um aumento de casos confirmados da doença, nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A disseminação do vírus ocorreu também em 2007, quando 20 estados brasileiros foram afetados, totalizando 8.683 casos, sobretudo nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste.

Saiba mais.: O que é a rubéola? . A rubéola, também conhecida como “sarampo alemão”, é uma doença infecto-contagiosa causada por vírus. || Qual a causa? . É transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus da família Togaviridae. || Quais os sintomas? . O paciente apresenta febre baixa, manchas na pele, dor de cabeça e nas articulações, gânglios aumentados no pescoço e atrás da orelha, entre outros. || Como se transmite? . A transmissão é diretamente de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. || Como tratar? . Não há tratamento específico para a rubéola. Em caso de suspeita, a pessoa deve imediatamente procurar orientação médica. || Como se prevenir? . Atualmente, a vacina contra rubéola consta no calendário vacinal para crianças aos 12 meses de vida com reforço entre quatro a seis anos. A vacina também está disponível para mulheres na faixa etária de 12 a 49 anos e para os homens de 12 a 39 anos. || Como é feito o diagnóstico? . Algumas doenças se manifestam de forma semelhante à rubéola, como sarampo, escarlatina e dengue. Na situação atual de eliminação da rubéola, identificar precocemente um caso suspeito e realizar as ações de vigilância de forma adequada com uma correta investigação epidemiológica, a realização do diagnóstico diferencial é muito importante para classificar adequadamente qualquer caso suspeito.

Rubéola no mundo - A OMS estima que existam 110 mil novos casos de SRC a cada ano no mundo. Em 1996, 65 países tinham a vacina de rubéola em seus calendários nacionais de imunização. Em 2006, o número de países passou para 123 países.

Rubéola no Brasil - A partir de 2007, o Brasil inicia a organização de uma campanha nacional para eliminar a rubéola e a SRC. A vigilância epidemiológica da rubéola e da SRC foi intensificada a partir de 1999 com a implantação do Plano de Eliminação do Sarampo. -Entre 1999 e 2007, a redução dos casos confirmados de rubéola ficou em torno de 80%.

A partir de 2006 surtos de rubéola passaram a ocorrer nos estados de MG, RJ, RS,PB, SC, PR, BA, PE, AL. MA, RN,CE, SP, MS, MT , DF, GO, num total em 2007 de 8.684 casos, em 2008 já são 816 casos sendo os mais afetados São Paulo, Rio Grande do Sul, seguindo empatados Distrito Federal e Rio de Janeiro, depois Ceará, Goiás, Paraiba Bahia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina, e Alagoas, Espírito Santo e Tocantins, entre outros com registro de um caso. A faixa etária mais acometida é a de 20-34 anos de idade e 70% dos casos confirmados ocorreram no sexo masculino. | Atendimento ao cidadão: 0800 61 1997 e (61) 3315 2425

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