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12/08/2008 - 09:53

Aço no Brasil bate recorde, 12,5 milhões de toneladas no primeiro semestre


Não há nenhum risco de desabastecimento, diz o presidente do IBS que divulga aumento na produção até 2015.

O consumo de produtos siderúrgicos cresceu 21,5% no 1º semestre de 2008 na comparação com o mesmo período do ano passado, registrando nível recorde de 12,5 milhões de toneladas. Esse crescimento foi liderado pelos setores da construção civil, automotivo e de bens de capital.

As vendas internas da siderurgia brasileira, acompanhando este crescimento, apresentaram também nível recorde de 11,5 milhões de toneladas, incremento de 18,4% na comparação com o 1º semestre de 2007. O aumento foi de 13% no setor de planos e no setor de longos, produtos destinados principalmente à construção civil, foi de 25,9%.

Tendo em vista a prioridade do mercado doméstico, a siderurgia brasileira reduziu em 32,6% suas exportações de produtos acabados, que atingiram ainda assim, o nível de 2,1 milhões de toneladas no 1º semestre do ano. As exportações de semi-acabados, no entanto, cresceram 16,2%, atingindo 3 milhões de toneladas. Isto possibilitou aumento de 3,2% na receita, cujo total foi de US$ 3,7 bilhões.

As importações, refletindo o crescimento da demanda e condições favoráveis associadas à taxa de câmbio e alíquotas deimportação reduzidas de alguns produtos siderúrgicos, atingiram 1 milhão de toneladas (+59%).

A produção de aço bruto no semestre atingiu 17,4 milhões de toneladas, representando aumento de 6,9% em relação aos seis primeiros meses de 2007.

- Mais de 80% da produção do setor foi destinada aos três maiores segmentos consumidores da cadeia produtiva do aço: construção civil, indústria automotiva e indústria de bens de capital - afirma o o presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia, Flávio Roberto Silva de Azevedo, ao lado do vice-presidente executivo Marco Pollo, em entrevista à jornalistas, no dia 11 de agosto (segunda-feira), na sede do IBS, centro do Rio de Janeiro.

Na sua visão os ótimos resultados do setor de siderurgia no semestre demonstra o grande momento que o país atravessa, ou seja, um período de crescimento, em que nem mesmo a inflação que ameaçou dias atrás vai ter fôlego para impedir o andamento dos negócios no Brasil e no mundo -tem aço para atender a demanda interna e para exportação -avalia Flávio.

As vendas de aço plano (6,58 milhões de toneladas) e de aço longo (4,52 milhões de toneladas) também bateram recordes, mostrando crescimento de 13% e de 25,8%, respectivamente. - O resultado está ligado ao crescimento das indústrias automotiva, de bens de capital e de construção civil – esclarece o presidente.

- 5,05 milhões de toneladas foram exportadas no primeiro semestre, com valor positivo de US$ 3,66 bilhões, embora a queda de 10,3%, em volume, foi para que o produto ficasse no Brasil para atender a grande demanda industrial do momento – continua Azevedo.

Mas Flávio faz questão de frisar que o mercado interno está totalmente abastecido.

Quanto a alta dos preços no mercado internacional, no primeiro semestre, acabou compensando a desvalorização do dólar frente o real, em cerca de 17%, nos seis primeiros meses do ano.- Os preços no Brasil também estão subindo porque os insumos estão crescendo. O minério de ferro subiu de 60% a 90%, dependendo da qualidade. O coque subiu mais de 200%”, - destacou.

Houve no período retrações nas exportaçõessendo os laminados (-32,6%), aços planos (-41,8%), e Longos (-17%).

As importações somaram cerca de 100 milhões de toneladas, subiram 58,8% em volume no semestre, atingindo 1,05 milhão de toneladas, expandindo 77,8% no valor comprado. - Mas para atender uma certa previsibilidade já demandada pelo cliente, normalmente o que não está se produzindo pela siderúrgicas brasileiras, no caso, os trilhos, ou também parte para formar estoques -esclarece Azevedo.

Quanto ao 'market share' do setor, este estará em progressivo com crescimento até 2015, dos 15,3 toneladas hoje existente no paque industrial somará a capacidade instaladade de 22,1 toneldas 2013, o que vai consumir investimentos de US$ 5,8 bilhões, mais os projetos em estudos que demandam US$ 12,8 bilhões em investimentos e adiciona 17,5 de toneladas na capacidade, totalizando um parque siderúrgico de 80,6 milhões de toneladas, com investimentos de US$ 45,7 bilhões.

Os novo projetos são da Vale do Rio Doce, CSA, entre outras.

- Não há perigo de desabastecimento no mercado, o aço interno vai construir os navios e atender a Petrobras nas suas necessidades do Pré-Sal. O aço é um segmento forte que colabora na para o crescimento do PIB do Brasil. Ele é fundamental para a indústria de base, e acreditamos que tem uma forte tendência ao aumento de consumo do produto, há décadas o brasileiro era consumidor de apenas 100kg por habitante, hoje são 129Kg. Ainda longe de países europeus e asiáticos que consomem de 400 a 600kg por habitante, mas até 2015 devemos chegar de 230 a 250 – acredita Flávio Roberto.

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