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12/08/2008 - 10:02

Falta vontade política dos governos na questão da sustentabilidade

Para Roberto Waack, presidente do Conselho Consultivo do Instituto para o Agronegócio Responsável (Ares), as empresas estão tomando a dianteira no processo da sustentabilidade por sua maior agilidade e interesse em usufruir de políticas benéficas ao meio ambiente e à sua imagem.

As empresas deverão tomar a dianteira na questão do crescimento sustentado do agronegócio. Essa é a opinião de Roberto Waack, presidente do Conselho Consultivo do Instituto para o Agronegócio Responsável (Ares). Waack argumenta que a principal dificuldade na implementação de políticas de responsabilidade socioambiental é a falta de vontade política dos governos, sempre engessados entre lobbies e a sua própria lentidão em decidir.

Waack afirma ainda que a atuação das Organizações Não-Governamentais também vem deixando a desejar, por conta de entidades que declaram objetivos que muitas vezes não estão preparadas para alcançar. De acordo com o executivo, as empresas estão tomando a dianteira no processo da sustentabilidade por sua maior agilidade e interesse em usufruir de políticas benéficas ao meio ambiente e à sua imagem. Segundo ele, esse papel é ainda mais forte entre as empresas da América Latina, onde há mais natureza a conservar do que em regiões do globo em que há muito pouco ou nada a preservar, como na África, Ásia e Europa. “A sustentabilidade é um compromisso ético com o futuro. E não é um fim, mas sim um processo, este sim, sem fim”, afirmou ele.

Waack preside o conselho de uma entidade criada em setembro do ano passado para ser o centro de referência de discussões ambientais para o agronegócio. Nesta segunda-feira (11), ele discursou no 7º Congresso Brasileiro de Agribusiness da Abag (Associação Brasileira de Agribusiness). O tema principal do encontro é o aquecimento global e seu impacto sobre o agronegócio no Brasil.

Outro palestrante, Virgílio Viana, diretor geral da Fundação Amazonas Sustentável, considera que as empresas têm papel fundamental de liderança nesse tema, mas argumenta que muitas delas ainda falam em sustentabilidade de forma cosmética, “apenas com a idéia de produzir um bom livro de fim de ano sobre o assunto”. Ele reconhece que há iniciativas arrojadas do setor privado em prol da sustentabilidade, mas acredita que o papel das ONGs ainda é preponderante no processo..

Viana lembra que o agronegócio não pode ser um vetor para a destruição da Amazônia, e citou casos em que a abertura de estradas como justificativa para o progresso acabou por arrasar as áreas ao redor do leito. Segundo ele, ferrovia e hidrovia são as melhores e mais sustentáveis opções para conciliar crescimento econômico com preservação da mata naquela região.

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