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O idoso no Brasil: Vantagens ou desvantagens?

São Paulo - Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas até 2025. Ainda é grande a desinformação sobre o idoso e sobre as particularidades do envelhecimento em nosso contexto social. Daí, o alerta ao governo brasileiro para a necessidade de se criar, o mais rápido possível, políticas sociais que preparem a sociedade para essa realidade.

Num país como o nosso, que vê sua população mudar pouco a pouco, ter conhecimento de entidades que se dedicam a mudar a situação do idoso depressivo, abandonado pela família e sem projetos é de grande valia.

O idoso como consumidor significa também acabar com vários fatores do preconceito que acompanham a chamada terceira idade. No nosso país a maior parte dos produtos vendidos para idosos está muito mais associada à incapacidade de locomoção e à condição física limitada do que ao crescimento desse grupo etário no mercado consumidor. Outro grande grupo de “produtos” oferecidos a idosos é o dos fármacos.

Existe ainda um terceiro setor, o dos seguros de vida, que vem expandindo sobre o universo da terceira idade. Nessa questão, os idosos aparecem mais como seres para propagandas e comerciais do que como os mais potenciais consumidores. É comum ver pessoas idosas em comerciais de companhias de seguro na intenção de dar credibilidade ao “produto” vendido.

De acordo com o Consultor Financeiro e Presidente da Boriola Consultoria, Dr. Cláudio Boriola, é preciso tomar cuidado com a maneira de só pensar nas perdas desse segmento da nossa sociedade. “Existe uma parte deste segmento que vem a descobrir, na maturidade, o quanto pode fazer. Muitos consideram que a aposentadoria é a grande chance de fazer o que sempre quiseram e nunca puderam é fundamental olhar para os “novos velhos” com mais realidade. Eles também são responsáveis, hoje, pela manutenção de parte da educação, saúde e alimentação de netos e até mesmo por toda a família”.

Os aposentados são assediados a todo o momento pelas campanhas dos bancos que oferecem empréstimos consignados em folha de pagamento. Para quem não resiste ao apelo das facilidades apontadas, como a liberação do dinheiro sem burocracia, os juros entre 1,75% e 3% ao mês, bem menores que as taxas cobradas por outras modalidades de crédito pessoal, e prazos elásticos, de até três anos, a oferta dos bancos pode representar o caminho de endividamento sem necessidade.

“O risco é o aposentado cair na tentação do empréstimo para a compra de algum bem supérfluo e ficar sem dinheiro para o momento em que realmente precisar dele, como no caso da compra de remédios”, alerta o especialista”.

Cláudio Boriola explica que a taxa de juros para o desconto em folha é inferior à média cobrada pelo mercado por causa da segurança que os bancos têm para receber os valores, descontados na fonte. “Geralmente são pessoas simples, que não têm o hábito de planejar seu orçamento, muitas recebem apenas um salário mínimo e ainda terão parte desse valor descontado na folha”.

Ainda de acordo com Boriola, ser idoso hoje em dia, infelizmente não é uma tarefa fácil. “Se não bastasse o desprezo de órgãos públicos que oferecem a mínima assistência a estes que ajudaram a construir o nosso País, têm que conviver com o desprezo muitas vezes de familiares que acabam abandonando-os em casas de repousos. Falar do “benefício” que recebem da Previdência também é algo complicado e lastimável, como podem viver com a ajuda de um simples salário mínimo se este não dá nem mesmo para a compra de remédios? É por isso que bancos abusam da oportunidade para enfiar empréstimos e prejudicando ainda mais a vida destes idosos”.

Cláudio Boriola faz um alerta ao Poder Público: “Cadê o coração de vocês? Será que não pensam que um dia também serão idosos? Os nossos velhinhos contribuíram tanto tempo com a Nação, por que vocês não dão à eles melhores condições de vida? Cadê os investimentos públicos? É hora de mudarem esta situação!”, conclui.| Por: Boriola Consultoria

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