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13/08/2008 - 10:04

Atacado distribuidor registra alta no primeiro semestre

Inflação dos alimentos influenciou no resultado do período, mas não impediu o crescimento do setor.

Pinhais – A ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores apresentou no dia 10 de agosto (segunda-feira), em coletiva à imprensa o desempenho do setor no primeiro semestre deste ano, na abertura dos trabalhos da 28ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor e Sweet Brazil International, que acontece de 11 a 14 de agosto, no Expotrade Convention Center, em Curitiba.

O Atacado Distribuidor sofreu forte impacto da inflação dos alimentos e apresentou crescimento real de 3,48% no período, na comparação com o mesmo período de 2007. Em maio, o acumulado do índice de desempenho do atacado distribuidor era de 5,20%. O desempenho negativo de 5,06% do mês de junho, em relação ao mês de maio deste ano, contribuiu para a desaceleração. Na comparação com junho do ano passado, a variação foi negativa em 4,76%.

De acordo com Geraldo Eduardo da Silva Caixeta, presidente da ABAD, a alta generalizada no preço dos alimentos e demais itens da cesta básica, foi a grande responsável pelo resultado alcançado pelo setor atacadista distribuidor no primeiro semestre do ano. “A inflação foi significativa e atinge, principalmente, as classes de renda mais baixa, - onde se concentra a maioria dos clientes do pequeno e médio varejo. Essa parte da população deixou de comprar uma variedade de outros itens considerados supérfluos, direcionando seus gastos no suprimento de suas necessidades mais próximas” comenta.

Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a inflação acumulada do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor - de 3,64% no primeiro semestre foi a maior dos últimos cinco anos. “No entanto, os produtos considerados da cesta básica tiveram alta de preços em média superiores a 50% nos últimos doze meses em todo o Brasil. Essa disparada dos preços dos alimentos causou impacto bem superior no conjunto de itens de consumo, principalmente nas camadas situadas nas classes B, C, D e E”, explica o presidente.

O resultado registrado no primeiro semestre do ano fez com que a ABAD revisasse para baixo as projeções de crescimento real para o ano de 2008. O consumo deve melhorar com a estabilização do preço dos alimentos como o feijão, arroz, soja e derivados do trigo e impactará positivamente no crescimento anual do setor, mas ainda abaixo dos 8% inicialmente projetados

“Devemos registrar um incremento de até 6%, pois os preços ainda continuarão mais altos do que no ano passado, mas haverá uma acomodação em um patamar aceitável e com a melhora da renda a tendência é que o consumo aumente”, acredita Caixeta.

Em 2007, o setor atacadista distribuidor atingiu um faturamento de R$ 105,8 bilhões, com crescimento real de 6,5% e nominal de 10,3%, na comparação com o ano de 2006. O montante significa 53,3% do mercado de consumo do varejo alimentar, que somou R$ 198,5 bilhões em 2007, contra uma participação de 53,1% em 2006, em um mercado de R$ 180,5 bilhões, de acordo com levantamento da Nielsen. Isso significa que, de cada R$ 100 reais comercializados pelo varejo mercearil, o atacado foi responsável pela venda de R$ 53,3. Atualmente mais de 970 mil pontos de venda são atendidos pelos atacadistas distribuidores no País.

No mesmo ano, em distribuição e entrega, o Martins (MG) foi o líder com R$ 3,37 bilhões de faturamento em 2007, seguido pela Profarma (RJ) com R$ 2,6 bilhões e pela Tambasa (MG), com R$ 800 milhões.

No auto-serviço, o Makro (SP) é a maior empresa do País, com uma receita bruta de R$ 4,5 bilhões. No segundo lugar aparece o Assai (SP), novidade no Ranking desse ano e que somente nessa modalidade teve um faturamento de R$ 1,184 bilhão em 2007. Na terceira posição figura o Villefort (MG), com R$ 281 milhões.

O Carvalho Atacado (PI) é o líder na modalidade balcão, com um faturamento de R$ 157 milhões em 2007. O Rio Vermelho (GO) aparece na seqüência, com R$ 76 milhões em vendas. Logo depois em terceiro está o Zenilda Rebouças (BA), com R$ 74 milhões.

O Martins aparece mais uma vez como o líder, agora, na modalidade operação logística, com R$ 34 milhões faturados, seguida pela Distribuidora Muller (SC), com R$ 12,8 milhões e pela WDA Distribuidora (SP), com R$ 5,5 milhões.

Na operação de vendas, a Johncenter (RJ) teve uma receita de R$ 28,9 milhões e foi a primeira, seguida pela B&A (PB), com R$ 26,8 milhões. O Tozzo e Cia (SC), com R$ 20,7 milhões, foi o terceiro.

Modalidades.: O distribuidor compra e vende produtos da indústria com as quais possuí vínculo de exclusividade de produtos ou de território. O atacado de entrega, auto-serviço ou balcão, compra e vende produtos da indústria sem vínculos de exclusividade ou de território.

O operador de vendas, com nota fiscal da indústria, trabalha no ponto de venda, cobrança e pós-venda, tarefas pelas quais recebe a sua remuneração.

O operador logístico faz as funções de movimentação, armazenagem e distribuição física, pelas quais recebe a sua remuneração.

28ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor e Sweet Brazil International - A 28ª Convenção Anual (ABAD 2008 Curitiba), que acontece de 11 a 14 de agosto no Expotrade, em Pinhais, Paraná espera receber mais de 240 expositores e 30 mil visitações durante o evento. Considerado pelos expositores de eventos anteriores como um espaço privilegiado para realizar negócios e fortalecer novos relacionamentos, a ABAD 2008 Curitiba é o maior encontro do setor atacadista distribuidor da América Latina. Além de receber empresários do setor atacadista distribuidor de todas as regiões, também atrai profissionais da América Latina, além dos Estados Unidos, Europa e do Oriente Médio e representantes da indústria e do varejo. “No evento do ano passado, realizado em Recife, mais de 80% dos nossos expositores declararam que realizaram negócios durante a feira, o que demonstra a qualidade do nosso evento e comprova a força e a representatividade do nosso setor”, comemora Geraldo Eduardo da Silva Caixeta, presidente da ABAD.

Uma pesquisa realizada junto aos expositores e convencionais na última edição do evento, realizada em Recife, mostrou que quase 60% dos visitantes são empresários e executivos do atacado distribuidor. De todos esses representantes, mais de 80% declararam ter realizado negócios durante a Convenção.

A ABAD investiu R$ 4 milhões para a realização do evento. Somando os custos dos expositores, o investimento total do evento é de R$ 22 milhões. Além de atrair um grande número de turistas, praticamente responsável por lotar a capacidade hoteleira da cidade, a ABAD 2008 Curitiba gera cerca de 3 mil postos de trabalho temporários na cidade.

Perfil da ABAD - A ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) foi fundada em 1981 e hoje tem maciça representatividade nacional com 27 filiadas estaduais. São cerca de 3.439 empresas associadas, sendo: 2.512 atacadistas distribuidores e 927 indústrias e prestadores de serviços. O setor atacadista distribuidor gera mais de 169 mil empregos diretos e tem equipe superior a 65 mil representantes comerciais autônomos. Possui frota de aproximadamente 69 mil caminhões e atende mais de 970 mil pontos de vendas em todos os municípios brasileiros. Em 2007, segundo dados do Ranking ABAD, realizado pela Nielsen, o setor atacadista distribuidor apresentou um crescimento real de 6,5% e faturou R$ 105,8 bilhões (preços de varejo), o que representa 53,3% do mercado de abastecimento brasileiro.

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