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14/08/2008 - 10:55

Eleições municipais aquecem demanda do setor gráfico

Impressão de santinhos e outros materiais de campanha devem gerar R$ 400 milhões à indústria gráfica em 2008. Contudo, não deve haver contratação significativa de pessoal.

À medida que as campanhas se intensifiquem em todo o Brasil, os reflexos vão sendo sentidos no mercado gráfico. Segundo dados do Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), as eleições municipais de 2008 devem impulsionar o segmento promocional do setor. A projeção é gerar um acréscimo de demanda nesse segmento da ordem 30% no segundo semestre, ante 1,41% no acumulado de janeiro a maio.

O segmento promocional responde por 11,92% do total da indústria gráfica, e em 2007 sua produção foi de R$ 2,71 bilhões. A perspectiva é que o segmento cresça 14,4% no ano de 2008 (jan a dez), acumulando um total de R$ 3,1 bilhões. Esse resultado deve gerar algo em torno de R$ 400 milhões de receitas adicionais, no máximo, para o setor como um todo.

Alfried Plöger, presidente da Abigraf, ressalta que as eleições municipais normalmente têm impacto maior na indústria porque, para muitos candidatos, representam a iniciação na carreira política. “Em tese, as eleições municipais, que são o ponto de partida na carreira política, devem demandar, proporcionalmente, mais material gráfico do que as nacionais, que tendem para o uso da mídia eletrônica”.

Por outro lado, o presidente ressalta que as campanhas são muito regionais e localizadas, concentrando o trabalho nas gráficas de pequeno porte e por um período curto, de cerca de três meses – os que antecedem as eleições. Como as eleições serão em outubro e novembro, esse aquecimento está previsto para os meses de julho, agosto e setembro.

Segundo dados do mercado, um vereador em campanha costuma encomendar algo em torno de 400 faixas e mandar imprimir cerca de 100 mil santinhos. Já a mídia externa de grandes formatos não sofre tanta valorização na eleição porque a lei federal é muito restritiva, não pode outdoor, não pode placa grande, não pode brindes. Sobram apenas aqueles cavaletes e os estandartes de 1 metro por 2, que podem ser instalados apenas se alguma pessoa ficar ao lado, de guarda. Um candidato a vereador de São Paulo, por exemplo, costuma encomendar uma média de mil metros quadrados desses estandartes, e mais 600 metros quadrados de cavaletes.

Para Plöger, esse fator sazonal influenciará pouca coisa no desempenho total do setor, que em 2007 registrou R$ 22 bilhões, uma vez que o segmento promocional tem uma representatividade pequena no total produzido pela indústria gráfica. Outro aspecto que também deve manter-se sem grandes alterações é a contratação de pessoal. Durante o último pleito, a Abigraf não registrou número significativo de vagas temporárias de trabalho no setor. Atualmente, a força de trabalho está estabilizada na casa dos 200 mil empregos, e a ocupação do parque gráfico é de aproximadamente 75%. | www.abigraf.org.br

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