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14/08/2008 - 11:25

BNDES aprova apoio financeiro de R$ 1,2 bilhão à Brenco

O projeto prevê a geração de 8,4 mil empregos diretos e mecanização de 100% da colheita .

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou apoio financeiro de R$ 1,2 bilhão para a Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco). Os recursos serão destinados à implantação do Pólo de Alto Taquari-Mineiros, composto por quatro unidades de processamento de cana-de-açúcar e implantação da lavoura, nos municípios de Alto Taquari (MT), Costa Rica (MS) e Mineiros (GO).

O projeto prevê a construção de quatro unidades, sendo duas previstas para entrarem em operação em 2009 e duas outras em 1010. Ao todo, as unidades terão capacidade instalada de moagem de 15 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, de produção de 1,4 milhão de metros cúbicos de etanol e poderão exportar até 220 MW de energia elétrica.

Parcela do projeto receberá financiamento diretamente do BNDES e outra será repassada por intermédio de um pool de bancos. Os investimentos totais somam R$ 1,8 bilhão, divididos entre as áreas industrial, agrícola e de co-geração de energia. Os recursos do BNDES para a Brenco incluem, ainda, financiamento a projetos ambientais e sociais, envolvendo a comunidade no entorno das unidades.

O projeto apoiado pelo BNDES tem como principais méritos aquisição de equipamentos nacionais, no montante de R$ 880 milhões, geração de 8,4 mil empregos diretos e mecanização de 100% da colheita. As unidades trabalharão durante a safra com três turnos, de oito horas cada um.

Além disso, o empreendimento envolve a construção das unidades em áreas de nova fronteira da cana e com produção em larga escala. A Brenco, que adota práticas de governança corporativa, tem como foco a produção de etanol e eletricidade, duas fontes de energia renovável consideradas prioritárias pelo governo.

Diversos países começam a pensar uma nova matriz energética, mais limpa e renovável, em função dos vários fatores, como a escalada do preço do petróleo, os conflitos existentes nas principais áreas produtoras e a perspectiva de escassez do produto ainda neste século. Tudo isso aliado à necessidade de se estabelecer programas que visem à redução de emissões dos gases que contribuem para o efeito estufa.

O Brasil se destaca no cenário internacional por acumular experiência de mais de 30 anos de uso do bioetanol como fonte alternativa de combustível limpo, detendo características que lhe asseguram vantagens competitivas sobre os demais países produtores.

Tal fato resulta numa oportunidade para se firmar como grande fornecedor de energia renovável para o mercado doméstico e internacional. O país também vem aumentando seu mercado interno de consumo de álcool pelo aumento da frota de veículos flexíveis.

Neste sentido, projetos como o da Brenco, que envolvem grande escala de produção com baixo custo e focados em etanol e cogeração de energia, têm sido cada vez mais freqüentes na carteira de operações do BNDES. Os desembolsos do Banco para o setor sucroalcooleiro, que totalizam cerca de R$ 10 bilhões desde 2004 até julho de 2008, têm sido crescentes, conforme ilustra o gráfico.

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