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15/08/2008 - 10:08

CAP aprova inclusão de nova área para a construção naval


O Conselho de Autoridade Portuária do Porto do Rio Grande (CAP/Rio Grande), em reunião realizada no dia 14 de agosto (quinta-feira), aprovou por unanimidade a proposta de alteração no Plano de Zoneamento das áreas do Porto Organizado do Rio Grande, destinando para construção e reparo naval uma área de 22,9 hectares, ao lado do Dique Seco, no trecho 2 do Superporto, área até então destinada a granéis líquidos e fertilizantes.

A proposta de alteração no zoneamento do Porto do Rio Grande foi apresentada pelo Governo do Estado do RS, através da Secretaria de Infra-Estrutura eLogística (Seinfra), que além da área aprovada, também solicitou a inclusão de uma área entre os terminais do Tecon Rio Grande e Termasa, atualmente destinada a implantação de um novo terminal de contêineres, para instalação de um estaleiro destinado à construção de pequenas e médias embarcações de apoio à plataforma marítima. Por tratar-se de áreas diferentes o CAP votou favorável ao desmembramento da proposta. Dessa forma, os conselheiros aprovaram a área junto ao dique seco e decidiram realizar uma reunião extraordinária no próximo dia 26, às 13h30min, na sede da Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg), para discutir mais detalhadamente a solicitação da outra área.

Conforme o presidente do CAP/Rio Grande, Hélio José da Silva, o Conselho sentiu a necessidade de uma nova reunião para discutir a proposta da inclusão de mais uma área destinada a construção e reparo naval, alterando o Plano de Zoneamento. "A análise mais aprofundada desta área deve-se também a solicitação do local para a implantação de um terminal de arroz, podendo ser possível ainda destinar o terreno às duas atividades. Assim pedimos a Suprg que se posicione sobre a matéria apontando a melhor destinação para o local, para posteriormente o CAP se pronunciar. Além disso, foi constituída uma comissão com um representante de cada bloco que compõe o Conselho, para que acompanhem e auxiliem a Suprg no exame da questão", disse Silva.

O pedido de alteração de área deve-se a solicitação que o Governo do RS recebeu da WTorre (construtora do dique seco), que manifestou interesse na área de 22,9 hectares ao lado de seu empreendimento para a implantação do Estaleiro Rio Grande 2 (ERG2), que compõem o complexo Naval Offshore do Rio Grande. Também foi requerido ao Governo a área entre o Tecon e a Termasa para a implantação de um estaleiro da Wilson Sons. Com a aprovação do CAP de alterar o zoneamento o Governo fará os trâmites legais para realizar a cessão de uso não-oneroso da área para o ERG2, válido somente enquanto for exercida as atividades de estaleiro. O processo irá para aprovação da Assembléia Legislativa do Estado do RS. Em contrapartida será assinado um protocolo de intenções onde o Estaleiro Rio Grande se comprometerá em investir na qualificação e na contratação de mão-de-obra da região. O mesmo procedimento deverá ser adotado para a outra área, caso seja aprovada a alteração do zoneamento.

Complexo Naval Offshore - Com a mudança do Zoneamento do Porto do Rio Grande e a possível destinação da área ao Estaleiro Rio Grande, o Complexo Naval Offshore do Rio Grande, contará com três áreas. O Estaleiro Rio Grande 1 (ERG1), localizado junto ao dique seco, compreenderá a construção, implementação e operação de uma infra-estrutura capaz de construir, converter e reparar embarcações offshore, tais como semi-submersíveis, FPSO e similares, no dique seco. O ERG2, área agora aprovada, terá como objetivo complementar a capacidade de aço, tubos e acessórios de casco para todo o Complexo Naval Offshore. Por último, o Estaleiro Rio Grande 3 (ERG3), localizado em área em frente ao dique seco no Distrito Industrial, será destinado a instalação de uma área industrial focada no fornecimento de infra-estrutura para empresas da região na prestação de serviços e/ou materiais, para as áreas 1 e 2. O Complexo Naval Offshore irá gerar mais de 11 mil empregos na região.

ERG2 - O ERG2 será um estaleiro de infra-estrutura de suporte à construção de plataformas e de embarcações de apoio offshore, complementando as necessidades industriais e de cais de atracação do ERG1. Com a construção das oficinas na nova área a capacidade mensal de processamento de aço de 1,5 mil toneladas/mês prevista para serem produzidas no ERG1 será adicionada em mais 4,5 mil toneladas de aço, 2 mil peças de tubos e 500 toneladas de acessórios de casco por mês.

Além disso, com a nova área, o estaleiro Rio Grande contará com mais um cais de 350 metros, possibilitando a construção de embarcações simultâneas. Conforme o gerente de implantação do Estaleiro Rio Grande, Roberto Dieckmann, essa nova área se fez necessária devido às demandas que a Petrobras apresentou recentemente, após a descoberta de um megacampo na camada pré-sal. Com isso estão previstas a construção de oito plataformas de petróleo do tipo FPSO no dique seco de Rio Grande. A estrutura atual não seria suficiente para o processamento de aço necessário a nova demanda, tendo esse trabalho que ser realizado em outro estado. Com o ERG 2 todo o aço necessário será produzido em Rio Grande. "Com essa nova estrutura ampliaremos o percentual de participação na construção de cada plataforma. Estimamos que com ERG2 e 3 seja movimentado aproximadamente R$ 1,2 bilhão por ano, totalizando 10 bilhões durante os primeiros oito anos", salientou Dieckmann. || www.portoriogrande.com.br

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