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Empresários de Mato Grosso conseguem economia em compras conjuntas

Balanço de 2006 aponta economia média de 26,88% na compra de insumos. Em alguns produtos redução foi da ordem de 88,71%.

Cuiabá - Operando desde 2005, a Central de Negócios do Arranjo Produtivo Local (APL) de Móveis de Cuiabá e Várzea Grande tem conseguido significativa redução nos custos dos insumos por conta da união de seus empresários.

No balanço de 2006, foi registrada uma economia média de 26,88%, chegando até 88,71% em alguns itens. Esse é o caso do pé nivelador ¼ x ¾ com bucha, cujo preço unitário de revenda é R$ 1,24, tendo sido comprado pela central a R$ 0,14. Em 2005, a redução de custos na compra de insumos foi de 21%.

Segundo o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário do Estado de Mato Grosso (Sindimóvel), Fernando Ávila, nestes quase dois anos foi possível criar uma visão junto aos fornecedores de que o grupo é forte e precisa ser tratado com atenção e cuidado. "Estamos fazendo troca de fornecedores entre as empresas e a economia que conseguimos já está chegando ao consumidor final", explica, acrescentando que, com a redução dos custos de produção, está sendo possível fazer uma economia de 7% a 8% no preço final dos produtos.

Montada com apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT), a central reúne 22 empresas e uma das metas para 2007 é ampliar em 50% o número de participantes.

Segundo Fernando Ávila, os resultados obtidos significam um estímulo para que outras empresas se associem à Central de Negócios. "Ainda este ano, nós vamos criar um caixa da central para que possamos efetuar as compras à vista, melhorando as condições de negociação", adianta.

O técnico da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae/MT, André Schelini, lembra que a Central de Negócios poderá se beneficiar da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. "A lei possibilita a criação de consórcios formados por micro e pequenas empresas para compras e vendas conjuntas", ressalta.

André acrescenta que a intenção é conseguir melhores preços com ganho de escala nas compras de insumos, permitindo que micro e pequenas empresas atendam pedidos maiores, que não teriam capacidade de cumprir individualmente. A Lei Geral ainda depende de regulamentação da Receita Federal. Ela permitirá a emissão de uma só nota fiscal.

A participação de grupos de empresas em licitações para compras governamentais é outra vantagem que a nova lei apresenta. Ela garante exclusividade às empresas de pequeno porte nas licitações para compra de bens e serviços de até R$ 80 mil, proibindo a participação de grandes empresas nessas compras.

Mato Grosso tem ainda outra central de negócios das indústrias do mobiliário em Lucas do Rio Verde, que está sendo ampliada para toda a região de Sinop. Existem ainda outras centrais dos setores da construção civil, supermercados e farmácia.

Cerca de 50% dos estabelecimentos comerciais brasileiros estão ligados às Centrais de Negócios. Em 2005, havia 249 no Brasil, sendo 126 de supermercados. As centrais criadas para atender os supermercadistas movimentam mais de R$ 15 bilhões, o que representa 15% do faturamento do setor. O setor de materiais de construção e de farmácias tinha 36 e 37 centrais, respectivamente, seguidos da área moveleira, com 23. | Por: Rita Comini/Sebrae Nacional

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