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Maranhão terá duas novas cooperativas de crédito

A Credisul, com sede em Grajaú, e a Credima, em Açailândia, começam a operar no início do segundo semestre e serão alternativas de acesso a serviços financeiros.

Brasília - Duas cooperativas de crédito, voltadas para o atendimento de pequenos e microempresários rurais e urbanos, devem entrar em funcionamento, no Maranhão, no início do segundo semestre deste ano. A Credisul em Grajaú, um pólo gesseiro, e a Credima em Açailândia, município mais voltado para a agropecuária.

As duas cooperativas vão atender um total de nove municípios maranhenses e estabelecer um início de competição com os bancos comerciais em favor dos empreendedores formais e informais. Concorrência indispensável para se ampliar significativamente o acesso a serviços financeiros, incluindo crédito, com redução de custos. Grajaú e Açailândia contam com apenas uma agência bancária cada, o que vem resultando sempre em atendimento difícil e demorado para a clientela.

A partir desta semana, o Banco Central estará dando tratamento prioritário à análise da proposta, em sua versão final, de criação da Credisul e, na primeira quinzena de março, passará também a analisar a da Credima. As propostas precisaram ser refeitas porque as originais levavam em consideração um cenário econômico já superado. Por exemplo, as planilhas financeiras, encaminhadas ao BC, em 2003 e 2004, foram feitas com projeções fixas para as taxas de juros, inflação e tarifas.

"O cenário utilizado para a construção das planilhas está superado. A conjuntura atual é de um maior crescimento econômico, redução das taxas de juros e da inflação. Além disso, o Banco Central solicitou que trabalhássemos também com projeções de queda nas tarifas cobradas sobre os serviços prestados", informa Walter Monteiro, do Sebrae no Maranhão.

Monteiro participou da reunião, no final de janeiro último, em Grajaú, com o consultor do Banco Central, Abelardo Duarte de Melo Sobrinho, e o chefe de gabinete da Diretoria de Administração e Finanças do Sebrae Nacional e especialista em cooperativismo de crédito, Eddi Yamamura. Participaram da reunião 120 pessoas, incluindo políticos locais; um demonstrativo da importância da Credisul para a região.

Os comitês de constituição das cooperativas são integrados por pessoas qualificadas e motivadas, avaliam tanto Walter Monteiro como Wamberg Amaral, também do Sebrae no Maranhão. Segundo ele, a visita de representantes do Sebrae Nacional e do Banco Central foi importante porque deixou claro que o cooperativismo de crédito é uma prioridade de todo o Sistema Sebrae e do governo.

"Cada vez mais as cooperativas consolidam-se como alternativas viáveis e de acesso a serviços financeiros. Elas são instrumentos de desenvolvimento local porque os recursos captados são investidos na própria região", afirmou Wamberg.

Para Monteiro, a visita deixou claro o potencial econômico da região, o que facilitará a análise final do Banco Central. "Nossos empresários estão sensibilizados, receptivos, ansiosos. Desde que o presidente Lula sinalizou o cooperativismo como prioridade, o Sebrae abraçou com força essa causa. Promovemos missões técnicas a outros estados, como Minas Gerais, onde o cooperativismo tem grande qualidade, organizamos seminário e treinamentos. Não estamos caindo de pára-quedas. Estamos junto com sindicatos de produtores rurais, com a Câmara de Dirigentes Lojistas, as Associações Comerciais e Industriais", disse.

Hoje, no Maranhão, existem quatro cooperativas em funcionamento, mas todas funcionam de forma fechada, apenas para determinados grupos de funcionários públicos e empregados. Por isso, as cooperativas de Grajaú e Açailândia vão representar uma grande inovação na área de prestação de serviços financeiros. A reunião com Yamamura e Abelardo atraiu 70 participantes, na sede local do Sebrae, em Açailândia.

"Essa visita foi uma injeção de ânimo para todos. Muitos empresários que haviam deixado de pagar as mensalidades correspondentes à integralização de capital das cooperativas, retomaram imediatamente o pagamento", informou Wamberg. | Por: Clara Favilla/Sebrae Nacional

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