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19/08/2008 - 13:01

Equipes de AeroDesign do Rio e Espírito Santo investem nos aviões para competição

Competição será realizada de 16 a 19 de outubro, em São José dos Campos, SP, e terá 6 equipes do Rio e Espírito Santo.

Ao invés do descanso, estudantes de seis instituições de ensino superior do Rio de Janeiro e Espírito Santo aproveitaram as férias de julho para trabalhar nas aeronaves que irão disputar a Competição SAE BRASIL AeroDesign. Com isso, os aviões estão quase prontos para a competição de engenharia aeronáutica, que chega à 10a. edição e será realizada de 16 a 19 de outubro, no Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos, SP.

Durante a competição, cerca de 80 universitários cariocas e capixabas irão submeter seus aviões rádiocontrolados a avaliações de juízes da indústria, com mais 71 equipes do Brasil, Venezuela e México.

As equipes contam, em média, com 10 a 15 estudantes de graduação e pós-graduação (stricto sensu) de Engenharia, Física e Ciências Aeronáuticas, de importantes instituições, e têm, em comum, a paixão por aviões. Assim, ao aceitarem o desafio proposto pela SAE BRASIL - desenvolver, construir e submeter as aeronaves a avaliações quanto à concepção e desempenho, conforme o regulamento da competição (disponível no site www.saebrasil.org.br) -, as equipes não medem esforços.

No Rio de Janeiro, a equipe UFFO AeroDesign, da Universidade Federal Fluminense, já começou a realizar os testes no avião, que tem como ponto forte 3 m de envergadura da asa. Além da equipe da UFFO, o Estado carioca será representado por estudantes do CEFET, Instituto Militar de Engenharia, PUC e Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Ferramentas - Além de pesquisarem muito, as equipes buscam o auxílio de softwares de modelagem 3D, análise estrutural e outras práticas de simulação e testes. Na construção, predominam materiais, como plástico reforçado com fibra de carbono e vidro, alumínio, poliestireno expandido (isopor), madeira balsa e ‘honeycomb’, que ajuda a dar leveza e resistência à estrutura do avião.

"Estes são materiais são fáceis de encontrar, econômicos, leves e oferecem maior resistência”, explica Gustavo Alves, capitão da equipe Venturi, do CEFET RJ. A equipe utiliza fibra de carbono na fabricação da aeronave e por isso espera estar entre as primeiras equipes colocadas no evento.

Ao final da competição, as duas equipes da Classe Regular e a primeira da Classe Aberta que obtiverem melhor pontuação ganharão o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, em 2009, nos Estados Unidos, onde equipes brasileiras acumulam histórico expressivo de participações, incluindo três primeiros lugares nas classes Regular e Aberta. A East Competition é realizada pela SAE International, instituição que deu origem a SAE BRASIL e da qual esta é afiliada.

Conhecimento - Para as equipes, participar de um projeto de engenharia e agregar conhecimento profissional com as diversas áreas envolvidas é o principal ganho na competição. “Conseguimos enxergar o mundo real da engenharia, do conceber ao acompanhar os resultados, sem contar que aprendemos a cumprir prazos e ultrapassar metas”, aponta Mateus Milanez, integrante da equipe Alves, da Universidade Federal do Espírito Santo.

O Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais, realizado pela SAE BRASIL, através de Seção São José dos Campos, com regulamento elaborado baseado em desafios reais enfrentados pelos profissionais da indústria aeronáutica. O objetivo é propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais do segmento da mobilidade.

Regulamento - Os aviões participantes da Competição são distribuídos em duas categorias: Classe Regular e Classe Aberta. Na primeira, os aviões são monomotores, com cilindrada padronizada em 10 cc (10 cm3 ou 0,61in3). O regulamento impõe restrições geométricas que delimitam as dimensões máximas das aeronaves, que devem ser capazes de decolar em uma distância máxima delimitada, de 30,5m ou 61m, conforme o desafio escolhido pela equipe. Já a Classe Aberta não impõe restrições geométricas às aeronaves ou ao número de motores, desde que a soma das cilindradas dos motores não ultrapasse 14,9 cc (ou 0,91 in3). Esta categoria inclui estudantes de pós-graduação e restringe distância máxima de decolagem 61m ao projeto.

Para Carlos Alberto Briganti, diretor de Competições Estudantis da SAE BRASIL, os universitários que participam das competições da SAE BRASIL têm a oportunidade de pôr em prática conceitos adquiridos em sala de aula, aliados à gerencia de projetos e ao desafio das competições. "O que fazemos é estimular os futuros engenheiros a aplicarem e desenvolverem novas tecnologias, além oferecer a oportunidade de eles desenvolverem habilidades que, posteriormente, serão importantes ao chegarem no mercado, tais como planejamento de recursos e trabalho em equipe", afirma Briganti.

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