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Abiplast diz que faturamento da indústria do plástico em 2006 teve queda em reais na relação com 2005


A comparação da receita em dólar, que foi de US$ 17,24 bilhões, revela crescimento de 8,14%, diferença esta se deve ao câmbio depreciado.

A indústria brasileira do plástico fechou 2006 com um faturamento bruto total de R$ 37,5 bilhões, o que representa um encolhimento de 3,17% em relação aos R$ 38,7 bilhões faturados em 2005. De acordo com levantamento da área econômica da Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico, o cálculo em dólar revela uma receita bruta de US$ 17,24 bilhões, o que configura um aumento de 8,14% na comparação com os US$ 15,9 bilhões apurados no ano anterior. Segundo a entidade, a principal razão para essa diferença é a valorização da moeda nacional em relação à norte-americana.

A Abiplast divulgou também, em seu balanço de 2006, que foram produzidas 4,68 milhões de toneladas de resinas termoplásticas, o que significa um aumento de 12,63% na produção em comparação com 2005. O consumo aparente nacional de resinas ficou em 4,09 milhões de toneladas, registrando, assim, um aumento de 10,25% em relação ao consumo do ano anterior.

Quanto à balança comercial do setor, embora tenha havido crescimento tanto na importação, quando na exportação, o saldo continuou negativo e apresentou um crescimento em relação ao de 2005. Em 2006, as exportações de transformados plásticos totalizaram US$ 1,10 bilhão, registrando um crescimento de 13,39% em relação a 2005. Já as importações totalizaram US$ 1,44 bilhão, apontando um aumento de 17,7% na comparação com o ano anterior. Com isso, o saldo negativo na balança do setor, a diferença entre importações e exportações, subiu de US$ 258 milhões, em 2005, para US$ 344 milhões no ano passado.

Os números divulgados pela Abiplast mostram ainda que, em volume, a produção total de transformados de plástico em 2006 foi de 4,17 milhões de toneladas, o que significa um crescimento de 10,89% em relação a 2005. Nesse cálculo não está incluída a transformação de PET. Com base nesse dado, chega-se a um consumo per capita de plástico no Brasil de 21,78 kg, volume que tem se mantido nessa faixa desde o ano 2000.

De acordo com o presidente da Abiplast, Merheg Cachum, esses números simbolizam bem o estado de estagnação em que permanece o setor nos últimos anos, notadamente no último triênio. No seu entender, os motivos dessa situação, além do já mencionado câmbio depreciado, são a maior carga tributária do mundo e a permanência de uma das maiores taxas de juros reais do planeta, mesmo com a recente tendência de queda. “Não é possível manter competitividade suficiente para concorrer com produtos de outros países arcando com esses custos existentes no Brasil”, afirma Cachum. “Lamentavelmente, nós empresários brasileiros notamos que o país continua na contramão da história”, comenta.

Para o presidente da Abiplast, ou a sociedade – especialmente as autoridades econômicas –, cria as condições necessárias para reverter essa situação, ou caminharemos para um processo de “desinvestimento” e “desindustrialização” que, fatalmente comprometerá a competitividade das empresas brasileiras e também o crescimento econômico do País. A seu ver, já são visíveis os sinais de invasão de alguns produtos derivados de plásticos importados, sobretudo da China.

Além dessas evidências empíricas, há estudos que comprovam a perda de competitividade da indústria brasileira. Um recente levantamento feito pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) revela que a média do Índice de Competitividade (IC) do Brasil entre 1997 e 2004, foi de 19,1 pontos, em uma escala de 0 a 100. Esse nível fica muito aquém da média de todos os 43 países pesquisados, que é de 53,4 pontos. Ela é inferior, inclusive, à média obtida pelos 11 países com o nível mais baixo de competitividade apurado no mesmo intervalo de tempo, que ficou em 22,9 pontos. | *Detalhes no site: www.abiplast.org.br

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