Colaboração muda os processos de negócios das empresas

Business Forum mostra empresas como Google, Goldcorp, Netflix e Procter & Gamble que chegaram ao desenvolvimento de produtos por meio da colaboração externa.

Destacar a importância da colaboração como agente transformador no modelo de negócio das empresas. Esse foi o ponto levantado por Luis Augusto Lobão Mendes, professor de Estratégia e Desenvolvimento Organizacional da Fundação Dom Cabral, durante a abertura da 8ª edição do Business Forum, encontro realizado pela IT Midia, entre dos dias 21 e 24 de agosto, em Comandatuba (BA), que reúne executivos financeiros das mil maiores empresas brasileiras.

Saber se beneficiar da colaboração é o grande desafio das companhias que devem tirar proveito desse modelo no qual a contribuição conjunta transforma paradigmas internos, muitas vezes engessados. Para o professor Lobão, as companhias precisam estar atentas para o fato que o fenômeno colaborativo não está mais atrelado, exclusivamente, à tecnologia. “Agora é uma questão global com a qual as organizações irão se adaptar mais cedo ou mais tarde”, diz.

Ainda segundo o professor, o momento não permite mais que as organizações deixem de romper paradigmas. “Abrir novas fronteiras, dentro de suas capacidades estratégicas, com certeza desponta em um crescimento de estrutura e de negócios”, diz. O que faz da colaboração um fator determinante hoje em dia.

Lobão mostrou exemplos de empresas que já atuam com esse modelo como a mineradora Goldcorp, a Netflix, o Google e a Procter & Gamble, que chegaram ao desenvolvimento de produtos por meio da ajuda de pessoas externas. “Essas empresas abriram suas estratégias e colocaram para o mundo quais são os desafios. O retorno, como o da Goldcorp, trouxe um resultado financeiro que levou a empresa a saltar de US$ 10 milhões para US$ 9 bilhões em dez anos”.

Outro ponto destacado por Lobão é a inovação. “Hoje, 30% das grandes empresas experimentam a inovação para atingir suas metas de crescimento. E este modelo não precisa vir necessariamente dos agentes internos”, informa. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), as companhias brasileiras que se valem da inovação por meio de recursos internos conseguem um sobre preço (valor acima do mercado) de 30% em seus produtos e levam ao mercado de seis a sete vezes a mais a quantidade de novos modelos.

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