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A Violência no Brasil e suas possíveis origens


Nos últimos tempos, a sociedade brasileira entrou no grupo das sociedades mais violentas do mundo. Atualmente, o país tem altos índices de violência doméstica (praticadas no próprio lar); violência urbana (violências praticadas nas ruas, como assaltos, seqüestros, extermínios etc.); violência familiar e violência contra a mulher, que, em geral, é praticada pelo marido, namorado, ex-companheiro etc... Porque esses índices aumentaram tanto nos últimos anos. Onde estaria a origem deste mal?

De acordo com o consultor financeiro e presidente da Boriola Consultoria, Dr. Cláudio Boriola, faltam iniciativas do Poder Público. “Falar de violência logo pensamos em descaso, falta de educação, emprego e até mesmo, políticas que visem o bem estar do povo brasileiro. Hoje em dia gasta-se absurdos com construções de presídios, sustentos de presos etc. Ao invés de investir tanto com estas questões, não seria melhor investir na educação de base da formação do homem? Como é que se tem uma vida digna com tantas desigualdades sociais neste país? Enquanto o cidadão de bem ganha seu mísero salário que muitas vezes não dá nem mesmo para o sustento próprio o que dirá da família, enquanto políticos corruptos arrecadam fortunas com os cofres públicos”. Não sou a favor de atos como roubos, furtos e nem muito menos com agressões físicas, mas, a desigualdade pode ser notada todos os dias em meio a mídia. Dias atrás um homem foi preso por ter “furtado” apenas três ou quatro bifes. Uma moça também teve o mesmo destino quando furtou um simples pote de margarina. Para a justiça, não importa o produto e nem o valor, tudo é considerado ilegal; Mas, se tudo é considerado ilegal, porque o pobre que rouba para comer é preso, enquanto autoridades máximas que fazem o que querem com o dinheiro público muitas vezes nem afastados são de seus cargos? Cargos estes, que nós, eleitores brasileiros, concedemos a tais”!, desabafa Boriola.

Para o especialista, infelizmente o governo tem usado táticas incorretas e conceitos falhos na hora de entender o que é conseqüência e o que é causa. “São vários os problemas sociais que produzem violência como um tipo de sintoma. Não resolve oferecer armas super poderosas a segurança pública para repressão policial se o problema que causa não for diagnosticado e eliminado”.

Cláudio Boriola faz um alerta à população. “Já é hora de a comunidade brasileira se conscientizar de que, violência não é ação. Violência é, na verdade, reação. O cidadão não comete violência sem motivo. É verdade que algumas vezes as violências recaem sob pessoas erradas, (pessoas inocentes que não cometeram as ações que estimularam o ato infracional). No entanto, os crimes existiram e alguém os cometeu, caso contrário não haveria violência”.

Causas Psicológicas da Violência - Segundo especialistas, em todo o Mundo as principais causas da violência são: o desrespeito - a prepotência -- crises de raiva causadas por fracassos e frustrações -- crises mentais (loucura conseqüente de anomalias patológicas que, em geral, são casos raros). Exceto nos casos de loucura, a violência pode ser interpretada como uma tentativa de corrigir o que o diálogo não foi capaz de resolver. A violência funciona como um último recurso que tenta restabelecer o que é justo segundo a ótica do agressor. Em geral, a violência não tem um caráter meramente destrutivo. Na realidade, tem uma motivação corretiva que tenta consertar o que o diálogo não foi capaz de solucionar. Portanto, sempre que houver violência é porque, alguma coisa, já estava anteriormente errada. É essa “coisa errada” a real causa que precisa ser corrigida para diminuirmos, de fato, os diversos tipos de violências.

No Brasil, a principal “ação errada”, que antecede a violência é o desrespeito. O desrespeito é conseqüente das injustiças e afrontamentos, sejam sociais, sejam econômicos, sejam de relacionamentos conjugais, etc. A irreverência e o excesso de liberdades (libertinagens, estimuladas principalmente pela TV), também produzem desrespeito. E, o desrespeito, produz desejos de vingança que se transformam em violências.

Nas grandes metrópoles, onde as injustiças e os afrontamentos são muito comuns, os desejos de vingança se materializam sob a forma de roubos e assaltos ou sob a forma de agressões e homicídios. Já a irreverência e a libertinagem estimulam o comportamento indevido (comportamento vulgar), o que também caracteriza desrespeito e produz fortes violências.

Observa-se que quando um cidadão agride o outro, ou mata o outro, normalmente o faz em função de alguma situação que considerou desrespeitosa, mesmo que a questão inicial tenha sido banal como um simples pisão no pé ou uma dívida de centavos. Em geral, a raiva que enlouquece a ponto de gerar a violência é conseqüência do nível de desrespeito envolvido na respectiva questão. Portanto, até mesmo um palavrão pode se transformar em desrespeito e produzir violência. Logo, a exploração, o calote, a prepotência, a traição, a infidelidade, a mentira etc., são atitudes de desrespeito e se não forem muito bem explicadas, e justificadas (com pedidos de desculpas e de arrependimento), certa­mente que ao seu tempo resultarão em violências. É de desrespeito em desrespeito que as pessoas acumulam tensões nervosas que, mais tarde, explodem sob a forma de violência.

“Diante de tais explicações de diversos especialistas, sabe-se que o desrespeito é a principal causa da violência, pode-se então combate-la diminuindo os diferentes tipos de desrespeito: seja o desrespeito social, desrespeito familiar, o desrespeito conjugal, o desrespeito econômico e o desrespeito entre as pessoas (a “má educação”). Em termos pessoais, a melhor maneira de combater a violência é agir com o máximo de respeito diante de toda e qualquer situação. Já o governo e as autoridades precisam estimular relacionamentos mais justos, menos vulgares e mais reverentes na nossa comunidade. O Poder Público necessita acabar com as explorações econômicas (as grandes diferenças de renda) e podar o excesso de “liberdades” no sistema educativo do país. Os abusos Públicos, praticados nos últimos tempos vem acabando com os valores éticos e morais e tornando as pessoas imprudentes, desrespeitadoras, irresponsáveis e inconseqüentes. Por este motivo, precisa-se também, reestruturar a punição infanto-juvenil tanto em casa quanto na escola”. Claudio Boriola que é autor do livro Paz, Saúde e Crédito e que defende a implantação da educação financeira nas escolas acredita que a boa educação se faz com corretos deveres e não com direitos insensatos. “Precisamos educar nossos adolescentes com mais realismo e seriedade para mantê-los longe de problemas, fracassos, marginalidade e violência. Se diminuirmos os ilusórios direitos (causadores de rebeldias e desrespeitos) e reforçarmos os deveres, o país não precisará colocar armas de guerra nas mãos da polícia para matar nossos jovens cidadãos (como tem acontecido tão freqüentemente)”, conclui Boriola.

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