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26/08/2008 - 11:37

Por um setor mais industrializado e profissionalizado

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, no primeiro semestre desse ano, o país bateu seu recorde histórico de contratação de trabalhadores com carteira assinada. Em todo o Brasil, foram gerados 1,361 milhões de empregos, um aumento de 24,3% em comparação ao mesmo período de 2007. Um dos setores da economia que ainda mais gera oportunidades de emprego é o da construção civil. Somente no primeiro semestre de 2008, o setor já gerou mais vagas formais do que em todo o ano de 2007: 229 mil novos postos de trabalho. Uma alta de 106%.

No setor estão crescendo também as empresas que trabalham com a locação e venda de equipamentos para a construção civil. Nos últimos meses, este segmento pôde comemorar um aumento de aproximadamente 30%. No entanto, os números ainda estão longe do que já é realidade em países bem mais desenvolvidos. Nos Estados Unidos, enquanto se usa de um a dois equipamentos para cada funcionário, aqui no Brasil a média é de um equipamento para cada dez trabalhadores. O país ainda está longe de ser um bom exemplo de consumidor de equipamentos.

O equipamento consegue realizar o mesmo trabalho em menos tempo, mas aqui no Brasil tudo é ainda realizado de forma artesanal e menos industrializado. No entanto, a adoção de mais equipamentos, pelo que alguns podem até imaginar, não significa ou representa riscos para a criação de novas oportunidades de emprego. O que pode mudar é a exigência por uma mão-de-obra mais qualificada, por profissionais mais bem capacitados para trabalharem como mestres-de-obra. Hoje, nos canteiros de obra, é possível perceber que há uma forte escassez de profissionais com esse perfil.

O que desejamos é que o ritmo de crescimento do setor (que atualmente representa mais de 5% de todo o PIB - Produto Interno Bruto do país) seja mantido, mas que haja também um esforço para torná-lo mais próximo de uma realidade que há tempos já é vista em outros países desenvolvidos ou que agora pode também ser conferida em outros países que estão passando por esse processo de industrialização da construção civil aliada à profissionalização da mão-de-obra.

. Por: Expedito Eloel Arena, engenheiro civil e presidente da Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis (Alec)

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