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27/08/2008 - 13:10

Pré-fabricação contribui para a sustentabilidade na construção

A Munte, líder no mercado paulista de pré-fabricados de concreto, mostra suas novidades no Concrete Show 2008.

A sustentabilidade de um edifício passou a ser considerada como um item tão importante quanto os atributos técnico-prediais. Para uma edificação que pretenda ser eco-eficiente, a industrialização da obra e o uso de componentes pré-moldados é um grande passo para atingir esse objetivo. Apenas ao migrar do sistema construtivo tradicional para o pré-moldado, já há um salto significativo com relação à sustentabilidade, reduzindo significativamente o passivo ambiental do edifício. E, atualmente, a maior parte dos projetos arquitetônicos pode ser executado com essa tecnologia construtiva.

É nesse ambiente em que se insere a Munte Construções Industrializadas, líder no mercado paulista de pré-fabricados de concreto. Segundo Railton Carvalho, gerente geral de vendas e Marketing da Munte, cada vez mais a empresa tem atraído projetos de edifícios que postulam o certificado do green building, como a obra industrial da SBU (Sociedade Brasileira de Usinagem), em execução em Diadema, que já ganhou o selo no projeto. Outras que ainda estão em processo de certificação são os edifícios das concessionárias Daitan e HVile, além do megacentro de distribuição, conhecido como B2W, da Savoy. Todos foram executados com peças pré-moldadas da Munte.

Etapa construtiva - O sistema pré-moldado diminui todo gênero de desperdício em obra, como resíduos físicos de madeira e sacos de cimento. Com as peças chegando na obra em seu correto formato, fica quase descartado o uso de madeiras no canteiro, material muito usado no método tradicional para emoldurar o concreto e que nesses casos não é reaproveitado, enquanto as formas de pré-moldado são utilizadas muitas vezes.

Outros exageros comuns em obra, que são revertidos com o pré-moldado, são a geração de ruído e até desperdício de tempo, com prazos de execução menores. Soma-se a isso, o fato de na fábrica os processos também serem otimizados, sem desperdício de matéria-prima, melhor aproveitamento de materiais e reutilização de água. “Também podemos chamar atenção ao menor dispêndio de esforço humano por se tratar de uma industrialização”, diz Railton.

Isso é importante segundo a análise do professor da Politécnica da USP, Wanderley John Filho. Para ele, a questão de responsabilidade inclui a sustentabilidade humana. “A engenharia sustentável tem alternativas aos processos convencionais também para preservar o homem, mecanizando processos e industrializando etapas”, diz.

Operação do prédio - O professor Wanderley John Filho explica que a questão de sustentabilidade também inclui pontos como a durabilidade, operação e manutenção de um projeto. Na busca por racionalização dos recursos, o custo de manutenção é importante e, por isso, o edifício precisa ser inteligente e economizar energia elétrica e água. “As pessoas permanecem até 80% do seu tempo dentro de edificações, portanto, se um prédio desperdiça água ou ar-condicionado afeta significativamente as metas ambientais”, afirma.

Por isso, ao preparar o projeto de uma nova unidade, a Munte já insere essas preocupações de operação, como o reaproveitamento das chuvas já previsto no desenho das coberturas; redução do consumo do material na limpeza do prédio graças ao acabamento especial que gera baixa retenção de sujeira, facilitando a manutenção; fachadas e coberturas bem seladas, que melhoram o desempenho térmico do prédio, reduzindo o esforço do ar-condicionado; além de usar materiais com menor impacto.

O Business Space Tower, edifício de múltiplos pavimentos na zona oeste de SP, construído com componentes pré-fabricados da Munte, foi planejado para recolher e armazenar a água de chuva e da drenagem do subsolo para empregá-la na alimentação das bacias sanitárias e em lavagens externas. Além disso, o arquiteto que comanda a KA Arquitetos e foi responsável pelo projeto, Tadasi Akeho, há algum tempo vem pesquisando o impacto dos processos construtivos na emissão de carbono (CO2). “Quando se recorre a sistemas construtivos industrializados, é possível quantificar o passivo ambiental e, com isso, desenvolver ações com o objetivo de neutralizar a emissão do carbono”, argumenta.

Prédios recicláveis - A vida útil dos edifícios também deve ser a mais longa possível e, para isso, o projeto deve ter maleabilidade para se adaptar às necessidades humanas que se modificam no decorrer das décadas. Isto é, flexibilidade faz uma arquitetura sustentável, permitindo que os prédios sejam adaptados para diferentes funções, ampliando sua vida útil. Para isso, grandes vãos, lajes amplas com poucos apoios, pé-direito maior que o tradicional, peças padronizadas e encaixes inteligentes são indispensáveis.

Esse foi o perfil de uma obra da Munte para a indústria CBA, na cidade de Alumínio. Diferentes demandas de mercado fizeram com que a unidade precisasse de uma mudança radical, e a Munte desmontou um prédio composto de peças pré-moldadas e o transferiu para uma nova área, mais adequada para os objetivos do cliente. Toda essa situação evita ou reduz geração de entulho de demolição, outro grande vilão da construção civil.

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