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27/08/2008 - 14:06

Identificação por radiofreqüência: cada vez mais perto do varejo

Têm sido veiculadas na mídia várias matérias sobre o uso das chamadas "etiquetas inteligentes", que utilizam a tecnologia de identificação por radiofreqüência (ou simplesmente RFID) em uma série de aplicações com foco sobre a cadeia de suprimento. Apesar de toda a repercussão em torno do assunto, não se trata de algo realmente novo. Esta tecnologia vem sendo aplicada desde a década de 1960 em diversos ramos de atividades como montadoras, autopeças, pedágios e até no rastreamento de animais.

A tecnologia RFID permite armazenar e recuperar informações em circuito integrado (chip) via ondas de radiofreqüência, cuja principal função é efetuar a captura automática de dados à distância, sem intervenção humana, sobre objetos como produtos, pallets, veículos, animais e pessoas. Muito mais do que um simples substituto do código de barras, o RFID torna a logística mais simples, reduz o desperdício e o extravio de mercadorias, combate roubos e aumenta a produtividade.

O varejo pouco a pouco vem utilizando o recurso para controlar a cadeia de suprimentos. Nos EUA e na Europa, por exemplo, fornecedores e cadeias de varejo como BestBuy, Home Depot, Sam’s Club, Wal Mart, Metro e Albertsons estão implementando diversas aplicações com etiquetas RFID em pallets e caixas de produtos, com o intuito de controlar a logística de distribuição desde a saída do fabricante até a colocação na prateleira do salão de vendas.

A adoção do RFID nas gôndolas, embora de grande apelo ao público, é a aplicação que demanda maior prazo, pois depende da redução do valor mínimo que a tecnologia consegue detectar nas etiquetas. Embora esse valor já tenha sido consideravelmente reduzido – de um R$ 1,50 em 2005 para R$ 0,50 atualmente –, serão necessários mais alguns anos até que se viabilize sua adoção em massa, já para aplicações em caixas e pallets estes valores tornam a solução viável.

Implantação do RFID - Indústrias de veículos como Volvo e Ford utilizam o RFID para o controle de processos em suas linhas de montagem de veículos. Já instituições financeiras como o banco alemão Landesbank adotam o recurso para controle de processos de financiamento.

Diversos outros setores já perceberam que a tecnologia está hoje muito mais madura e as etiquetas mais baratas. As empresas estão deixando os programas-piloto e entrando na fase de implantação, buscando soluções de problemas que lhes gerem benefícios em curto prazo.

Os principais obstáculos para a implantação do RFID, como leitura de etiquetas perto de metal e líquidos, captação dos dados de muitas etiquetas simultaneamente e adequação delas a ambientes hostis (intempéries, altas temperaturas, ataques químicos, etc.), já foram deixados para trás com a tecnologia atual.

Além do recebimento de mercadorias na retaguarda do varejo, o RFID já é usado hoje em diversas aplicações de impacto mais direto ao consumidor, como gerenciamento de produtos em prateleiras de lojas de roupas (evitando a ausência da grade correta de produtos, separados por item, tamanho, cor, etc.) e controle de estoque de itens de alto valor como DVD’s.

O RFID já é hoje uma realidade, um caminho sem volta. Os empresários não discutem mais se implantarão a tecnologia, mas sim quando. As aplicações business-to-business estão se proliferando, gerando grandes ganhos para toda a indústria e a cadeia de suprimentos. Em mais alguns anos, chegarão aos caixas dos supermercados.

Por: Wagner Bernardes é diretor de marketing e vendas da Seal Sistemas – A SEAL atua desde 1989 no mercado de captura automática de dados e computação móvel. Sempre à frente de seu tempo, foi a responsável por introduzir e difundir no país a cultura de utilização de código de barras. Especializada em oferecer soluções dedicadas a processos de automação com código de barras, redes sem fio e RFID, além de fornecer tecnologia, integra sistemas de captura automática de dados aos sistemas de gestão, desenvolvendo middlewares e aplicativos complementares para a integração. Com uma carteira atual de 2000 clientes no último ano, a Seal já forneceu hardware, software, consultoria e serviços de implantação e integração a 400 das 500 maiores empresas brasileiras.

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