CAP aprova inclusão de nova área para construção naval e granéis agrícolas

O Conselho de Autoridade Portuária do Porto do Rio Grande (CAP/Rio Grande), em reunião realizada no dia 27 de agosto (quarta-feira), aprovou por maioria a proposta de alteração no Plano de Zoneamento das áreas do Porto Organizado do Rio Grande. Até então, o local reservado à movimentação de contêineres, localizado entre os terminais da Termasa e do Tecon, no trecho 5 do Superporto, passa a ser destinando para construção/reparo naval e para movimentação de granéis agrícolas.

A proposta de alteração no zoneamento do Porto do Rio Grande foi apresentada pelo Governo do Estado do RS, através da Secretaria de Infra-Estrutura e Logística (Seinfra), tendo em vista o interesse do grupo Wilson, Sons em implantar um estaleiro em Rio Grande. Aliado a isso, está o pedido da Termasa para a sua expansão com a implantação de um terminal agrícola para exportação de arroz. Com a aprovação do CAP de alterar o zoneamento o Governo fará os trâmites legais para viabilizar a implantação dos dois empreendimentos.

Terminal de arroz: A intenção da Termasa é ampliar a sua área de atracação com a expansão do berço na direção Sul, possibilitando a atracação de um navio pós-panamax, sendo o local destinado à exportação de arroz. O projeto prevê a construção de um cais de 235 metros (com estrutura para 60 pés), de um armazém (70 mil toneladas) e oito células (5 mil toneladas/cada), com capacidade total de 110 mil toneladas. Além disso, serão adquiridos quatro carregadores. Ao todo deverão ser investidos R$ 72 milhões. "Com este empreendimento estaremos abrindo espaço para os produtores do Rio Grande do Sul, tendo em vista a crescente demanda do setor arrozeiro. Queremos investir de imediato", salientou o diretor do complexo Termasa/Tergrasa, Guilhermo Dawson.

Estaleiro Wilson, Sons - Também com recursos disponíveis para investimento imediato o grupo Wilson, Sons quer implantar em Rio Grande um estaleiro destinado à construção de pequenas e médias embarcações de apoio à plataforma marítima. O projeto prevê a construção de um dique, cais e estruturas de apoio. O grupo ainda pretende implantar uma escola técnica, visando à capacitação de mão-de-obra local para atuar no estaleiro. "Estamos prontos para iniciar os trabalhos, pois já temos uma grande demanda na construção naval. Ao todo investiremos US$ 60 milhões e pretendemos gerar 800 empregos diretos que somado aos que serão gerados pelas empresas sistemistas, deveremos chegar a 1,2 mil novas vagas de trabalho", observou o diretor da Wilson, Sons Estaleiros, Adalberto Luiz Renaux Souza. || www.portoriogrande.com.br