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30/08/2008 - 10:36

Estudo do BRIC justifica captação de recursos para o Brasil

Cenário brasileiro mostra-se atraente para os investimentos das multinacionais de TI.

São Paulo – Desenvolver estratégias, análises e diagnósticos, bem como mapear tendências e direcionamentos que auxiliem as empresas provedoras e usuárias de tecnologia a atingir seus objetivos estratégicos, tem sido o trabalho cada vez mais realizado pela área de consultoria da IDC.

Um dos recentes estudos encomendados à divisão teve por objetivo apresentar junto à HP as oportunidades de investimentos no Brasil em relação aos demais países emergentes que formam o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), tendo em vista o aumento dos investimentos na operação local. Para tanto, a IDC reuniu e analisou diversos argumentos consistentes sobre o cenário brasileiro, baseados não apenas nos dados de crescimento do mercado de Tecnologia da Informação (TI), mas em um traçado minucioso da macroeconomia nacional.

O estudo desenvolveu-se em duas vertentes. Na primeira, faz-se uma análise mais abrangente de indicadores adjacentes à economia dos países investigados (como estabilidade política, índice de desenvolvimento humano, liberdade econômica, atividade do mercado de capitais, políticas de governo, etc), demonstrando que o País oferece uma série de condições favoráveis aos investimentos estrangeiros. A segunda vertente apresenta uma abordagem qualitativa sobre os investimentos do BRIC em TI, concluindo que a indústria de TI no Brasil se encontra em um interessante nível de maturidade e possui significativa representatividade na economia nacional.

Por fim, com base nas análises obtidas, a Consultoria da IDC auxiliou a HP a mapear o nível de atratividade das ofertas de seu portfólio em função das principais oportunidades apresentadas no mercado brasileiro, identificando assim as prioridades de atuação para a empresa.

Brasil dentro do BRIC – Cenário político e econômico

Embora o Brasil não seja o País que apresenta os maiores índices de crescimento da economia dentro do BRIC, há uma série de fatores que constituem um cenário extremamente positivo para investimentos. Para ilustrar esse cenário, basta lembrar que o Risco Brasil (índice que mede o grau de incerteza da economia nacional para os investidores estrangeiros) está em queda vertiginosa há cinco anos e que o País já conquistou a classificação de “Investment Grade” junto a duas agências de avaliação. Nesta área, o estudo diz:No cenário político, o Brasil possui um nível de estabilidade considerado melhor que o de países como China e Índia, pois apresenta remotas possibilidades de golpes e ações de terrorismo político, bem como relações internacionais diversificadas e saudáveis.

Os brasileiros também contam com mais liberdade econômica que os demais países do BRIC. Composto por indicadores ligados ao grau de liberdade financeira, monetária, trabalhista, dentre outros, o nível de liberdade econômica no País indica que aqui há mais transparência e menos interferência por parte do governo na economia como um todo.

Sob o ponto de vista do desenvolvimento humano (composto por níveis educacionais e culturais e expectativa de vida, entre outros), o Brasil também se encontra melhor que China e Índia. Esse fator indica que temos um mercado consumidor mais desenvolvido que os demais países – conclusão reforçada pelos índices de aumento de empregos e de envelhecimento da população.

O mercado de capitais brasileiro é um dos mais sofisticados dentre os países do BRIC, tendo seu nível de atividade aumentado exponencialmente nos últimos cinco anos. As empresas estão cientes que precisam aumentar seus investimentos e diminuir seus custos de financiamento, e os cidadãos brasileiros, de forma geral, estão buscando investir muito mais na Bolsa atualmente.

Brasil dentro do BRIC - Uma análise de TI: Dentre os países que formam o BRIC, o mercado brasileiro só perde para o chinês no ranking mundial de investimentos em tecnologia. Enquanto a China ocupa o 6º lugar, Brasil está em 12%. Mas tudo fica ainda mais interessante ao compararmos estes mesmos investimentos com o PIB de ambos os países. O Brasil é o único dos emergentes que está com seus gastos com TI numa média acima de 2% do PIB, enquanto os outros estão abaixo desse índice.

Além disso, a estimativa aponta uma taxa de crescimento do mercado brasileiro de TI três vezes maior que a do PIB nos próximos quatro anos. Nos outros países do BRIC, este índice será menor. “A indústria de TI já apresenta a peculiaridade de crescer de forma mais rápida que os demais segmentos. No Brasil, este crescimento é ainda mais rápido, revelando a importância relativa da indústria para a economia como um todo”, explica Roberto Gutierrez, responsável pelo projeto e pela área de consultoria da IDC Brasil.

O Brasil também possui o maior nível de maturidade em relação aos seus investimentos em TI que a China, Índia e Rússia. O índice local de compras em software e serviços é de 56% do total de investimentos. Já nos outros países este percentual não ultrapassa 40%, ou seja, a maioria de seus gastos ainda se concentra na infra-estrutura de hardware. “Este é um ponto crucial do estudo, pois indica que o mercado brasileiro tem mais oportunidades para os fornecedores de TI focarem nas vendas de soluções mais sofisticadas, com maior valor agregado. Além disso, fala-se muito da Índia como um pólo de serviços, mas o total do mercado de serviços de TI no Brasil é quase o dobro do indiano”, analisa Gutierrez.

Outro ponto forte do mercado brasileiro é diversificação estimada dos investimentos. Hoje, as grandes empresas são responsáveis pela maioria do total investido em tecnologia no Brasil. A previsão da IDC aponta, entretanto, que nos próximos cinco anos essa concentração de investimentos será atenuada, em função de um aumento da participação das pequenas e médias no total de investimentos em TI. Para Gutierrez, essa diversificação mostra a saúde do mercado, uma vez que o SMB é dos mais importantes drivers da economia de um país.

O Brasil também é o campeão no crescimento do consumo doméstico em tecnologia e há dois anos experimenta uma explosão nas vendas de computadores e impressoras, com o varejo sendo o mais importante canal facilitador para a inclusão digital da população. Desde a década de 90, o governo brasileiro já apresenta importantes iniciativas relacionadas ao estímulo ao mercado de TI, mostrando seu comprometimento com o desenvolvimento da indústria e com a inclusão digital da população.

Por fim, outro inegável destaque é o mercado financeiro brasileiro, referência mundial na sofisticação e automação de seus processos de TI, como demonstram as iniciativas de Internet Banking, de implantação de ATMs e do SPB (Sistema de Pagamento Brasileiro), dentre outras ações de destaque global.

Os Resultados do Estudo: Conhecer em profundidade esses fatores e entender de que forma eles se complementam para formar um cenário amplamente favorável para a atração de investimentos é responsabilidade de todas as empresas que almejam ser competitivas no mercado local. Contando o apoio da IDC, a HP no Brasil soube, inteligentemente, transmitir a mensagem correta para sua matriz, que recentemente confirmou a ampliação dos investimentos no País.

“No primeiro trimestre deste ano, 69% do faturamento da HP Co veio de fora dos Estados Unidos. A HP está atenta aos mercados emergentes, especialmente o Brasil, que será o nono maior mercado de TI até 2010”, afirma Denoel Eller, Diretor de Marketing e Soluções da HP Brasil.

Perfil da IDC: IDC, empresa líder em inteligência de mercado, consultoria e conferências nos segmentos de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, utiliza sua extensa base de conhecimento sobre o mercado, provedores e consumidores para auxiliar seus clientes no endereçamento de questões estratégicas relativas à oferta e ao uso de soluções tecnológicas. A IDC possui mais de 900 analistas, distribuídos em 90 países, e há mais de 43 anos provê informação global, regional e local sobre tecnologias, oportunidades e tendências. A IDC é subsidiária da IDG, líder mundial em mídia de tecnologia. | Site: www.idc.com.

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